quinta-feira, outubro 31, 2013

Petrobras dá acesso no ambiente interno às redes sociais

A  maior empresa estatal brasileira, a Petrobras, em medida considerada por muitos como ousada e que valoriza a relação e a responsabilidade mútua com seus trabalhadores comunicou que ampliou hoje, o acesso deles às mídias sociais (como Facebook, Youtube e Twitter) no ambiente interno de trabalho na empresa. Confira abaixo o comunicado enviado aos funcionários:

"Petrobras amplia acesso a mídias sociais no ambiente interno"
"Decisão valoriza a forma como a companhia entende que deve ser o relacionamento com a força de trabalho: baseado no respeito profissional e na transparência

A partir desta sexta-feira (01/11) será liberado gradualmente, por localidade, o acesso do público interno às mídias sociais Facebook, Twitter e YouTube por meio da Rede Interna Corporativa (RIC). Esse processo será completado na primeira quinzena de novembro.

A decisão foi tomada pela Diretoria Executiva com os objetivos de aumentar o acesso ao conhecimento e aumentar o grau de interação interna e externa; aumentar a satisfação em trabalhar na Petrobras; e fortalecer a imagem de empresa inovadora e alinhada às tendências de comunicação para atrair e reter talentos. A companhia tem canais proprietários nas três plataformas sociais que poderão ser acessadas por meio da RIC. O perfil no twitter (www.twitter.com/petrobras) tem aproximadamente 89 mil seguidores, o canal do YouTube (www.youtube.com/petrobras) já teve mais de 13 milhões visualizações e a página oficial no Facebook (www.facebook.com/petrobras) tem mais de um milhão de fãs.

A companhia começa a experimentar um ambiente de trabalho pautado na interação por intermédio de redes de colaboração. Em 2013, foi lançado o Conecte, que tem o objetivo de agregar valor às tarefas diárias dentro das equipes e entre elas. O Conecte é a plataforma colaborativa indicada para o trabalho. É possível criar ou se juntar a uma comunidade, compartilhar arquivos e experiências, abrir e participar de fóruns de discussão e, principalmente, estar em contato com profissionais de outras áreas e unidades."

GE também desiste de se instalar no Porto do Açu

O dominó do grupo EBX continua tombando. Agora foi a vez da GE  desistir formalmente de se instalar no Porto do Açu, que agora tem o controle do grupo americano EIG. Veja abaixo informação da Rede PetroNotícias:

"Após atrasos no Porto do Açu, GE Oil&Gas leva nova unidade para Recife"
"Depois de esperar sem sucesso o andamento das obras no Porto do Açu (RJ), onde ficaria a nova unidade de montagem e testes de equipamentos de turbomáquinas, a GE Oil&Gas optou por levar as operações para o Porto de Recife, em Pernambuco. A planta deve começar as atividades no dia 5 de novembro e atenderá à demanda de um contrato fechado em janeiro com a Petrobrás.

A empresa americana afirma ter investido US$ 20 milhões na unidade, que deverá gerar 100 empregos, com 55 mil m². O objetivo é auxiliar no fornecimento de equipamentos de turbomáquinas à Petrobrás, em contrato de US$ 500 milhões, incluindo geradores de turbinas a gás, compressores de turbinas a gás e moto compressores, entre outros sistemas, para os FPSOs P-74, P-75, P-76 e P-77, voltados à Cessão Onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos.

O presidente da GE Oil&Gas na América Latina, João Geraldo Ferreira, disse que a primeira opção para receber a unidade era o Porto do Açu, da LLX, mas a necessidade de atender à demanda da Petrobrás dentro dos prazos, em contraponto ao atraso na conclusão das obras do porto, levou a empresa a buscar uma nova locação.

“A razão pela qual não fomos diretamente para o Porto do Açu foi uma questão de timming. Eu tinha que responder à demanda da Petrobrás em determinada janela de tempo, que não era compatível com a preparação e o fato de o Porto da Açu não estar 100% pronto para que pudesse atender a essa demanda”, disse em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (30), durante a OTC Brasil. “Foi um plano ‘B’”, reconheceu.

O executivo disse que a empresa ainda não definiu o que será feito com a área que possui arrendada no Porto do Açu, mas ressaltou que provavelmente a operação será voltada ao setor de óleo e gás. Ferreira destacou a escolha de Recife pela velocidade do governo e do porto local em atender às requisições da companhia, afirmando que a unidade marca a expansão de localidades da companhia no Brasil.

“O governo do estado e o porto foram ágeis e responderam à altura, com um comprometimento bastante grande. Quando existe boa vontade dos dois lados, sobretudo presteza na solução do problema, acaba se tornando uma operação mais fácil”, disse.

Atualmente a GE Oil&Gas possui cerca de 43 mil funcionários ao redor do mundo, sendo 6 mil apenas na América Latina, onde a empresa atua com 30 plantas e vem expandindo as operações. No Brasil, a divisão da General Electric já conta com seis unidades e 2,5 mil empregados. No último ano, a carteira global de encomendas da GE Oil&Gas ficou em US$18,2 bilhões, e a expectativa de Ferreira é ampliar ainda mais este montante em 2013.

O executivo disse que a nova unidade faz parte da política de adequação às regras de conteúdo local, que têm sido destaque nos últimos anos no setor de petróleo brasileiro.

“A questão de conteúdo local é um fato. É uma regra. Com base nos fatos, reagimos também com fatos”, afirmou.

Nota da Redação: Mesmo com o reconhecimento do presidente da GE Oil&Gas de que Recife foi um plano B, a GE entrou em contato com o Petronotícias, após a publicação da reportagem, afirmando que não havia um planejamento formal para que a unidade fosse instalada no Porto do Açu."

Relembrando a história do surgimento da holding EBX

O blog fez uma postagem no dia 9 de setembro de 2013 (ver aqui) em que relata alguns detalhes sobre o surgimento da holding (grupo) EBX que vale a pena ser relida neste momento em que a maior empresa do grupo, a OGX acaba de pedir recuperação judicial.

Se desejarem aprofundar sobre o assunto leia aqui outra postagem aqui neste blog no dia 10 de julho de 2013 com o título ""O MIDAs da mitologia grega à realidade no Norte Fluminense".

Nesta segundo texto, você pode relembrar que o empresário Eike gostava da comparação com o Rei Midas da mitologia grega. O rei em que tudo que tocava virava ouro. MIDAs também significa (Maritime Industrial Development Areas) a 5ª geração de portos, o chamado porto-indústria.

O que agora vale ser lembrado é que depois de quase morrer por inanição pelo toque de ouro, por tudo em tocava, inclusive a água e o alimento, Midas pede para retornar à posição anterior, sem o poder da transformação em ouro pelo toque.

Parece que o fenômeno descrito de forma figurada pela mitologia grega, também está presente na história real, de uma forma que nem Hegel imaginaria.

Para mais detalhes vale ler este segundo texto.

aqui neste link está um um artigo científico do blogueiro que relata, detalha e começa a fazer uma análise do processo histórico e de constituição da holding, no momento histórico de nosso país, focando de maneira especial no período de 1999 a 2009.

Muita gente desconhece o fato que o projeto que redundou no Porto do Açu e depois no grupo EBX foi concebido pelo estado e entregue gratuitamente ao empresário em 2005.

Documentadas comprobatórios dos fatos narrados são detalhados e colocados, no artigo, numa espécie de linha do tempo, junto da análise do processo histórico, político e econômico que cerca a instalação do grupo empresarial, que ora se desfaz.

Muitos fatos descritos no texto são desconhecidos e não estão presentes nas análises feitas por especialistas e pela mídia corporativa e especializada sobre o assunto, tanto a nível estadual, quanto nacional ou internacional.

Confiram, completem, critiquem e participem do debate sobre o assunto que é vasto e um pouco mais complexo do que algumas simplificações tentam mostrar, ao repetir insistentemente alguns fatos e passagens que não explicam e nem contextualizam tudo que envolve este processo.

PS.: Na seção do blog do lado direito "As Últimas do Complexo do Açu" ha um enorme acervo sobre o caso.

