segunda-feira, agosto 19, 2013

Convite ao Intercâmbio das Resitências ao Projeto Minas-Rio

A professora Ana Almeida UFF-Campos enviou ao blog o convite acompanhado do pedido de divulgação.

Num momento anterior membros da comunidade do Açu foram à região de Conceição do Mato Dentro, MG, onde está a mina de onde sai o mineroduto de 525 quilômetros até chegar ao Açu ver de perto a realidade, os impactos do empreendimento e trocar experiências. Além das comunidades, professores, pesquisadores e autoridades do Ministério Público e Defensoria participaram ativamente do evento.

Agora, o evento inverte de sede com o objetivo de mostrar a realidade do local onde a riqueza mineral deverá ser exportada e também poderá ver de perto os impactos da construção do porto (dois terminais) e da unidade de construção naval (estaleiro), assim, como os processos e as formas de desapropriação rural produzidos por este grande empreendimento:

Convite ao Intercâmbio das Resistências ao Projeto Minas-Rio
Gostaríamos de convidá-lo a participar da segunda etapa do intercâmbio entre as experiências de resistência ao Projeto Minas-Rio, da Anglo American e LLX. A intenção é colocar em contato os atingidos pela mina, em Conceição do Mato Dentro, e os atingidos pelo Porto do Açu, em São João da Barra. Construir uma visão integral do empreendimento, e de seus nexos com a aposta nacional na expansão da extração mineral.

Nesse sentido, gostaríamos de contar com a sua presença nas atividades que ocorrerão nos dias 23 e 24 de Agosto, em São João da Barra, Estado do Rio de Janeiro, conforme programação a seguir.

Intercâmbio das Resistências ao Projeto Minas-Rio

Programação
Dia 23 de Agosto (ônibus saindo da UFF/Campos – 16h- confirme presença)
18h - Abertura e Debate: Análise de Conjuntura do Projeto Minas/Rio. Prof. Roberto Moraes/IFF
Local: Associação dos Produtores e Proprietários de Imóveis de São João da Barra – ASPRIM. Água Preta. São João da Barra/RJ.

Dia 24 de Agosto
Manhã:
8h Visitas às Obras do Complexo do Açu e às comunidades, para visualização das violações. Assessoria do Prof. Dr. Aristides Soffiati.

Tarde:
13h Conversa com Defensoria e Ministério Público (RJ e MG).
Troca de experiências entre os atingidos.
Local: Associação dos Produtores e Proprietários de Imóveis de São João da Barra - ASPRIM, São João da Barra/RJ.

Realização: Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA – UFMG) e Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)

Apoio: Núcleo de Estudos em Trabalho, Cidadania e Desenvolvimento – NETRAD/UFF, Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos – NERU/UFF, Núcleo de Pesquisa em Mineração, Meio Ambiente e Sociedade – NuMMAS/UFF, Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade – POeMAS/UFJF, Rede Brasileira de Justiça Ambiental – RBJA, ASPRIM, AGB, Comissão Pastoral da Terra, MST.

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor Roberto
Gostaria de utilizar este espaço para colocar a minha angústia diante da falta de conscientização do povo campista quanto aos direitos da criança. Ontem, 19/08/2013, peguei o ônibus do Parque Imperial às 7h30min e como estava cheio fiquei em pé. Em determinado ponto parou para pegar passageiros. De repente, o motorista levanta e diz:
__ Estudantes, por favor, levante de seus lugares e deixa os idosos sentarem! No entanto, a sua voz era de comando, de ordem, no imperativo afirmativo não dando margem para ser ignorada. Percebi que apenas dois estudantes estavam sentados e no mesmo instante se levantaram e estavam constrangidos. Percebendo o constrangimento dos mesmos fiquei sentida, mas nada fiz. Uns três pontos à frente a mesma história aconteceu e aí não consegui me conter e me dirigi ao motorista e lhe disse:
__Moço o senhor sabe que o que esta fazendo é errado, pois a forma, ou seja, o tom utilizado para falar com as crianças é de coação e isso é crime. Ele respondeu que sempre fez isso e que continuaria a fazer. Que eu fosse reclamar na empresa ou na EMUT que não importava se perdesse o emprego por isso, pois estava defendo os idosos. Em momento nenhum eu estava contra os idosos, pelo contrário, os respeito muito. Eu estava em defesa do respeito a pessoa humana do estudante. Senti que se o ‘sujeito não paga passagem’ , entre aspas porque nós sabemos que a empresa recebe concessões para que os estudantes tenham esse direito, ele passa a see um qualquer, um marginalizado que deva ser tratado de forma grosseira, sem respeito. Como pode isso? Como ficar calado? Eu pego esse ônibus todos os dias e a noite também e nos horários dos estudantes, pois sou professora a 26 anos da rede pública do estado e do município. Eles são barulhentos e muitas vezes brigões sim, na sala de aula a gente enfrenta isso todos os dias e temos que saber lhe dar com isso, mas não nos dá o direito de menosprezá-los. Eu vejo sempre os motoristas fazendo isso com os alunos até o tênis é motivo para fazer a criança descer do veículo. Quando na verdade a gente sabe que pela LDBEN nenhuma criança pode deixar de entrar na escola por falta de uniforme. No Parque Imperial muitas vezes estes alunos são deixados nos pontos, perdendo o seu horário porque o motorista não quer levá-los por ser microônibus.
Mas o que me deixou penalizada foi a questão das pessoas que estavam no ônibus defenderam a atitude do motorista e tentarem me ridicularizar por está falando de leis em defesa da criança. Será que eles gostariam que seus filhos fossem tratados assim? Senti pena porque o individualismo está tão grande que só interessa o nosso próprio bem estar e o outro não existe. Não nos choca as arbitrariedades cometida para com o outro. Quando desci no meu ponto fui vaiada, mas quero dizer apenas uma coisa não me calei diante da injustiça e se tiver novamente dentro do ônibus e isso vier acontecer vou filmar com o celular e tomar algumas medidas.
Obrigada professor pelo espaço concedido.
Conceição de Maria da Silva Soares Cruz