Embora, já se venha comentando sobre o assunto há algum tempo, a matéria da jornalista Graziella Valenti na edição do Valor de hoje questiona como o grupo EBX "vestiu a noiva para o casamento":
"OGX deve deixar lições ao mercado"
"A ascensão e queda da OGX vai entrar para a história como um dos casos mais emblemáticos do mercado de capitais. Como ocorreu com a quebra da Sadia e da Aracruz, após apostas das duas empresas em derivativos cambiais de risco, a trajetória meteórica de cinco anos da empresa na Bovespa tem tudo para virar o motivo central de algumas lições.
Desde o julgamento da Sadia, em 2010, não há dúvidas sobre a responsabilidade que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atribui ao conselho de administração e seus participantes na gestão e fiscalização do negócio.
No caso da OGX, o saldo da discussão será a qualidade da comunicação e o velho hábito das companhias de vestir a noiva da melhor maneira possível, algumas vezes, beirando o limite do disfarce."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
O incrível, Roberto, é a desfaçatez da mídia corporativa, que finge que não é com ela.
Se o empresário "vestiu a noiva", foi só na hora de pagar. Quem "desenhou e costurou" o figurino foram as redações e "analistas".
Outra calhordice sem par é da CVM, como se o órgão que se diz fiscalizador não tem responsabilidades solidárias por fazer ouvido de mercador aos aos ruídos que vêm do ateliê onde se fez o vestido da noiva.
Querem nos fazer acreditar em dois mitos: auto-regulação do mercado, e imparcialidade da mídia.
Claro que o bode expiatório será o senhor X, e não desmerecidamente.
Mas como eu disse, é de assombrar tanta cara-de-pau.
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