OSX pode também pedir recuperação judicial

A informação é do Estadão Online:

"OSX, de construção naval, pode ser a próxima a pedir recuperação judicial"
"Empresa foi criada para servir de suporte à petroleira de Eike Batista; decisão ainda não está tomada"
"Nas próximas semanas a empresa de construção naval do grupo EBX também pode recorrer a um pedido de recuperação judicial. Segundo fontes que acompanham o processo, a decisão ainda não está tomada, mas é considerada como a mais provável. Nesta quarta-feira, 30, a petrolífera OGX, antes a empresa carro-chefe do conglomerado criado por Eike Batista, entrou com um pedido de recuperação judicial, o maior do setor corporativo na história da América Latina. Este é o último recurso antes de uma possível falência da empresa.

"De imediato não será feito o pedido (de recuperação), tudo vai depender do processo da OGX", disse outro executivo que acompanha de perto a operação. De acordo com ele, não será tomada decisão semelhante em nenhuma outra empresa do grupo X.

Extremamente ligada ao desempenho da OGX, a empresa de construção naval foi criada com o objetivo principal de responder pelas encomendas da petroleira de Eike Batista. Há duas semanas, a OSX conseguiu adiar o pagamento de um empréstimo ponte de R$ 518 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Está ainda em negociação com a Caixa Econômica para estender o prazo de pagamento de outro empréstimo, no valor de R$ 400 milhões.

Criada em 2007, a OGX acumula dívidas sem garantia no valor de US$ 5,1 bilhões. A conta inclui pelo menos US$ 900 milhões com a OSX.

BNDES. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que a situação das empresas do Grupo EBX com o banco está "inteiramente equacionada". Questionado por repórteres que cobriam sua participação no seminário Construindo Startups de Classe Mundial, no TecnoPuc, o executivo reafirmou que, do ponto de vista do BNDES, não há preocupação com as dívidas do conglomerado do empresário Eike Batista.

"Já resolvemos toda a nossa exposição de crédito ao grupo e não teremos perda em relação aos nossos créditos", sustentou, garantindo que a exposição por crédito direto é "zero". Coutinho confirmou que há um empréstimo-ponte (de R$ 418 milhões, para a OSX), com a ressalva de que a operação está coberta por garantia bancária."

quarta-feira, outubro 30, 2013

Como já era esperado a OGX entra em recuperação judicial

A entrada da Eike no setor de óleo & gás acenou valorização das empresas do seu grupo e ao mesmo tempo aumentou os riscos dos seus negócios. Eike só entrou neste setor pela venda do Sistema Minas-Rio de exportação de minério à empresa anglo-sul-africana Anglo American por US$ 6 bilhões.

Com este dinheiro e com apoio de grandes investidores nacionais e internacionais entre estes o fundo de pensão canadense OTPP, o grupo árabe de Abu Dabi, Mubadala, além dos fundos BlackRock e Pimco, dois grandes gestores de recursos do mundo, e também do BNDES, ele acreditou no setor de petróleo, nos geólogos e gerentes retirados da estatal Petrobras, verticalizou seus empreendimentos, tal qual Ford fez, só que há quase um século, chegou a sétimo homem mais rico e...

Tirar petróleo do fundo do mar, mesmo no pós-sal não é tarefa simples, daí o mercado líquido de ações diluiu todo projeto hoje fatiado e entregue a outros grupos que comemoram o fracasso adquirindo partes das empresas que podem ainda ser rentáveis.

Resta acompanhar os projetos do grupo na região: o Porto do Açu, cujo controle foi passado para o grupo americano EIG e o estaleiro da OSX, cujo futuro é incerto e tem como única possibilidade um consórcio junto da Mendes Junior para montar os módulos de duas plataformas para a Petrobras.

A conferir os próximos desdobramentos dos negócios e da repercussão sobre a região, já imensamente impactada.

terça-feira, outubro 29, 2013

IBM cancela emails da OGX por falta de pagamento

É cada vez mais crítica a situação da empresa de óleo e gás de Eike, a OGX. Veja abaixo matéria da revista Exame:

IBM corta serviço de e-mails da OGX por falta de pagamento

Companhia petrolífera de Eike Batista estaria devendo 3 milhões de reais à multinacional

Caixa de e-mail
E-mails: acesso da OGX ao serviço foi cortado
pela IBM, juntamente com a permissão de uso do sistema
de gestão financeira 
São Paulo - A beira da recuperação judicial, a OGX levou mais um duro golpe: seus serviços de e-mail externo e o acesso ao sistema de gestão financeira foram cortados pela IBM por falta de pagamento. Criada por Eike Batista, a companhia petrolífera estaria devendo 3 milhões de reais à firma de informática.

A informação foi publicada hoje no jornal O Globo, na coluna do jornalista Ancelmo Góis. De acordo com a publicação, a OGX já teria contratado uma nova empresa para prestar os serviços. Mas um problema desse tipo mostra o quanto a petrolífera pode estar afundada em dívidas - avaliadas em cerca de 4 bilhões de dólares pelos especialistas.Procurada, a assessoria de imprensa da IBM informou que a política da empresa não permite a confirmação da informação - mas não desmentiu a notícia.

Quem te viu, quem te vê

É bom lembrar: IBM e OGX já foram mais amigas. Em novembro de 2011, as empresas chegaram a anunciar que estavam em negociações para estabelecer uma parceria nas áreas de indústria e TI. Em abril do ano passado, a multinacional americana adquiriu 20% de participação na SIX, firma de tecnologia da EBX.

Hoje, a OGX divulgou detalhes do Projeto Olímpico, plano de resgate proposto pela companhia que foi rejeitado por seus credores. Agora, a empresa caminha para recuperação judicial - única alternativa além do pedido de falência para a firma.

LLX deve passar a se chamar Açu Logísica

O martelo ainda não está batido, mas, o grupo americano EIG que agora controla a empresa LLX (que foi do Eike Batista), cogita trocar o nome para Açu Logística.

Assim, o grupo estaria adotando o nome da região onde está localizado hoje, o maior ativo da LLX: o Porto do Açu. Assim, o grupo EIG repete o que fez o grupo elemão E.ON. que assumiu o controle acionário da empresa de energia elétrica MPX (que também era controlada pela EBX) que se livrou do agoramalfadado "X", adotando o nome de Eneva.

A hipótese de se adotar a denominação de Açu Logística vazou junto da informação sobre a renúncia do diretor presidente da LLX, Marcus Berto, anunciada ontem, no início da noite. Em seu lugar assumiu interinamente e acumulando função, Eugênio Figueiredo que é também diretor financeiro da LLX. Figueiredo deve ocupar o cargo de presidente até que uma nova indicação seja feita pelos controladores, em assembleia.

O setor financeiro privado nacional: do real do cotidiano à estrutura do fenômeno

Uma coisa é você trabalhar com informações nacionais, estatísticas e dados. Outra é conhecer a realidade empírica dos números que você lê e observa.

Em minha vida sempre procurei não perder de vista, mesmo nas simples observações, esta preocupação de observar o macro, a estrutura, sem deixar de observar a realidade do cotidiano que está ao alcance de nossos olhos e da vida ao nosso redor.

Mais que uma visão metodológica este foi um aprendizado prático que foi se aperfeiçoando ao conhecer o ferramental disponibilizado pelos estudiosos para  observar os fenômenos em escalas distintas procurando identificar ligações entre elas.

Algumas vezes, neste exercício, somos mais ou menos rigorosos nas análises para ir paulatinamente avançando nas hipóteses, acrescentando e eliminando possibilidades, até ter estimativa e conclusões, preliminares e avançar para as análises mais consistentes com argumentos sobre a realidade.

Não sei se o leitor do blog, especialmente, os mais antigos, já perceberam esta forma, este "jeito" de buscar informações, de tratar os dados, para depois construir análises usando conhecimentos já adquiridos, para tentar interpretar o real, a partir dos fenômenos observados.

Bom, esta breve digressão sobre o real e a interpretação do fenômeno, eu alinhavei rapidamente aqui para citar uma observação ainda preliminar que venho tentando fazer da movimentação do setor financeiro nacional, aquele que hoje fatura mais do que quem efetivamente produz riquezas e empregos.

Mais uma greve dos bancários em setembro, serviu para que o assunto fosse novamente despertado. O funcionamento "relativamente" normal com a automação e os caixas "automáticos" trabalhando no lugar dos bancários empurrou a solução negociada que surgiu quase que um mês depois para aumentar míseros 1,8% além da oferta inicial dos banqueiros.

