Anglo American mantém disposição em vender
parte do projeto Minas-Rio
A Anglo American mantém aberta a possibilidade de vender uma fatia no projeto de minério de ferro Minas-Rio, com investimentos totais de US$ 8,8 bilhões. Até agora, porém, a empresa não recebeu nenhuma oferta formal para se desfazer de parte de suas ações no empreendimento. "Não temos pressa [em encontrar um parceiro]
, estamos felizes com o projeto e vamos continuar a conversar. Se alguém quiser agregar valor, vamos considerar as ofertas que apareçam", disse Mark Cutifani, presidente mundial da Anglo American.
Ele está no Brasil, onde a empresa está comemorando 40 anos. Ontem, Cutifani participaria de um jantar, em Belo Horizonte, para celebrar o aniversário da empresa no país. "Continuamos acreditando que o Brasil é um destino importante para investimentos", disse o executivo no 15º Congresso Brasileiro de Mineração, evento que termina amanhã na capital mineira.
Desde 2007, a Anglo American investiu US$ 18 bilhões no Brasil e, segundo Cutifani, nos próximos anos o mercado brasileiro deve representar 30% do investimento global da companhia. Ele reconheceu que o Brasil não é um país barato para se operar e mostrou preocupação de que a mudança no marco regulatório da mineração não afete a posição competitiva do país no setor.
Só no Minas-Rio, projeto que enfrentou diversos problemas e atrasos que resultaram em aumento de custos, a Anglo American prevê investimentos totais de US$ 8,8 bilhões. Cutifani disse que esse orçamento não mudou. O projeto foi desenhado para ter capacidade anual de produzir 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro em uma primeira fase. O primeiro embarque de minério de ferro está previsto para o fim de 2014.
O projeto consiste em mina e unidade de beneficiamento, em Minas Gerais, de um mineroduto com 532 quilômetros de extensão que atravessa 32 municípios em Minas e no Rio e um terminal portuário no Porto do Açu, no norte fluminense. O projeto Minas-Rio foi comprado pela Anglo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, em 2008, por US$ 5 bilhões.
Cutifani indicou que, em um segundo momento, ainda sem data prevista, o Minas-Rio poderia ter a capacidade expandida para cerca de 30 milhões de toneladas por ano. Ele disse que visitou recentemente a mina, a unidade de beneficiamento, o mineroduto e o porto e que os trabalhos estão sob controle e avançados.
Em relação a uma eventual venda de participação acionária no Minas-Rio, Cutifani reconheceu que deve levar tempo até que parceiros potenciais se sintam confortáveis com o projeto. No mercado surgiram informações, este ano, de que a empresa poderia vender parcela de cerca de 30% no projeto.
Paulo Castellari, presidente da unidade de negócio minério de ferro da Anglo American no Brasil, disse que a recente mudança de controle acionário anunciada na LLX, companhia de logística de Eike Batista que deve passar às mãos da americana EIG, não tem nenhum efeito para o projeto de minério de ferro da empresa no porto do Açu. Isso porque a operação portuária para embarque do minério é feita por uma empresa na qual a Anglo e a LLX têm sociedade, a LLX Minas-Rio.
Castellari reafirmou a confiança no Minas-Rio: "Vamos conseguir colocar o produto [minério de ferro] com margens certas, no lugar certo e com os parceiros certos."
6 comentários:
Jornal o Diário de Hj:
O empresário Eike Batista não poderá contar com o governo para superar crise nas suas empresas. Essa foi a afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante um seminário em Nova York, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos. Além disso, Mantega culpou o grupo EBX pelo baixo desempenho da Bolsa de Valores nos últimos meses. A empresa mais afetada é a OGX, responsável pela exploração e produção de petróleo e gás.
Para recuperar a empresa, Eike precisa investir um bilhão de dólares.
Mantega disse que a solução para a petroleira não é problema do governo. "É um grupo privado. Não tem ligação com o governo e, portanto, a solução é de mercado. É o mercado quem tem de dizer quando o grupo vai ser saneado e quando vai deixar de causar problemas para o mercado de capitais", disse. O ministro espera que o grupo se reestruture o mais breve possível.
