A Fundação Perseu Abramo ligada ao Partido dos Trabalhadores realizou uma pesquisa de opinião pública sobre democratização da mídia. A pesquisa foi realizada entre abril e maio e ouviu 2.400 pessoas das diversas regiões do país. Nela há uma série de resultados interessantes uma delas mais geral é:
"A TV aberta permanece como meio com penetração virtualmente universal, alcançando 19 em cada 20 brasileiros/as (94%), assistida diariamente por cerca de 4 em cada 5 (82%). O rádio é o segundo meio com maior penetração (79%), ouvido diariamente por pouco mais da metade da população (55%).
A internet já divide com os jornais impressos a terceira colocação (ambos com 43%), e a TV por
assinatura, em quinto lugar (37%, sendo 30% diariamente), supera em penetração a soma de todas as revistas impressas (24%)."
Outros resultados da pesquisa que no entendimento do blog vale divulgação. Elas buscaram compreender como a população enxerga as mídias, seus interesses e forma de atuação:
"Os meios de comunicação no Brasil costumam defender os interesses sobretudo dos seus próprios donos(35%) e dos que têm mais dinheiro (32%), avalia a maioria da população brasileira. Para 21% os meios defendem prioritariamente os políticos e apenas 8% acreditam que defendem mais os interesses da maioria da população. Na soma de duas indicações, essas taxas atingem, respectivamente, 66% 58%, 50% e 15%.
Concordam plenamente que os meios de comunicação costumam ser neutros e imparciais apenas 22%; que a cobertura do governo Dilma tem sido equilibrada 29%, e que “quando noticiam um fato político, geralmente ouvem todas as correntes políticas envolvidas” apenas 18% (discordam totalmente 17%).
Concordam totalmente que “quase todos só defendem os interesses das elites” 29%, contra apenas 7% que discordam plenamente disso. Nessas quatro afirmações avaliadas, a maioria absoluta (em torno de 2/3) posiciona-se entre a concordância/discordância parciais – entre uma postura nem puramente crítica nem ingênua.
Apenas cerca de 1/5 considera que o direito de resposta é quase sempre respeitado (22%) atualmente no Brasil. Para metade às vezes é, outras não (49%) e para 27% quase nunca é respeitado.
Em termos de cobertura noticiosa, apenas pouco mais de 1/3 avalia que “as notícias que aparecem na TV, nas rádios e nos jornais” cobrem a maior parte dos acontecimentos importantes(36%). Para a maioria, o noticiário cobre cerca da metade (43%) ou apenas uma pequena parte (21%) do que seria importante."
Se você desejar ter acesso à integra dos resultados da pesquisa clique aqui.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
Interessante título tem a pesquisa. Prenuncia o resultado pretendido.
Em reunião dos funcionários da Fenorte na última quinta-feira, ficou decidido a entrada em estado de greve, por uma instituição que tem um real objetivo e não meramente um cabide de emprego para políticos e seus indicados e pelo reajuste de 22% retroativo a janeiro deste ano, reajuste este que já foi concedido a mais de 96% dos orgãos do estado desde de 2010. Já são 3 presidentes desde lá com promessas e agora findou a paciência.
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