Se os caixas funcionavam, então o quê fez os banqueiros buscar uma solução? A resposta foi simples: os empréstimos. Eles acabam emperrados sem a intermediação humana. E, sem empréstimos, há pouco a fazer com o dinheiro captado dos correntistas.

Bom aqui então tínhamos uma pista interessante: o limite da automação bancária com o enxugamento de pessoal para ampliação dos lucros estão limitados aos empréstimos, por mais que hoje se tenha crédito direto nas máquinas ou nos cartões de crédito, só que sem um "papo" com o funcionário não há como negociar tarifas melhores.

Esta pista interessante foi anotada. Porém, outra surgiu numa conversa com um bancário recém-saído de um dos grandes bancos privados que restaram após as seguidas fusões dos mesmos.

Com quinze anos de banco, só no último ano teve seu "passe comprado" por um concorrente atrás de seus contatos e possibilidades de negócios, já que os bancos privados depois da redução dos juros impostos pelo governo através dos bancos oficiais (especialmente BB e CEF) tinham apertado a disputa.

A minha surpresa foi ouvir do bancário que era responsável pela carteira de clientes pessoa física de maior poder aquisitivo, ou maior renda, foi que este tipo de cliente hoje, em sua grande maioria tem conta em pelo menos dois bancos, sendo certo um destes dois oficiais (BB e CEF).

Assim, a realidade é que nos últimos meses estes bancos privados estão com enormes dificuldades para "fechar negócios" com este público. Eles fazem cotação e os bancos privados perdem 9 em 10 cotações, assim mesmo, nos centésimos, para não perder clientes chegando nos percentuais oferecidos pelos concorrentes.

Os bancos privados estariam assim hoje vendendo e faturando mais em serviços e taxas do que nos empréstimos e negócios. Por isto as ofertas maiores pelas contas corporativas, mesmo com os riscos da mobilidade cada vez mais usada pela população (tartada nos bancos como correntistas). Os valores oferecidos a prefeituras e empresas para as contas corporativas também passaram a ser disputadas par-e-passo pelos bancos oficiais.

Bom, estas informações da realidade permite que imaginemos e interpretemos o que tudo isto pode estar gerando nas cabeças destas corporações financeiras hoje já misturada entre nacionais (Itaú e Bradesco, etc.) e internacionais (Santander, HSBC, etc.).

Qual a relação deste fato com as pressões econômicas e financeiras do aumento (real ou em parte fictício da inflação), da necessidade em aumentar juros, da pressão diária das mídias corporativas replicando a questão ouvindo "especialistas".

As pressões políticas decorrentes desta realidade, etc. Ainda me indaguei como os lucros dos bancos ainda são grandes. E a resposta veio quase natural: é que a gordura deles era enorme e, além do mais, os balanços e relatórios com esta redução ainda sairão, ou, quem sabe, a redução seja contida, mesmo que em parte, com os recentes aumentos dos juros feito pelo Banco Central, em respostas a algumas destas pressões citadas acima.

Evidentemente, não sou especialista na área, mas, como todo brasileiro com mais de quarenta anos, eu aprendi a entender algumas questões simples destas transações.

Assim, a hipótese poder ser superficial, tanto quanto esta primeira e insuficiente análise, mas, serve para provocar o debate que é onde, não apenas se aprende mais sobre a teoria, mas, onde se conhece outros dados da realidade,e na mistura de ambos, podemos refutar ou confirmar algumas das hipóteses aqui apresentadas, mesmo que imbricadas na visão que temos do mundo, portanto, sem neutralidades.

Assim, provoco o debate chamando ao mesmo, os bancários e também suas lideranças (no sindicato), e para azeitar ainda mais o assunto posto abaixo um infográfico do Valor (15/10/2013 - Matéria: "Com tecnologia, banco leva cliente para fora da agência" - leia aqui) sobre o que a movimentação e transações automáticas feitas "fora da agência".

Todo este processo e automação e de comunicações inciado no final da década de 80 no Brasil e hoje um dos mais aperfeiçoados do mundo, ajuda a garantir o lucro do sistema bancário e também deixar o que os "correntistas" de "pouca rentabilidade (que eles chamam internamente de "lixo"), ao mesmo tempo que reduz a necessidade de trabalhadores.

O gráfico com dados recentes da Febraban ajuda a acalorar o debate que espero que surja.
Sigamos em frente!




segunda-feira, outubro 28, 2013

Jornal americano "WSJ" diz que Eike está perto de quebrar

A matéria está no Wall Street Journal dos EUA, na edição online desta segunda-feira. Ela pode ser vista aqui. Em resumo a reportagem diz:

"Falência está próxima para Batista"
"OGX - Companhia de Petróleo do brasileiro pode solicitar a proteção da Corte em dias"

"O empresário brasileiro Eike Batista está perto de quebrar, segundo o jornal norte-americano “Wall Street Journal”. Segundo a publicação, que cita fontes familiares com o assunto, a petroleira OGX deve entrar com pedido de recuperação judicial “nos próximos dias”.

“Uma quebra seria a maior da história da América Latina, e um marco infame na ascensão e queda do ex-piloto de lanchas de corrida”. Termina esta semana o período de carência de 30 dias que a petroleira OGX tem para concluir as negociações de reestruturação da dívida com detentores de bônus e, assim, evitar o calote."


LLX troca comando após controle passar para grupo americano EIG

Em nota enviada ao blog, a Assessoria de Imprensa da LLX informa a troca do presidente (CEO) da LLX agora sobre o controle do Fundo de Investimentos americano EIG:

"LLX anuncia alteração na diretoria"
"A LLX divulgou hoje (28) ao mercado Fato Relevante informando que Marcus Berto renunciou ao cargo de Diretor Presidente e Diretor de Relação com Investidores da companhia. Eugênio Figueiredo, atual CFO, assume interinamente os cargos de Diretor Presidente e de Relações com Investidores.

Com isso, será iniciado o processo de busca por um novo Diretor Presidente para a LLX. Eugênio Figueiredo ocupará o cargo até que uma nova indicação seja apontada definitivamente, quando ele voltará a se dedicar somente ao cargo de Diretor Financeiro.

“A companhia e o seu novo controlador agradecem ao Sr. Berto por suas significativas e importantes contribuições e desejam sucesso nos seus novos planos”, disse o R. Blair Thomas, Diretor Presidente da EIG Global Energy Partners."

Comentário do blog: A troca já era esperada. Como este blog já comentou aqui o grupo EIG é um fundo de investimento e como tal se interessa pelos resultados e não pelo processo para o qual designa gestores. Resta saber quem falará em nome do grupo controlador sobre os compromissos socioambientais estabelecidos com os poderes públicos e comunidades afetadas pelos seus empreendimentos. 

Além disso, há que se indagar o detalhamento sobre os novos coronogramas de implantação do empreendimento. Abaixo o blog publica duas fotos (deste final de semana) sobre intervenção da empresa espanhola FCC junto ao Terminal-1 do Porto do Açu na construção de píeres e quebra-mar:  



Afonsinho ontem no Campos A.A.

As informações e foto são do Wesley Machado jornalista e colaborador do Campos A.A. O blog complementa as informações lembrando que Afonsinho é atualmente colunista da revista Carta-Capital onde assumiu o espaço que antes era do Sócrates:

"Uma tarde memorável. Assim pode ser descrito o dia de domingo (27) no Campos Atlético Associação, que encerrou a programação do aniversário de 101 anos de fundação comemorado na véspera, com uma tradicional “pelada”, que teve a presença ilustre do craque Afonsinho, que desfilou sua elegância em campo num jogo formado por vários ex-jogadores da cidade. A partida terminou com a vitória do time de Afonsinho pelo placar de 1 a 0, graças a um golaço marcado no finzinho por Jô, onde a bola bateu no travessão e caiu dentro do gol.

Afonsinho comentou sobre o carinho especial que nutre pelo Roxinho. “Eu tenho uma filha chamada Violeta. O Roxinho marcou minha carreira. Pois quando consegui o passe, tinha de ter um time para jogar. Joguei uma partida na Bahia e esta aqui em Campos em 74 contra o Palmeiras. Até hoje fico pensando, como conseguiram trazer o Palmeiras com o time completo? Foi um grande feito para a época”, afirmou o craque.
Afonsinho conduz a bola de cabeça erguida exibindo a sua classe


O capitão do Botafogo Campeão da Taça Brasil de 1968 comentou sobre o problema que teve com Zagallo. “O Zagallo era um cara muito fechado. No meio, ele gostava de jogar com um pela esquerda, um armando e um na marcação. O Carlos Roberto subiu dos juniores e para o Zagallo não dava para jogar eu e o Gérson (“Canhotinha de Ouro”). Então, fui barrado. Aí eu tive propostas do Santos, do São Paulo. E não queriam deixar eu sair. Foi aí que eu comecei a lutar para ter o passe”, disse Afonsinho, que acabou emprestado para o Olaria, que montou um grande time.

