Investimento em infraestrutura no Brasil

O país ficou 30 anos sem fazer uma refinaria nova. Sem crescer as ferrovias e a geração de energia elétrica. Rodovias e portos sem manutenção e novos projetos.

A engenharia foi perdendo sua expertise diante dos poucos projetos e das mudanças tecnológicas. Assim, hoje, os projetos saem mais caros.

Estima-se que com as novas concessões de rodovias pode gerar demanda por importação de asfalto, segundo a Associação brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Abeda).

A Abeda diz haver no país 24 distribuidoras que podem não dar conta de fornecer asfalto para duplicar em cinco anos as rodovias que serão concedidas. O asfalto é subproduto do refino de petróleo.

Um estudo feito pela FGV/EESP estimou que um aumento de 1% no capital investido em infraestrutura gera aumento de produtividade entre 0,48% a 0,53%.

Daí estima-se que em quatro anos este investimento se auto-financia com aumento da receita tributária, sem precisar de aumento de impostos.

O maior problema do investimento em infraestrutura é ter que fazê-lo em curto espaço de tempo. Isto não apenas encarece os projetos com causa enormes impactos e conflitos territoriais.

Estes conflitos não são necessariamente um problema. Eles podem ser parte das soluções que necessitam de tempo para serem negociados.

Assim, os problemas podem ser senão equacionados, pelo menos reduzidos ou mitigados, sem a violência das desapropriações e com mediações que a contemporaneidade exige e os valores humanitários impõem, mesmo no capitalismo vigente.

O Estado tem um papel importante neste processo do qual não pode e não deve fugir.