É muito grave a confirmação de que documentos divulgados por Eduard Snowden mostram que foi feita espionagem de comunicações da presidente Dilma com seus principais assessores, entre os assessores e também entre eles e terceiros.
As informações são do portal G1 e reproduzem outros dados veiculados em reportagem do programa Fantástico.
"A explicação de como foi feita a espionagem da presidente Dilma. "Goal" é o objetivo da operação: "melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e seus principais assessores".
O que eles chamam de "sementes" são os endereços eletrônicos e números de telefones monitorados.
Um dos programa usados pela NSA é chamado de "DNI selectors" - que segundo outro documento vazado por Snowden, captura tudo o que o usuário faz na internet, incluindo o conteúdo de e-mails e sites visitados.
Um gráfico mostra toda a rede de comunicações da presidente com seus assessores. No gráfico, cada bolinha representa uma pessoa.
A imagem ampliada mostra que legendas ou nomes de quem teve a comunicação interceptada foram apagados para a apresentação.
No documento, não há exemplos de mensagens ou ligações entre a presidente e seus ministros, como aconteceu quando o agora presidente do México foi mencionado."...
...
Reação do governo brasileiro
"O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para discutir a reação as novas revelações de espionagem do governo americano. O governo brasileiro decidiu tomar três medidas: o Ministério das Relações Exteriores vai chamar o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, para que ele dê novos esclarecimentos, vai cobrar explicações formais do governo dos Estados Unidos e vai ainda recorrer aos órgãos internacionais, como a ONU, para discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros.
“Se forem comprovados esses fatos, nós estamos diante de uma situação que é inadmissível, inaceitável, por que eles qualificam uma clara violência à soberania do nosso país. O Brasil cumpre fielmente com suas obrigações e gostaria que todos os seus parceiros também as cumprissem e respeitassem aquilo que é muito caro para um país que é a sua soberania”, disse Cardozo."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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4 comentários:
Roberto me descuple o ceticismo mais o que vamos faze? Impor sanções economicas e militares????
Não sei.
Mas não se pode ficar quieto.
O caminho do uso dos órgãos internacionais para desnudar o "rei" que defenderia as liberdades individuais e a privacidade é um bom caminho inicial.
A quantidade e as provas são de impressionar.
É diferente do passado quando se dizia, ouviu falar, que...
Nenhuma reação política (com ou sem relação econômica) começa e se instala sem uma manifestação que necessita de coragem.
Nem os americanófilos conseguem defender tal aberração, por isto, não pode ser a covardia inicial, uma boa conselheira.
Para quem duvida os Brics há muito deixaram de estar nos retrovisosres americanos.
Até para negociações políticas ou econômicas futuras uma forte reação diante do caso é imprescindível.
O dado é:
Os EEUU não conseguem mais ser a "locomotiva" do mundo capitalista, mas nem de longe deixaram de ter um enorme peso relativo.
Seu poderio militar ainda é o maior do planeta, e não á toa, é o setor militar que parece dar as cartas na agenda da política externa estadunidense, onde a espionagem é "cacoete" estrutural.
Os EEUU se parecem hoje com uma plutoteocracia militar.
A demarcação de uma posição firme de repúdio deve ir a além da retórica:
Para combater a quase completa hegemonia dos EEUU no controle das tecnologias de informação e da rede mundial, só muito dinheiro e investimento em inovação e tecnologia.
O pré-sal está aí, e mesmo com o advento do seu uso para a Educação, esta vertente científica pode (e deve) ser focada.
O potencial econômico e estratégico é interminável.
E claro, precisamos, em nível geoestratégico, reformular nosso aparato bélico e investirmos em armamento nuclear.
ACREDITO EU QUE SE A SITUAÇÃO FOSSE CONTRÁRIA, ESTARÍAMOS PRESTES A SER INVADIDO.NO MUNDO, OS EUA CONTINUA DANDO AS CARTAS. AÍ FICA A PERGUNTA NO AR.PARA QUE SERVE A ONU? QUANDO O IRAQUE FOI INVADIDO,A ONU TAMBÉM FOI CONTRA.OS ACORDOS INTERNACIONAIS NÃO TEM VALIA PARA OS STATES!?
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