Afonsinho voltaria ao Botafogo, passaria pelos outros quatro grandes do Rio, Flamengo, Fluminense e Vasco. E jogaria ainda com Pelé no Santos. Afonsinho é paulistano, mas se mudou ainda novo para Marília, depois foi para Jaú, onde começou a jogar futebol. Não se considera ex-jogador, pois não encerrou a carreira. Continua na ativa por meio dos jogos da equipe fundada por ele, o Trem da Alegria, que já teve jogando craques como Garrincha e Nilton Santos e artistas do quilate de Paulinho da Viola, Raimundo Fagner e Moraes Moreira. Afonsinho sugeriu que seja realizada uma partida do Trem da Alegria em Campos."

OGX vale US$ 2,5 bi, deve US$ 4,1 bi e vai pedir recuperação judicial nos próximos dias

A avaliação é do jornal Valor em matéria da jornalista Graziela Valentim:

OGX perto de recuperação judicial

Por Graziella Valenti | De São Paulo
O sonho acabou. A OGX, que prometia ser a maior empresa privada de petróleo, deve entrar com pedido de recuperação judicial nos próximos dias. Dificilmente há chance de a companhia encontrar uma solução, mesmo que só para o seu futuro de curto prazo, sem passar por essa etapa.
Até o fechamento desta edição, estava prevista para hoje a abertura dos detalhes dos últimos capítulos do fim deste sonho: as trocas de propostas com os principais credores da petroleira do empresário Eike Batista.
A divulgação das informações - conhecida no mercado financeiro pelo termo "blow out" - marcará o término definitivo das conversas com os detentores dos bônus internacionais emitidos pela empresa, que totalizam US$ 3,6 bilhões.
A publicidade dessas tratativas, caso confirmada ao longo do dia, significa ainda que só o pedido de recuperação judicial pode proteger a empresa das cobranças dos mais diversos tipos de credores, dos donos desses papéis de dívida aos fornecedores.
A empresa possui pendências da ordem de US$ 400 milhões com seus fornecedores. Desse volume, US$ 70 milhões são críticos para a continuidade das atividades e precisariam ser quitados à vista.
A expectativa é que, uma vez confirmado, este seja o maior processo de recuperação judicial já realizado na América Latina, da ordem de R$ 10 bilhões.
A OGX continua registrando recordes, mesmo após o fracasso de seu plano estratégico. Em junho de 2008, quando estreou no pregão da BM&FBovespa, marcou a realização da maior oferta inicial de ações de um projeto pré-operacional. Levantou R$ 6,7 bilhões, pouco mais de seis meses depois de ter obtido US$ 1,3 bilhão ainda como empresa fechada, junto a investidores como o Ontario Teachers Pension Plan - fundo de aposentadoria dos professores de Ontário - e às vésperas da crise financeira internacional se agravar com a quebra do Lehman Brothers.
A companhia tem valor negativo, atualmente. Conforme pessoas envolvidas com a reestruturação, a OGX tem valor presente líquido estimado em US$ 2,5 bilhões, para dívidas que somam US$ 4,1 bilhões. O resultado dessa equação só tem como mudar após uma renegociação dos vencimentos.
Os problemas da OGX - que terminaram por contaminar todo o grupo - resultam da incorreta estratégia de financiar uma atividade de elevado risco, como exploração de petróleo, com dívida e não capital. No mundo todo, companhias de petróleo têm baixa alavancagem, com exceção do Brasil. A Petrobras também tem dívidas elevadas para a média setorial.
No auge do entusiamo com suas descobertas, em meio aos comunicados sobre os hidrocarbonetos detectados, a OGX chegou a valer R$ 75 bilhões na bolsa, no início de novembro de 2010. Na sexta-feira, estava abaixo de R$ 1 bilhão - mas chegou a bater em R$ 650 milhões de capitalização, menos de 1% de seu maior valor já registrado.
Depois de pedir a recuperação à Justiça, a companhia terá 60 dias para apresentar um plano ao juiz e aos credores. O projeto, para ser conduzido, precisará ser aprovado por pelo menos 50% dos credores sem garantia, grupo em que estão incluídos os fornecedores e os detentores do bônus de dívida.
Desde 1º de outubro, quando deixou de pagar US$ 45 milhões em remuneração dos bônus, a OGX vem conversando com esses investidores em busca de uma solução extrajudicial, antes que seja declarada inadimplente.
O prazo para esse consenso termina em 3 de novembro. Enquanto não houver divulgação da troca de propostas, há alguma esperança de diálogo, ainda que pequena. Os bônus valem hoje no mercado cerca de 10% de seu valor de face, ou US$ 350 milhões.
Na semana passada, após os 'bondholders' aceitarem conversar sobre capitalizar a OGX com US$ 200 milhões, surgiu uma nova exigência. Esse grupo queria que o controlador, Eike Batista, encontrasse uma forma de transferir para a OGX a propriedade da plataforma OSX-3, que será usada na exploração do campo de Tubarão Martelo - e que pertence à OSX.
Foi nesse ponto que as conversas pararam. Pouco antes, a petroleira havia sinalizado que aceitaria uma diluição para 10% - fatia que seria dividida entre Eike e os minoritários. Os donos dos bônus, numa conversão parcial de seus créditos e com o dinheiro novo, teriam 90% do negócio.
A publicidade das informações - quando e se ocorrer - também deixará evidente a instabilidade do discurso dos administradores da OGX, que iniciaram o diálogo afirmando que a empresa necessitava de US$ 500 milhões. Essa volatilidade acabou por prejudicar as conversas com os donos desses títulos, que se sentiam manipulados pelo mesmo apetite voraz que levou a empresa a gastar bilhões ao longo de 2013, mesmo já diante de visíveis dificuldades.
A nova administração da empresa acredita que com US$ 75 milhões seria possível chegar ao fim deste ano e garantir a operação do campo de Tubarão Martelo.
Os 'bondholders' continuarão de grande importância, mesmo em um cenário de recuperação judicial. Afinal, a aprovação de qualquer plano passa pelo aval desses investidores. Porém, numa recuperação judicial quem ganharia mais força seria o controlador.
Na primeira quinzena deste mês, a Angra Partners assumiu a gestão da OGX, com a demissão dos principais executivos da antiga equipe. Conforme o Valor apurou, foi após a chegada dessa equipe que o valor dos recursos necessários foi cortado pela última vez.
Houve também um esforço de planejamento de redução de custos. Atualmente, a OGX é uma companhia com cerca de 180 funcionários. Os cortes nos gastos virão de medidas simples, necessárias e básicas para companhias que vivem uma delicada realidade como a OGX, como a mudança da sede de um prédio em que o custo do aluguel era de R$ 1 milhão ao mês para um de R$ 200 mil mensais.
A avaliação de quem acompanhou de perto os últimos meses da OGX é de que a companhia segue com gastos desnecessários. No início de 2013, tinha R$ 3 bilhões em caixa. Agora, tem menos de R$ 100 milhões e luta para manter em dia até o pagamento de salários. Daí a economia em todas as frentes.
A OGX também não encerrou o diálogo com potenciais novos investidores. Parte da nova administração embarcou ontem à noite para Nova York, mais uma vez, para conversas com interessados. Também estão previstos encontros com os 'bondholders', para manutenção de um diálogo cordial - mesmo que a negociação formal termine e ocorra o "blow out".
Aqueles que aportarem capital na iminência de uma recuperação sabem que teriam seus recursos protegidos, com prioridade na remuneração. Existem na mesa propostas para injeção de US$ 100 milhões que podem diluir os atuais acionistas entre 20% e 50%.
Outra frente é a busca por um acordo para vender à Eneva (antiga MPX) a participação que detém na OGX Maranhão, um campo de gás no Norte do país. De posse de recebíveis da E.On, empresa alemã controladora da Eneva, a OGX iria ao mercado descontar esses papéis, na expectativa de levantar R$ 130 milhões. Os recursos serviriam tanto para chegar a uma recuperação com maior folga de caixa, afastando a sombra de uma decretação imediata de falência, até um fortalecimento para o diálogo com os 'bondholders'.

sábado, outubro 26, 2013

Artigo: "A regulação da internet destina-se a garantir o exercício da liberdade. Por que temer?"