Em um ano, a crise do grupo X já consumiu R$ 7,63 bilhões dos caixas das seis empresas de Eike. Em junho quando a petroleira OGX divulgou uma produção abaixo da esperada no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, o que deu início à crise, juntas as empresas tinham em caixa R$ 10,22 bilhões. Hoje, o valor não passa de R$ 2,6 bilhões. Especula-se que as dívidas do grupo cheguem a R$ 25 bilhões.
Isso é o que ele quer que os acionistas pensem que será conseguido né ? Mas, enquanto os cães ladram a carruagem está quebrada, com os baús sendo esvaziados. Melhor vender o pedaço da lua, a gente coloca uma estação de lançamento lá no Açú, pelo menos seria mais fácil de acreditar. A bolha estourou e todo mundo está querendo sair dela e deixar o resto pra lá, isso é um fato, o prejuízo já está astronômico, o resto será história, infelizmente é o que é, mas um projeto desse mega tamanho sem dinheiro público (infinito) sustentando, não dava pra se esperar outra coisa. Era melhor ter ambicionado menos, um porto menor, já estaria ótimo. Devagar e sempre.
Depois que vender vai exportar sim...tá certo, e o papai Noel, o verdadeiro, aparece todo natal com barba e presentes fabricados na filial da China, vindo de helicóptero, do polo norte diretamente para o Shopping. Viver é a arte de perceber ilusões.
Títulos da OSX, de Eike Batista, despencam com queda da OGX
Os títulos de dívidas da OSX, empresa de construção naval do conglomerado de Eike Batista, estão caindo e a perspectiva de uma longa disputa sobre créditos de US$ 800 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em garantia é um sinal que o pior ainda está por vir, publicou na segunda-feira a Bloomberg.
A revista destaca que os títulos de emissão no valor de US$ 500 milhões da OSX, que vencem em 2015, caíram US$ 0,07, a US$ 0,79, neste mês, em meio a especulações que a OGX Petróleo e Gás não terá dinheiro para fretar o navio-tanque que é a garantia dos títulos da OSX.
De acordo com a Bloomberg, os credores da OSX provavelmente iniciarão um processo de apreensão do navio para recuperar o dinheiro. À Bloomberg, o Citigroup e a Galloway disseram que enquanto Batista está vendendo ativos e negocia um aporte de capital dos credores da OGX, os credores da OSX enfrentam grandes prejuízos, já que a recuperação do navio deve demorar devido ao lento sistema judicial brasileiro.
Fonte: http://www.jb.com.br/economia/noticias/2013/09/24/titulos-da-osx-de-eike-batista-despencam-com-queda-da-ogx/
Ele disse: "Não temos pressa [em encontrar um parceiro], estamos felizes com o projeto (...)"
Mas na verdade ele pensa: "Não vemos a hora de encontrar um trouxa para comprar parte desse mico, estamos muito arrependidos de ter entrado nessa furada que Sr. X nos colocou!"
Ele disse: "Vamos conseguir colocar o produto [minério de ferro] com margens certas, no lugar certo e com os parceiros certos."
Ele na verdade pensa: "Se um dia conseguirmos embarcar o produto pelo mineroduto no Açu, ou não teremos preço competitivo ou levaremos milhares de anos para recuparar o investimento"
Fábula:
João oferece a Manuel um cavalo que, segundo ele, acorda cedo, faz o café, arruma a casa, cuida da criação, dirige trator e administra toda a fazenda.
Manuel compra o cavalo a peso de ouro. Uma semana depois, ao verificar que o equino nada faz a não ser pastar, volta ao antigo proprietário falando mal do bicho, sua inaptidão e suas péssimas qualidades.
João olha para os dois lados e com o indicador nos lábios diz:
- Psssssssiiiiuuu! Fale baixo. Não fale mal do bicho não, porque se não depois fica difícil vender...
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