Greve apontará força dos trabalhadores na luta por melhores condições de trabalho e ampliação das reformas na sociedade
O tamanho da paralisação e mobilização mostrará o tamanho da força e da capacidade de mobilização dos trabalhadores neste 11 de julho.
A maior mobilização está prevista para o estado de São Paulo. Em nosso estado a capital e a região metropolitana deve dar o tom para o interior do estado.
Duas categorias serão essenciais nesta mobilização o setor bancário e o de transportes. A área de educação e saúde, concentrada fortemente no setor público aponta para um forte movimento.
Em nosso município, os trabalhadores de educação e saúde já indicam mobilização. Os bancários farão pressão para que as agências não funcionem e a categoria possa aderir ao movimento. Os petroleiros como uma importante categoria, sob o ponto de vista econômico e de histórico de mobilizações, promete interrupção do trabalho embarcado e em terra.
Evidentemente apesar de noticiado o ambiente nas mídias corporativas não é de convocação como fizeram para as manifestações de junho. Mesmo considerando que com a modernidade mudou muito as formas de contratação, gerando fragmentação da força de trabalho que interfere na sua organização (que é uma das pautas do movimento contra a terceirização e o PL 4330), especialmente no setor de serviços, mas, a novidade no caso brasileiro é a relativa unidade das organizações dos trabalhadores.
A pauta é basicamente trabalhista, não é extensa e gerou necessidade de mediações entre as categorias e centrais sindicais.
- Contra o PL 4330, sobre terceirização;
- 10% do PIB para a Educação;
- 10% do Orçamento da União para a Saúde;
- Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salário;
- Fim do Fator Previdenciário;
- Valorização das Aposentadorias;
- Reforma Agrária;
- Suspensão dos Leilões de Petróleo;
- Transporte público e de qualidade.
Há pautas específicas por cidade e região, mas, a maioria está voltada pela melhoria da qualidade dos serviços públicos e transparência das gestões municipais e estaduais.
Uma reposta do movimento organizado e institucionalizado apontará a capacidade de fazer enfrentamento na polarização em defesa das mudanças que não são desejadas por alguns setores mais reacionários.
PS.: Atualizado às 00:40: Para trocar título que virou subtítulo.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
E como ter educação, saúde e qualidade no transporte sem dinheiro? Ou seja, sem gerar riqueza?
E de onde vem riqueza, produção? Dos bancos é que não vem.
Quando se reivindica no atacado, e todas os pleitos elencados são justos, a regra que se estabelece para atender às demandas equipara pequenas empresas e grandes empresas. É fácil saber quem sairá perdendo.
No que se refere à dinheiro para educação, não basta reivindicar isso.
Tem que dizer expressamente: MELHORES SALÁRIOS PARA OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO.
A questão da péssima qualidade do ensino no Brasil não é falta de dinheiro em geral, é problema de gestão, principalmente no trato da mão de obra, dos salários do professores.
Pagando salários dignos, tudo o mais vem a reboque, pois haverá mais atração e dedicação dos profissionais da educação.
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