Abaixo o artigo do advogado e professor Marcos Vinícius Filgueiras Junior, publicado em seu blog "Direito Administrativo Internacional" (já inserido em nossa lista de blogs recomendados).

Filgueiras que trabalhou até recentemente como advogado da Fenorte fez mestrado e doutorado na Argentina e hoje é concursado do Mercosul atuando na Assessoria Jurídica da Unidade Técnica FOCEM - Fundo de Convergência Estrutural. Este fundo financia projetos nos países do Mercosul com a finalidade de reduzir as chamadas assimetrias, entre os países.

O artigo trata de um tema que está na ordem do dia, em função da fase final da regulação da internet, com os diversos problemas que temos convivido, além de todos os problemas sobre a espionagem eletrônica, não apenas no Brasil, mas, em todo o mundo. Assim, vale a sua conferida:

"A regulação da internet destina-se a garantir o exercício da liberdade. Por que temer?"

"A regulação da internet retornou às manchetes por causa da espionagem norte-americana. Agora envolveu a Alemanha. O tom das conversas passará a ser outro. A começar pela reunião da cúpula europeia, amanhã, em Bruxelas, que já conta com esse novo item na pauta (aqui).

Regular a internet não significa cercear a liberdade, mas sim garantir o exercício da legítima liberdade. No caso, regular é estabelecer regras de utilização para proteger a privacidade e a soberania.

As normas internacionais existentes destinadas a proteger a privacidade e a soberania mostraram-se insuficientes. Será necessário ser mais específico e exigente na fixação das regras.

O recente discurso da Presidente Dilma na ONU foi objetivo sobre o uso de tecnologias e da internet. Sustentou que é preciso ter regras claras e responsáveis para a proteção de cidadãos e Estados. E propõe que a ONU tome a frente nesta missão para coibir as práticas nocivas no espaço cibernético.

Andrés Oppenheimer, jornalista do El Nuevo Herald e da CNN Espanhol, entendeu que a manifestação da Presidente brasileira deveria colocar a todos muito nervosos (aqui). O articulista fez relação com a proposta apresentada pela China e pela Rússia, em 2005, para a regulação do conhecido “spam” que poderia levar, segundo Oppenheimer, a uma forma de censura.

A proposta apresentada em 2005 sequer foi oficial e não proibia conteúdos. Basta inteirar-se dela. De qualquer forma, o conteúdo do discurso da autoridade brasileira nada falou sobre isso. A conclusão do articulista não tem fundamento.

A regulação internacional da internet deve ser feita pela ONU que é o foro legítimo para a criação de normas Direito Internacional. Poderá também criar-se um organismo internacional intergovernamental com esta específica finalidade, em vez de permanecer nas mãos de organismo privado que hoje fixa as regras na internet, que é o ICANN - "Internet Corporation for Assigned Names and Numbers". Veja-se, por exemplo, que a IANA – "Internet Assigned Numbers Authority" é um órgão do ICANN que tem a função de controlar os números dos protocolos em escala mundial (o conhecido IP) com base no que foi pautado no contrato entre o ICANN e os EUA (aqui).

A criação de normas internacionais se daria por consenso. Meio democrático, portanto. Não há o que temer para quem verdadeiramente defende a democracia. Temem – e por isso resistem – apenas aqueles que se acham mais do que os outros e têm privilégios a perder."

Afonsinho amanhã no Campos A.A.

O Wesley Machado informa que está confirmadíssima a vinda do craque Afonsinho, amanhã, às 10 horas, no Campos A.A. ali rua Alberto Torres, perto da Faculdade de Filosofia, em Campos.

Junto com Afonsinho virá o cineasta cearense Francis Vale, que está produzindo um documentário sobre o Trem da Alegria, o time fundado pelo Afonsinho. A programação é gravar um jogo aqui em Campos. Bacana a iniciativa que ajuda a resgatar a memória do futebol campista.

Audiência do Sepe com a Secretaria de Educação da PMCG

Ana Paula Mota encaminhou ao blog a informação sobre a reunião entre o Sepe e a SME da PMCG:

"O SEPE, Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, Núcleo Campos, se reuniu esta tarde com a Secretária de Educação de Campos, Marinéa Abude.
Foi discutida a pauta anteriormente enviada pelo SEPE e que começou a ser discutida na primeira audiência que aconteceu no dia 23 de julho.

Os pontos de pauta e a resposta do governo às reivindicações seguem em arquivo anexo.
"

Resultado da Pauta de reivindicação encaminhada no dia 23/07/2013 à Secretaria de Educação e discutida em audiência no dia 25/10/2013

Aumento Salarial:
*Mantem a reivindicação histórica e vamos discutir as perdas a partir do Estudo do DIEESE junto à Controladoria do Município, mediante encaminhamento pedido de audiência. 

Convocação dos Concursados de 2012: 
*Chamada até 10/11/2013 de 950 professores concursados, para apresentação de titulo e efetivação. 

Revisão do Plano de Cargos e Salários:
*Indicação de 02 representantes do SEPE para discutir a revisão do Plano de Cargos e Salários. 

Concurso Público
*Concurso para mediador, inspetor de alunos, Professor de Ensino religioso e assistente de creches, no próximo ano. 

Cumprimento de 1/3 da Carga Horária para Planejamento: 
*Garantido o cumprimento de 1/3 da carga horária destinada a planejamento nas creches e professor de 20 horas garantido em 2014. Para os Professores de 25 horas a demanda será maior do que os demais, sendo necessária a contratação de mais professores. 

Construção e Reforma de Escolas e Creches
*Apresentou planilha de reforma e construção de escolas e creches. 

Eleição de Diretor:
*Eleições de diretores: O SEPE discorda do modelo de eleição baseado na lista tríplice apresentado pela secretária e defende eleições diretas para diretores, mesmo assim iremos apresentar um modelo de eleição direta com base em nossa experiência, acordado com a assessoria jurídica da secretaria. 

*FUNDEB
A reunião do C.M.E ( Conselho Municipal de Educação) no dia 23/10 deliberou que o conselho do fundo será convocado para esclarecimentos sobre a utilização da referida verba, e possível discriminação do valor no contracheque 

*Houve comprometimento em implantar o curso pro funcionário em parceria com a CNTE. 

* Educação do Campo: *Como ocorreu audiência específica em 24/10/2013, o SEPE divulgará resultado após reunião do Coletivo Educampo.

sexta-feira, outubro 25, 2013

Menos tempo, menos notas no blog, mas, seguindo em frente!

Quem acompanha o blog há mais tempo sabe o quê este blogueiro pensa deste espaço "digital" (assim como meu amigo Helinho, prefiro este termo, ao "virtual") e do seu uso.

É evidente que os blogs, mesmo que tratem de informações, análises e questões para o debate, eles são pessoais e por isto, refletem situações de interesse coletivo, mas, invariavelmente, tratam de questões e posições com as quais o seu titular anda envolvido.

Os blogs nasceram muito pessoais (quase como uma espécie de diário), mas foram se expandindo como forma de comunicação bilateral, entre pessoas (e profissionais) que apreciam trazer questões que, por diversos motivos, não são interesse da mídia corporativa, ou mesmo insuficientes, para que esta tenha interesse e dê espaço, por conta da limitação de público interessado em alguns temas e/ou abordagens.

Diante deste quadro é natural que, conforme a disponibilidade tempo e mesmo o interesse pessoal por determinados assuntos de estudo e reflexões, o blogueiro tenda para alguns temas e depois por outros.

Além disso, o blogueiro, nem sempre dispõe de tempo para trazer uma leitura e interpretações dos fatos mais importantes do cotidiano, seja local, regional ou mesmo nacional ou global, como tanto aprecia, muitos leitores e interlocutores.

Muitos leitores e colaboradores com constância comentam ou trocam emails com este blogueiro, sem que ao menos nos conheçamos presencialmente. Acho (sempre achei) isto muito interessante e novo.

Vínculos que depois se tornam também pessoais e presenciais, ou apenas, no campo das ideias (numa espécie de rede).

