quinta-feira, julho 04, 2013

O que está em curso para a EBX: sobrar de US$ 1 a 2 bi e os impactos socioambientais no Açu e Brasil afora

A matéria é do Valor Online. Resta ainda saber quem serão os possíveis sucessores que assumirão os passivos não apenas financeiros das empresas do grupo:

Eike se tornará minoritário após venda das 


empresas X

Por Vanessa Adachi e Ivo Ribeiro | De São Paulo
Foi posto em marcha um plano para o completo desmembramento do grupo X, de Eike Batista. No fim do processo, que prevê vendas de empresas inteiras, de projetos, diluições de participações e renegociações de dívidas, o mais provável é que não reste nenhuma das empresas hoje sob o guarda-chuva da EBX.
Eike poderia ficar com uma ou outra participação minoritária em seus maiores empreendimentos e uma ou outra empresa de menor expressão do grupo. Segundo o Valor apurou, se tudo sair conforme os planos do empresário e de seu assessor financeiro, o banco BTG Pactual, Eike terminará o processo sem dívidas e com patrimônio entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões. Cifra invejável, mas uma sombra do que já foi o império "X".
A MPX é um dos melhores ativos do grupo, assim como a MMX. No caso da mineradora, o destino também será a busca de comprador. Não para as minas, mas para a estrutura logística, composta pelo porto Sudeste e pelo contrato com a ferrovia MRS, que tem atraído o interesse de grupos como Gerdau, Usiminas, Arcelor Mittal, CSN e Glencore, todas com mineração na região de Serra Azul (MG) e sem canal de escoamento da produção.A primeira "baixa" no grupo foi selada ontem, com o acordo para capitalização da empresa de energia MPX. Ficou acertado um aumento de capital de R$ 800 milhões, que dará o controle da empresa, na prática, ao grupo alemão E.ON. Este vai subscrever R$ 366 milhões do aumento de capital, aumentando sua participação. Assumirá a gestão e mudará o nome da empresa, que deixa de ser parte do "grupo X". Eike deixará o conselho e se tornará um minoritário, com 19% - fatia que pretende vender em breve para fazer caixa e quitar dívidas na holding.
A ideia é que as dívidas bancárias sejam todas pagas sem negociação de desconto, o que dá alívio aos maiores credores financeiros, como Itaú, Bradesco, Caixa e BTG. Mas o mesmo não se pode dizer dos detentores de bônus externos da OGX. Um dos maiores problemas do grupo, ao lado do estaleiro OSX, a OGX tem hoje em mãos campos de petróleo com valor estimado em US$ 2 bilhões. Mas sua dívida, toda em bônus, é de quase US$ 4,5 bilhões. A questão é que os papéis de dívida estão com enorme deságio no mercado, valendo cerca de 20% disso. Com os poços como lastro, a ideia é propor aos credores uma recompra dos papéis ou uma conversão deles em ações - ou ainda um combinado dos dois. Eike seria diluído de forma brutal, saindo do atuais 59% do capital para algo em torno de 4%.

3 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto não duplicarem a BR 101 nada vingará no Porto do Açu. Trata-se de um erro crasso, tentar criar um empreendimento daquela monta sem o devido acesso pela principal estrada.

As viagens Campos X Rio, por exemplo, estão ada vez mais demoradas e inseguras. Basta fazer apenas uma viagem que qualquer um constatará o problema.

E o que está previsto para Barra do Furado também não vingará sem a duplicação da BR 101.

Eventuais empreendedores: cobrem das autoridades a duplicação imediata da BR 101. Sem ela, vocês perderão dinheiro, muito dinheiro.

Anônimo disse...

Coitado do Eike né, me lembro da seguinte frase dele em uma entrevista quando perguntado se acredita em Deus: "Ele manda lá em cima e eu aqui". Será mesmo Eike? A ganância desenfreada, a falta de respeito e amor ao próximo, a falta de humildade fez de você um fiasco. A questão não é se ele acredita ou não em Deus, mas o que ele mostrou é não acreditar no próximo, é achar que sozinho ou gastando uma fortuna com os melhores do mundo em cada área faria SUCESSO, ninguém brilha sozinho.

Unknown disse...

Professor.... Ontem, na hora do almoço, no shopping boulevard, habia dois homens com camisa da Odebrecht Infraestruturas. Que eu saiba o segmento de infraestruturas da Odebrecht não possui obras na região. Será que pode ser novidade para o açu?