Entre 2008 e 2009 as exportações do Brasil para a China já havia ultrapassado às feitas pelo país para os EUA. Agora na virada deste ano, as exportações brasileiras para a China passam também às para a Europa liderando o maior volume (20,3%) exportado.
Destes 87% são de insumos básicos (commodities minerais e agrícolas), 9% de semimanufaturados e 3% de manufaturados. Enquanto isto, a maioria das nossas exportações para os EUA são de 53% de manufaturados e de 33% para a Europa. Confira os números no infográfico abaixo do Valor Online.
O fato ajuda a explicar os “cuidados” na pendenga política entre o Brasil e os EUA na questão da espionagem.
De outro lado, se a dependência das exportações de commodities para a China preocupa, de outro, reforça, a importância de extrair investimentos com a gigante chinesa no Brasil para agregar maior valor a algumas de nossas exportações.
Os países asiáticos por serem "pobres" em riquezas minerais são dependentes da América Latina e África, sendo assim de certa forma economias complementares.
Não aproveitar este momento de grande valorização das riquezas minerais também não é algo simples e talvez,nem estratégico.
Organizar-se por continente para ampliar ainda mais o preço destas matérias primas é outra possibilidade, como fizeram os países árabes quando criaram a Opep, depois de confirmadas suas imensas reservas de petróleo.
Estes dados também servem para apontar possibilidades de usos dos portos brasileiros considerando que hoje cerca de 90% das trocas comerciais no mundo são feitas através do comércio marítimo.
Estes dados também servem para apontar possibilidades de usos dos portos brasileiros considerando que hoje cerca de 90% das trocas comerciais no mundo são feitas através do comércio marítimo.
Enfim, nestes períodos de grandes trocas comerciais entre continentes e de radicalização do comércio global, em que quase 90% se dá pela via marítima, os portos parecem estratégicos, independentes do caminho que se queira dar aos fluxos e mercadorias e de capital.
2 comentários:
Professor
Penso que a China vai abocanhar grande parte dos blocos no Pré Sal de Libra. Ela virá com apetite.
o que achas?
A disputa entre a China e os EUA pela ampliação por contratos no sul parece grande. Como já disse a aquisição da participação acionária no porto do Açu pela americana EIG seria uma prova forte desta disputa.
A China possui três grandes petroleiras interessadas em ampliar sua atuação e este leilão que é bastante discutível parece ser um caminho.
Parece que há também possibilidades de parcerias entre a Petrobras e as petroleiras chinesas. A conferir!
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