Muitas vezes, e de forma positiva, pensando da mesma forma ou concordando, mas, dialogando com argumentos, algumas poucas vezes "parafusante", mas, na maioria do casos, para diferentes temas, de forma altamente construtiva.

Assim, entendo como perfeitamente compreensível algumas cobranças sobre abordagem de temas e assuntos. Porém, as condições de tempo, nem sempre permitem que este blogueiro atenda estes desejos. A maioria compreende isto, outros nem tanto, tentando tirar disto interpretações, que também são compreensíveis, mas, muitas vezes precipitadas e sem nenhum sentido, mesmo que compreensivas.

Enfim, sem me alongar ainda mais, esta nota tem apenas a intenção de dizer que diante de compromissos de estudos e pesquisas que venho me dedicando, de maneira full-time há mais de um ano, o blog tende a ter um período (que não posso precisar hoje), com menos de atualizações e abordagens de temas do que é o costume, porém, isto se dá pela absoluta falta de tempo e condições físicas e mentais para tal.

Pela proximidade e interesse que o blog despertou (para minha permanente surpresa, para além da nossa região), eu entendo que esta explicação é importante e visa estreitar esta relação, em meio à realidade que é um fato.

Durante os últimos doze meses, mesmo estando já com estas limitações, eu venho conseguindo, às duras penas, manter, mesmo que de forma limitada, e muito ligada aos interesses e estudos (que venho empreendendo no presente), o blog ativo e razoavelmente atualizado, mas, o mais provável é que esta redução se acentue. Espero que nossos leitores e colaboradores compreendam.

Mesmo que um pouco menos atuante, seguimos em frente!

Incêndio & prevenção

O blogueiro esteve fora da cidade nestes dias em que dois incêndios em lojas de móveis num espaço de tempo inferior a 24 horas espantou a comunidade. Há que se lamentar os prejuízos materiais e agradecer pela feliz inexistência de vítimas.

Posto isto, há que se avançar em questões simples, mesmo que após a "porta arrombada": a prevenção. Incêndios são acidentes e ao contrário do que às vezes se fala, são todos, repito, todos, por princípio evitáveis, mesmo que suas causas sejam as menos prováveis. Porém, em prevenção elas devem ser levantadas como hipótese para que sejam devidamente prevenidas.

Assim, locais de armazenamento de produtos de fácil combustão como madeira, espuma e papel devem ter cuidados redobrados com fontes de calor e energia elétrica. Ainda mais, nesta época do ano, que mesmo que ainda na primavera, mas com o calor já forte, as ocorrências tendem a se ampliar.

Redes elétricas sobrecarregadas por uso de equipamentos elétricos em maior quantidade e que demandam correntes elétricas maiores que as capacidades dos cabos tendem a produzir aquecimento, calor e servem de ignição que para se propagar passa a ser quase que um mero detalhe.

Observando as notas e imagens nos blogs da região se viu que os estragos foram grandes, quase totais, o que demonstra que os riscos seja de armazenamento, de instalações e/ou procedimentos eram potencialmente significativos.

A localização dos extintores que só servem para apagar início de incêndio, mais cuidado e dispersão das cargas inflamáveis armazenadas são coadjuvantes incendiários. De longe e sem conhecer os locais dos dois , há que se identificar semelhanças e diferenças entre os dois casos.

A maior semelhança e difícil coincidência (que reforça a tese de que causas são sempre preveníveis) é se tratar de casas de móveis. A maior diferença é o fato de que o primeiro caso foi à noite com temperatura mais amena, com loja fechada, menor uso de energia elétrica e com impossível primeiro combate com o uso de extintores, pela inexistência de gente no local.

Neste sentido, volto a repetir, sem conhecer diretamente os casos, o segundo incêndio, durante o dia e com pessoas no local, que felizmente não foram atingidas, acaba por se constituir em diferenças, que mostram que as causas podem ir para além das semelhanças.

Outro mito que precisa ser literalmente "apagado" do sendo comum, para além deste de que acidentes acontecem, é o de que o seguro paga. Só que quem paga o seguro somos todo nós que seguramos nossas propriedades e vidas. Assim, se o seguro paga, nós é que pagamos. Desta forma, pagaremos sempre um pouco mais nos prêmios dos seguros, enquanto os acidentes de qualquer tipo continuem a "acontecer" nas mais diversas atividades humanas.

Abaixo o blog reproduz, um dos dois vídeos mandados pelo leitor-colaborador Admardo Augusto de Azevedo Silva, mostrando, o primeiro incêndio, na terça-feira à noite e que foi enviado como colaboração no dia seguinte ao fato.

Por problemas de tempo deste blogueiro e do entendimento que tinha da necessidade de aprofundar um pouco mais o assunto do que apenas divulgar imagens, só agora estou expondo o vídeo que mostra a proporção e o riscos que os incêndios trazem às propriedades e pessoas.

Assim, a solidariedade aos comerciantes atingidos e repito a justa comemoração pela inexistência de vítimas, não devem reduzir as necessidades de prevenção, tal qual refletimos de forma mais incisiva, desde o incêndio da Boite Kiss no Rio Grande do Sul.


PS.: Atualizado às 09:56: Para corrigir concordância verbal "incendiária" no último parágrafo.

Alerta à concessionária da BR-101 e construtoras

A Autopista Fluminense S.A. e as construtoras contratadas para as obras de ampliação e duplicação da BR-101, entre a Ponte Rio-Niterói e a divisa com o estado do Espírito Santo devem tomar providências para evitar acidentes graves.

O blogueiro que tem utilizado semanalmente a rodovia por mais de uma vez há pelo menos três anos vem acompanhando de perto os trabalhos na rodovia.

Assim, nas duas últimas semanas, eu percebi que um fato pode levar a ocorrência de acidente grave, no trecho próximo ao primeiro trevo de entrada para Macaé, no sentido Campos-Rio.

Foto da BR-101 que mostra o trecho comentado,
só que no início da duplicação em 10/10/2011
Neste trecho (que imagino de pouco mais de dez quilômetros) em que a pista já está duplicada, onde se está ultimando serviços de sinalização, com parte gramada na lateral do acostamento, mureta, entre outras coisas, a nova pista está sendo usada por carros no serviço, ou por outros que saem de localidades que têm acesso à pista, ou até por veículos em trânsito pela própria rodovia que a acessam visando ganhar velocidade.

Fato é que este uso passa a impressão aos que vêm em sentido contrário, que as duas pistas poderiam estar liberadas ao trânsito de veículos. Isto tem feito (e o blogueiro já presenciou duas vezes) que motoristas na pista antiga trafegue na contramão e em ultrapassagem a outros veículos, em lugares inadequados até se assustarem e serem surpreendidos com o trânsito veículos em sentido contrário na mesma pista.

É um problema simples de ser resolvido, desde que devidamente sinalizado. É bom recordar que muitos dos usuários da rodovia são de motoristas que não conhecem a rodovia e nem os detalhes das obras e seu andamento o que facilita a criação de situações que pode levar a acidentes graves. Fica o relato do problema e o pedido de sinalização.

PS.: Atualizado às 09:36: O blog encaminhou a observação e sugestão como "urgente" ao "Fale conosco" no site da concessionária e também à Assessoria de Comunicação da Autopista Fluminense S.A.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Também no Ibope Dilma levaria no 1º turno em todos os cenários

A pesquisa do Ibope foi divulgada nesta noite. O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 17 e 21 de outubro em 143 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. Faltanto pouco menos de um ano par ao pleito, tanto nos quatro cenários de 1º turno quanto de 2º turno os indicativos hoje seriam de reeleição da presidenta Dilma. No cenário avaliado em que a vitória seria menos folgada é hoje, o menos provável com a presença de José Serra e Marina juntos.

Confira os cenários:
Cenário 1:
Dilma Rousseff 41%
Aécio Neves 14%
Eduardo Campos 10%
Dilma 41% x 24% Adversários .

Cenário 2
Dilma Rousseff 39%
Marina Silva 21%
Aécio Neves 13%
Dilma 39% x 34% Adversários .

Cenário 3
Dilma Rousseff 40%
José Serra 18%
Eduardo Campos 10%
Dilma 40% x 28% Adversários.

Cenário 4
Dilma Rousseff 39%
Marina Silva 21%
José Serra 16%
Dilma 39%  x 37% Adversários.

