segunda-feira, setembro 02, 2013

Síria, Brasil, ingerências, soberania & maturidade

O argumento para os EUA invadirem a Síria seriam as armas químicas como foi no Iraque. E a invasão da privacidade nas conversas em telefones e mensagens de emails das autoridades brasileiras? Como se explica?

Herança do uso equivocado de alguns valores direitos ditos universais, que está tornando a soberania dos países cada vez mais condicional e limitada.

O desdobramento deste "pensamento único" foi a criação autoritária do "direito à ingerência", liderado pelos mesmos EUA, num conceito de nova ordem mundial quase "legitimada" com o fim da Guerra Fria.

Com este "direito à ingerência" incompatível com qualquer outro direito (especialmente os da doutrina americana, de direito à individualidade e privacidade) se busca, unicamente, segurar através do poderio militar e tecnológico, o domínio econômico e geopolítico, além da hegemonia, todas, em claro e forte declínio.

Não é cabível que alguém tenha a petulância de defender esta inaceitável ingerência, que demonstraria, mais que dependência, subordinação.

Ninguém pode desconhecer que na nova geopolítica da energia e do petróleo, e ainda do tamanho do seu mercado e com a sua liderança continental, o Brasil sai da periferia e passa para o centro e alvo, de maiores atenções e interesses no sistema-mundo.

Se depender de alguns continuaremos servis e dependentes. Porém, sem arroubos infantis, mas com maturidade e segurança, nosso país precisa assumir esta nova condição e tudo que isto significa de bônus e ônus.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que país pode falar grosso com uma situação militar como a nossa? Sucateamos o Exército a Marinha e a Aeronáutica com o desprestígio reservado aos perdedores. Os gorvernos pós ditadura relegaram nossas forças armadas ao ostracismo sob os argumentos nunca mencionados de revanche e vingança.
Taí. É essa a nossa situação militar.
Economicamente a submissão aos Estados Unidos é ainda mais vergonhosa porque poucos (em posição de mando obviamente) ganham muito como isso.
Agora, o caminho a percorrer é longo...

Roberto Moraes disse...

É evidente que o caminho a ser percorrido precisa ser trilhado, independente do seu tamanho, que, por conta desta nova realidade é urgente.

Os motivos desta realidade não justificam não começar a caminhar.

A questão militar deve ser tratada, mas, o caminho político tem espaços importantes de serem tratados considerando os absurdos dos casos citados.

Falar grosso ou não tem mais ou menos relevância de acordo com os argumentos usados, sem que deva menosprezar a questão da soberania e da segurança nacional, sem que queira ver no caso uma revanche do passado, se o que interessa é olhar para diante.

Anônimo disse...

E seguindo no debate temos um excelente artigo com informações que não temos sobre os programas militares brasileiros.
Pode ser lido no blog Viomundo:

http://www.viomundo.com.br/politica/igor-grabois-um-balanco-sobre-os-programas-militares-do-brasil.html

Estamos fazendo alguma coisa, mas ainda falta um apoio maior à industria nacional. Sem tecnologia, não tem DRONES...
E como comentaram por lá: "Si vis pacem, para bellum".

Anônimo disse...

Concordo com Roberto, pois precisamos dar início a essa nova postura em que devemos tomar.Se fossêmos tão pequeno como nós nos achamos, Obahma não teria feito escutas telefônicas. Algum potêncial ele ver no Brasil.Além da soberânia brasileira.