Brics criam fundo de reservas para se protegerem das epeculações

O encontro dos chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que formam o acrônimo (termo) criado pelo americano, Jim O’Neill, hoje, professor da Columbia University que por coincidência veio ao Brasil esta semana, talvez tenha encaminhado questão tão interessante quanto, o problema da Síria ou da espionagem americana, no encontro do G-20 em São Petersburgo, na Rússia.

A caminho criarem um banco comum de desenvolvimento, eles aprovaram a constituição de Fundo Cambial, uma espécie de fundo de reservas, que tem o objetivo de evitar os ataques especulativos contra estas economias e oferecer mais segurança financeira aos países do grupo.

O fundo chamado de CRA (Arranjo Contingente de Reservas) no montante inicial de US$ 100 bilhões poderá ser usado em cenário econômico adversos. O texto que viabilizou o fundo aprovado no encontro fala no compromisso de US$ 41 bilhões dos chineses, US$ 18 bilhões cada de brasileiros, indianos e russos e de US$ 5 bilhões dos sul-africanos. A viabilização do Banco de Desenvolvimento ficou para a próxima cúpula entre eles.

Em meio à crise europeia e ao velho problema da soberba americana, agora ainda mais embolada com as notícias da espionagem escancarada da NSA, o Brasil e a América do Sul podem ganhar mais com estas relações mais horizontais com a Ásia, numa perspectiva de rompimento com a dependência e a subordinação como era com os americanos e defendida historicamente pela burguesia nacional. Acompanhemos o que se seguirá aos acordos.