Extrato de contrato da Ponte SJB-SFI é publicado no DOE-RJ

A publicação da Secretaria Estadual de Obras e Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está na página 27, Parte I, do Diário Oficial do Estado, na edição desta 5[ feira, 24 de outubro de 2013:


Morador de Goitacazes faz reclamações contra impacto de obras da PMCG

O leitor-colaborador Alexandre Ribeiro do blog, no dia 4 de outubro solicitou a este espaço que fosse publicado uma reclamação com sobre o impacto das obras da PMCG no seu bairro de Goitacases, em Campos.

Verdade que o assunto não se coloca entre os mais importantes, mas, a participação cidadã da população deve sempre ser valorizada, coisa que sempre fizemos. Apensar disto, em função de um erro de processamento, o blog acabou não fazendo esta publicação.

Hoje, 24 de outubro Alexandre voltou a passar um email solicitando que sua reclamação fosse exposta no blog. Assim, publicamos abaixo os dois emails com suas reclamações:

"Professor Roberto,
Minha rua em Goitacazes está em obras pelo Bairro Legal, hoje pela manha fui surpreendido na saída do meu portão pela instalação de uma boca de lobo (grelha), fui então até a sede da CONSTRUTORA AVENIDA onde fui bem atendido pela assistente social e pedi que fosse reposicionado um metro para o lado evitando transtornos futuros justamente na entrada e saída de minha residência. Porém me informaram que não seria possível a remoção pois estão seguindo o projeto, ai vem a pergunta; como um Engenheiro formado não tem pelo menos o bom senso durante a execução do projeto de com uma simples medida não colocar essas bocas de lobo justamente na entrada e saída das residências em uma rua que tem 
aproximadamente 700 metros?
Espero que um erro como esse não não reflita na qualidade total da obra, o que veremos no futuro próximo.

Desde já agradeço,
Alexandre Ribeiro.
Ps. pode publicar o nome.
"
O email de hoje, 24 de outubro:

"Professor Roberto,
Uma pena não ter divulgado meu e-mail, infelizmente o povo sofre sem ter a quem recorrer, após um mês de obras somos todos surpreendidos pela ineficiência ROSAL E GAROTAL, numa rua em que nunca faltou água da " Aguas do Paraiba" começamos a ter o dissabor da falta de planejamento, pois diariamente na rua Bom Lugar em Goitacazes começamos ter a falta de agua constante onde nunca faltou, MEU Professor Roberto, não esqueça aqueles que desde o inicio do blog acompanham e tem referência em sua pessoa, esse Eike fez o Sr. nos abandonar nas causas "pequenasssssss" e necessitarias da população, sendo sempre inadiáveis e sempre divulgáveis as questões do porto do Açu, Professor Roberto nos ajude como sempre, sou incapaz de aceitar dinheiro publico jogado fora, em falta de planejamento, e divulgação...

Sds,
Alexandre Ribeiro."

"O Brasil e as "potências emergentes"

Mais uma vez Fiori de forma simples, direta e objetiva faz num breve artigo uma análise dos Bricas neste artigo do Valor, situando forças e fragilidades destes cinco estados-nações, de importância significativa, no tabuleiro da geopolítica mundial. Vale conferir!

O Brasil e as "potências emergentes"

Por José Luís Fiori
Considerar a China uma "potência emergente" é no mínimo um descuido etnocêntrico ou um grave erro histórico; mas no caso da Rússia, é uma tentativa explícita de diminuir a importância de uma nação que assombra os europeus, desde que os soldados de Alexander Nevsky derrotaram e expulsaram do território russo, os cavaleiros teutônicos germânicos e suecos, na famosa Batalha do lago Chudskoie, em 1242. E que no século XX alcançou em poucas décadas a condição de segunda maior potência econômica, militar e atômica do mundo. Apesar disto, se tornou um lugar comum colocar esses dois países na categoria das "potências emergentes", ao lado da Índia e do Brasil, e a própria África do Sul acabou sendo incluída na produção midiática do Brics
A somatória simples indica que o peso demográfico e econômico desses cinco países é considerável. Juntos, governam cerca de 3 bilhões de seres humanos, quase metade da população mundial, e desde 2003 o crescimento do grupo representou 65% da expansão do PIB mundial. O produto interno bruto desses países já é de cerca de U$ 29 trilhões, ou seja, 25% do PIB mundial, e já é superior ao dos EUA, e da União Europeia, tomados isoladamente, pela paridade do "poder de compra". A formação de um grupo de cooperação diplomática e econômica, e a existência de um fluxo comercial e financeiro significativo dentro deste grupo de países é um fato novo e pode vir a ser a base material de algumas parcerias setoriais e localizadas entre todos ou alguns deles. Mas não é suficiente para justificar uma "aliança estratégica" entre estes cinco países que ocupam posição de destaque nas suas regiões pelo seu tamanho, território, população e economia, mas são muito diferentes do ponto de vista de sua inserção internacional, geopolítica e econômica.
Logo depois da dissolução da União Soviética, e durante toda a década de 90, muitos analistas vaticinaram o fim da grande potência eurasiana. Mas a Rússia já foi destruída e reconstruída muitas vezes por meio da sua história milenar. Por sua vez, China e Índia controlam um terço da população mundial, possuem 3.200 quilômetros de fronteiras comuns, possuem arsenais atômicos e sistemas balísticos de longo alcance, e já se enfrentaram em várias guerras.
Brasil tem potencial de projeção internacional de sua influência maior que o dos africanos, dos russos e dos asiáticos
Dentro do xadrez geopolítico asiático, China e Índia disputam várias zonas de influencia sobrepostas, e possuem algumas alianças regionais antagônicas. Por sua vez, Brasil e África do Sul compartem com os gigantes asiáticos o fato de serem as economias mais importantes de suas respectivas regiões e de serem responsáveis por uma parte expressiva do produto e do comércio da América do Sul e da África. Mas os dois países não têm disputas territoriais com seus vizinhos, não enfrentam ameaças externas imediatas a sua segurança e não são potências militares relevantes. Mesmo assim, o Brasil é mais extenso, populoso, rico e industrializado do que a África do Sul, dispõe de recursos estratégicos, tem capacidade para ser auto-suficiente do ponto de vista alimentar e energético e possui uma importância e uma projeção regional, política e econômica dentro da América do Sul, muito maior do que a da África do Sul dentro do continente africano. E por isto também, o Brasil também tem, no médio prazo, um potencial de expansão pacífica e de projeção internacional de sua influência muito maior que a dos africanos, e talvez, mais desimpedida ou desbloqueada do que a dos russos e dos asiáticos.
Nas próximas décadas, o mais provável é que a Rússia tente reverter suas perdas depois do fim da Guerra Fria, e se proponha um imediato retorno ao núcleo central das grandes potências, deixando de ser "potência emergente". Enquanto a China tende a se afastar de qualquer aliança que restrinja sua ação no tabuleiro internacional, já na condição de quem participa diretamente da gestão econômica do poder mundial. Por sua vez, a Índia não tem nenhuma perspectiva nem projeto expansivo global e deve se dedicar cada vez mais ao seu "entorno estratégico", onde a expansão da China aparece como sua principal ameaça regional. Comparado com estes três "países continentais", o Brasil tem menor importância econômica do que a China e muito menor poder militar do que a Rússia e que a Índia. Mas ao mes mo tempo, o Brasil é o único destes países que está situado numa região onde näo enfrenta disputas territoriais com seus vizinhos e, por isto, é o país com maior potencial de expansão pacífica, dentro da sua própria região. Por último, o Brasil, mais do que a África do Sul, deve manter e ampliar sua posição de Estado relevante, dentro do sistema mundial, mas com pouca capacidade ainda de projetar seu poder fora do seu "entorno estratégico" durante as próximas décadas.
Somando e subtraindo, a categoria das "potências emergentes" pode gerar iniciativas diplomáticas importantes, mas o mais provável é que este grupo perca coesão e eficácia, na medida em que o século XXI for avançando, e que cada um destes cinco países seja obrigado a tomar o seu próprio caminho, mesmo na contramão dos demais, na luta pelo poder e pela riqueza mundial.
José Luís Fiori professor titular de economia política internacional da UFRJ, é autor do livro "O Poder Global", da Editora Boitempo, e coordenador do grupo de pesquisa do CNPQ/UFRJ "O Poder Global e a Geopolítica do Capitalismo". Escreve mensalmente às quartas-feiras.

