Aqueles que vaticinaram que a mudança nos contratos de exploração de petróleo no Brasil, do modelo de concessão para o de partilha iria gerar desprezo dos investidores internacionais parecem estar cada vez mais enganados.
O caso do último leilão da ANP e do interesse dos americanos pelo petróleo no pré-sal no litoral brasileiro, demonstra na prática a diferença entre a forma de pensar o uso das riquezas nacionais.
É bom recordar que o modelo por partilha prevê a divisão da produção e não e apenas o pagamento dos royalties e participações especiais.
Os fatos atuais desmontam o discurso de que não era necessário o estabelecimento de um novo marco regulatório para o setor de óleo & gás.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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7 comentários:
No que vai dá, só o tempo dirá.
O fato é que desde a mudanças do regime, já se passaram cerca de 5 anos com os investimentos estagnados. E o país continua dependente de petróleo do exterior.
Antes diziam que ninguém se interessaria, agora que está demorando.
Não estava correto entregar tudo de bandeja como queriam, mesmo que para isto tivesse que aguardar um pouco.
Além disso, quem garantira que entregando tudo de bandeja este tempo seria muito mais curto?
Há que se ter cuidado com o patrimônio do povo brasileiro. Patrimônio finito diga-se de passagem.
Fato é que ao contrário do que se dizia, os interessados, mesmo que com ganhos menores para eles e maiores para o povo brasileiro, estão aí.
Bom demarcar a diferença de visões e posições.
Roberto a última rodada ainda foi no modelo de concessão o de partilha ocorrerá em Outubro já estando no entanto publicado o Edital: http://www.brasil-rounds.gov.br/round_p1/portugues_p1/edital.asp
Sim George,
Eu me refiro não ao que está para traz, mas às informações sobre o crescente interesse estrangeiros que estão não apenas em declarações, mas em discussões governamentais e investimentos em bases necessárias às futuras explorações.
Sim, mas concretamente saberemos, pelo cronograma, se esse interesse se concretiza em setembro.
Há todo um histórico por trás dessa preocupação em específico que não pode ser desprezado apesar do q quer q se defenda.
Minha aposta é otimista de qualquer forma.
Roberto, é chocante o nível de desinformação dos "críticos".
Sim, coloco "críticos" entre aspas, porque a atividade deles não se presta a apresentar uma dúvida considerável sobre ações ou políticas de governo, o que no jogo democrático é saudável, e imprescindível.
Alguém precisa dizer que nossa dependência de petróleo exterior nada tem a ver com o novo regime, ou ainda com aspectos de exploração e produção.
São problemas de refino, e após 30 anos sem construir uma planta sequer, estes governos (lula-dilma) recolocaram estas prioridades na agenda.
Em breve, no máximo até 2016, teremos as duas refinarias em construção prontas.
Deveria aumenta a gasolina.Este subsídio vai piorar a situação do país.
O governo precisa estimular o uso do transporte público e tornar o álcool mais competitivo, o que só será possível com a liberação do preço da gasolina
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