Do jornalista Mauricio Dias, em sua coluna semanal "Rosa dos ventos" na revista Carta Capital:
"Mãos limpas"
"A exemplo do Partido dos Trabalhadores, de cuja costela nasceu o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), quanto mais mergulha no mundo político, mais, encontra dificuldades para crescer e tomar o poder aqui e ali. Há exceções exuberantes ao longo desse processo inescapável. É o caso do deputado estadual Marcelo Freixo, que disputou a eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro e arrancou, com todas as dificuldades de recursos, quase 1 milhão de votos. Conformar-se com a posição de esquerda denunciando as mazelas da sociedade não é o suficiente. A questão é como avançar sem sujar as mãos?"
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
3 comentários:
Eu fico em dúvida:
Aplicar a estes bobocas do piçol a mesma cobrança que apresentam aos outros?
Afinal, o caso de Macapá, com a aliança com o demos, e agora, o problema da jandira (rocha) são sinais claros de que, bem mais rápido do que se imagina, o piçol anda revelando suas contradições, e pior, sua enorme hipocrisia...
Não é salutar ao sistema político queimar o piçol na mesma fogueira que têm alimentado durante estes anos.
É engraçado assistir estes vestais se complicando com estes pecadilhos...
Mas ainda mais interessante é ver como se portam como ratos, isolando a deputada, ao invés de enfrentarem a realidade, e trabalharem com ela...
Mas Douglas: Há como avançar em algum partido sem sujar as mãos?
Pessoalmente, ou seja, dentro de uma perspectiva particular, é possível fazer política sem "sujar as mãos".
O problema é que o assédio do capital sobre a Democracia não deixa opções, mesmo que juridicamente legais, o que importa pouco no final.
É a metáfora da água que geralmente utilizo:
Não importa a população que a água de um reservatório seja canalizada para piscinas dos ricos, ainda que todas as formalidades legais estejam satisfeitas, enquanto a maioria morre de sede.
Você perguntará, mas não é possível levar a água aos pobres sem "vazamentos"?
Neste sistema de financiamento de campanhas, sob esta formatação judicialista das eleições, creio que não...
O capitalismo é um sistema econômico que mobiliza todo o processo político para satisfazer sua necessidade permanente de acumulação, o que sempre apresenta dilemas "imorais" aos gestores dos impostos.
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