Interessante observar como a ciranda financeira se dá com a circulação de capital, ativos, passivos, lucros e perdas. Se alguém está perdendo, outro está ganhando. Veja que não se trata de perder R$ mais de 30 bilhões, que chegou a ser o valor das empresas do grupo EBX, segundo as cotações da bolsa, mas, a perda deste valor e a soma extraordinárias de dívidas em pequeno espaço de tempo. Em março a dívida era de R$ 19 bilhões. Três meses depois (já que estes valores são referentes ao fechamento do semestre, portanto, junho de 2013) chega a R$ 22,5 bilhões. Uma média de crescimento de dívida de quase R$ 1,2 bilhão por mês. Só as dívidas de curto prazo chegam a cerca de R$ 7 bilhões.
No meio de tudo isto chega a ser estranho o tamanho da comemoração com a possível entrada de R$ 1,3 bi do fundo americano EIG na LLX, que pelos números acima equivaleria ao montante de crescimento de apenas um mês das dívidas, mesmo sabendo que no mercado financeiro não é assim que a contabilidade é feita. Porém, é bom não perder o chão do valor real das coisas quando se tenta observar o que este mundo estranho dos fluxos de capitais e de migração de riqueza produz. O quadro aponta a realidade do capital líquido em meio à realidade de que tudo que é sólido desmancha no ar.
Abaixo o gráfico das dívidas das empresas X com os valores que cada um tem em caixa. O infográfico é do Valor Online:
PS.: Atualizado às 12:32 para corrigir concordância verbal no título.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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7 comentários:
Roberto, acredito que o Sr. está exagerando muito no caso da LLX.
A companhia fechou o trimestre com 376 milhões em caixa, e receberá 1,3 bilhão da EIG.
O Capex estimado tanto para o Açu quanto para o projeto Minas-Rio somados resultam em 1,18 bi. Dá pra ver claramente, de uma for simplificada claro, que a LLX possui caixa suficiente.
A partir de julho, a AngloAmerican inicia o pagamento do contrato Take Or Pay, o que resultará em uma receita de mais ou menos 230 milhões de reais à LLX (num cenário onde o dólar está cotado em 2,50, análise conservadora se visto que o mercado espera o mesmo à 2,70 até o fim de 2013.
A LLX descolou de suas irmã podre, não há razão para ser incluída no cálculo, já que o Sr. Eike Batista não é mais controlador da empresa.
caro blog
Que tal então comentar a dívida dos EUA ? e eles estão se recuperando, não?
Se você acha que uma coisa tem a ver com a outra esteja a vontade para fazer seu comentário.
Dívida é dívida!!
Ainda que seja de trilhões como a dívida pública EUA, os seus títulos de dívida ( treasures) e sua moeda continuaram sendo refúgios funcionando como ativos com risco zero.
Ora, não importa qual a sua dívida, como sempre tu gostas de mostrar, e sim se a empresa tem capacidade de gerar caixa para honrar seus compromissos!
Por que tu sempre enxerga o lado pior de qualquer notícia, de qualquer coisa que envolva o complexo de açu, ou das empresa do Grupo EBX.
Gostaria de entender.
É uma pena, pois penso que tens capacidade de fazer análises isentas ! E definitivamente seu blog é parcial!
E aí se vai o encanto de colhermos informações aqui...
ABC e bom fds
O Professor sempre deixou claro que não é imparcial, imparcial é só mídia tradicional.
kkkk
Aí
Informações para o "Imparcial"
Só que parece que são boas notícias para a região:
Infelizmente né professor?
EIG pode fazer ofertas por mais ativos do grupo EBX - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2919381/eig-pode-fazer-ofertas-por-mais-ativos-grupo-ebx
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