Clique aqui e leia a entrevista com o geógrafo David Harvey, no site da revista Forum, nesta sexta (26/07). Abaixo um breve trecho de sua fala quando o entrevistador pergunta sobre as questões contemporâneas ligadas à categoria que cunhou sobre a compressão do tempo-espaço em seu livro (2001) "Condição Pós-Moderna" da Edições Loyola:
"Havia uma pequena nota no New York Times outro dia, dizendo que um cara bem rico havia efetivamente se livrado de todas as coisas que tinha para viver uma vida bem mais simples, numa casa bem pequena. Uma das coisas que ele pontuava era: “O americano médio tem menos de mil pés para morar nos anos 1950, mas agora o americano médio tem 2,5 mil pés de espaço de moradia”. E então dizia: “Eu voltei para um espaço menor, me livrei da maior parte dos gadgets, que nunca funcionavam direito mesmo, e agora só tenho algumas coisas; tenho uma ótima vida social.” E ele descreveu uma existência muito feliz, de viver com muito pouco. Não com nada, mas com muito pouco.
Se muitas pessoas tivessem essa ideia, começaríamos a ver cidades bem diferentes e não desperdiçaríamos tantos recursos na construção de grandes casas em condomínios particulares afastados, com milhares de pés de construção, hectares de terras desperdiçadas com coisas descartáveis. As concepções sobre as coisas precisam mudar, assim como as relações sociais. Mas é claro que estamos lutando contra uma indústria do marketing e um tipo de ideologia consumista que está sendo promovida."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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