Petroleiros do NF aprovam aceitação de proposta e fim da greve na Bacia de Campos

A informação é do Sindipetro-NF:


Petroleiros do NF aprovam indicativo do NF de aceitação da proposta e suspensão da greve - 23/10/2013 - 23:39

"Em assembleias realizadas nas bases do Sindipetro-NF em Campos e Macaé, a categoria aprovou os três indicativos apresentados pelo Sindipetro-NF e FUP. Mais de 500 trabalhadores compareceram as duas assembleias.

Veja o resultado total para cada indicativo abaixo:
1) Aceitação da proposta apresentada pela Petrobrás e Subsidiárias no último dia 23 e suspensão da greve
327 A Favor
191 Contra
04 Abstenções

2) Manutenção do Estado de Greve e Assembleia Permanente contra qualquer punição na Bacia de Campos:
508 A Favor
03 Contra
01 Abstenção

3) Aprovação de desconto assistencial de 1% para todos os trabalhadores da base do NF, a fim de custear as despesas com o movimento.
473 A Favor
29 Contra
10 Abstenções

Para a diretoria do NF, o movimento foi vitorioso e conseguiu avanços significativos na proposta. Com esse resultado os petroleiros da Bacia de Campos e de todo país saem ainda mais fortalecidos."

Mídia Ninja foi a Conceição de Mato Dentro, MG e registrou a mineração

A Patrícia Generoso de Conceição do Mato Dentro, MG, município onde se situa a mina e de onde sai o mineroduto que 525 quilômetros depois sai aqui no Açu, mandou a matéria especial cujo título é "O inferno dá lucro" feita sobre a atividade de mineração no Brasil pelo canal de mídia alternativa, Mídia Ninja.

O curto de vídeo de menos de 2 minutos entre outros problemas mostra o grande ab-uso de água que a atividade acaba por desperdiçar. No próximo dia 31/10/2013 será lançado o documentário completo sobre a atividade que está prestes e ganhar um novo marco regulatório:

"O Inferno dá lucro"
(Via Mídia Ninja)
"A Mineração protagoniza uma das mais violentas devastações da nossa história.

A atividade é um dos carros chefes na política econômica do Brasil. Não é novidade para os brasileiros: onde há excesso de lucro, há sangue. Histórias chocantes de devastação do meio ambiente e desrespeito ao ser humano ficam escondidas atrás das montanhas de dinheiro.

A tendência é que o quadro, já instável, sangre mais. Muito mais. O Governo Brasileiro se apressa para aprovar o Novo Marco da Mineração. O objetivo é triplicar o potencial minerador até o ano de 2030. Essas mudanças afetam diretamente a vida de milhares de pessoas que moram, trabalham ou convivem próximo a grandes mineradoras: povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, agricultores familiares e moradores de pequenas vilas em região de extração.

Quais são de fato os danos ambientais? Qual o ganho para uma cidade onde se instala uma grande mineradora? Qual a noção de progresso que está por trás de uma atividade econômica ambientalmente tão cara?

A reportagem especial do NINJA visitou nas últimas semanas os estados responsáveis pela maior exportação de minério no país: Minas Gerais, Pará e Maranhão, conversando nos rincões de nosso país com quem sofre diretamente com a Mineração. O documentário completo será lançado no dia 31/10.

Até quando fecharemos os olhos para essa situação?
"

quarta-feira, outubro 23, 2013

MPF investiga aplicação de recursos do BNDES no Porto do Açu

Abaixo a nota da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro:




LLX em nota nega participação em atentado e ameaças no Açu

Em nota da Assessoria de Imprensa enviada ao blog a empresa LLX nega envolvimento nos casos de ameaças e tiros em frente à propriedade de Da. Noêmia Magalhães e no caso do gado do senhor Adeilço Toledo. Abaixo o blog publica a nota na íntegra:

Informação à Imprensa
A LLX nega veementemente a informação de que funcionários da empresa teriam participado de um suposto atentado a família de Noêmia Magalhães. A empresa repudia a divulgação de informações infundadas sobre o assunto e nega o envolvimento com quaisquer casos desta natureza.

Com relação ao Sr. Adeilço Viana Toledo, é importante esclarecer alguns pontos:

- a área em questão foi desapropriada pelo Estado do Rio de Janeiro, através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro – CODIN, para a implantação do Distrito Industrial de São João da Barra, sendo que o valor da indenização foi depositado em juízo e está à disposição dos réus desde 17/5/2013, no valor de R$ 742 mil. A empresa desconhece se os réus já se manifestaram no processo para requerer o levantamento ou impugnar o valor ofertado;

- Em 14/06/2013, Oficiais de Justiça foram até o local cumprir o mandado de imissão na posse em favor da CODIN. Ao verificar que tinham 29 cabeças de gado no local, os Oficiais de Justiça concederam um prazo de 3 dias para a retirada do gado aos Srs. Adeilço Toledo, Sergio Toledo e Joilson Toledo, que estavam na ocasião acompanhados da advogada Dra. Ana Lúcia Rodrigues Ferraz;

- Em 01/08/2013, os Oficiais de Justiça voltaram ao local para efetivar a imissão na posse da CODIN e, como as cabeças de gado continuavam na área e os proprietários se recusaram a negociar uma alternativa para sua retirada do imóvel, determinaram que as mesmas fossem depositadas na Fazenda Papagaio, de propriedade da empresa GSA (controlada pela LLX), que ficou responsável pela guarda dos animais até que a família pudesse retirá-los do local;

- Desde então, a empresa tentou contato com os proprietários dos animais para definir para onde o gado seria levado. Como não recebeu nenhum tipo de retorno, a empresa solicitou ao Juiz que intimasse a família para retirar o gado. A data foi agendada com o sr. Maurício Costa, que se apresentou como representante da família, e a retirada efetivamente aconteceu no dia 15/10/2013;

- No mesmo dia, após retirar o gado da Fazenda Papagaio, a família do Sr. Adeilço retornou com os animais para a área já desapropriada, invadindo, deste modo, área já em posse da CODIN e da GSA (controlada pela LLX), conforme determinação judicial de imissão de posse. Na mesma data, a LLX fez o pedido de registro de ocorrência na Delegacia de São João da Barra e aguarda posicionamento. A empresa também solicitou ao Juiz da desapropriação que o sr. Adeilço seja notificado a retirar o gado,  em 72 horas, da área desapropriada;

 - Importante destacar que a área desapropriada do Sr. Adeilço será utilizada em sua maior parte para instalação de infraestrutura comum do Distrito (estradas internas do Distrito Industrial de São João da Barra e linha de transmissão de energia, entre outros). Inclusive no local já está sendo construída uma Linha de Transmissão, que ligará o Distrito Industrial ao Sistema Interligado Nacional e que está sendo construída pela LLX. No local, já estão depositados equipamentos e cabos para instalação das torres. Outra parte menor do imóvel será utilizada pela GSA, empresa administrada pela LLX;

- Por fim, a LLX declara que não houve nenhum tipo de ameaça ou confronto ao Sr. Adeilço ou seus familiares de parte dos funcionários ou contratadas da LLX, e que a LLX não possui contrato de segurança armada para proteção de suas áreas. A empresa atua em observância às leis e tem mantido um diálogo sempre aberto com a comunidade local, atendendo a todos aqueles que a procuraram para a busca de soluções a qualquer questão que se apresenta à empresa. A empresa atua e orienta seus funcionários e suas contratadas a agir sempre na busca de soluções amigáveis, proibindo qualquer tipo de confronto.

Assessoria de Imprensa LLX

Evolução orçamentária de Campos nos últimos 20 anos: 1994:2014

Não há quem não se espante com os números inflados pelas gordas receitas dos royalties do petróleo.

O orçamento do município de Campos dos Goytacazes passou de R$ 37 milhões em 1994 (primeiro ano do real) para R$ 2,5 bilhões de proposta orçamentária no ano que vem de 2014.

Um aumento de 6.600%.

Será que a educação, a saúde, o transporte, a cultura, melhoraram nesta mesma proporção?

Esta pergunta permanece desde que debatemos entre 2001 e 2004 a proposta orçamentária do município de Campos.














PS.: Atualizado às 01:22: Durante estes vinte anos a receita foi superior a R$ 18,3 bilhões.

Apenas nos últimos seis anos de mandato da prefeita Rosinha desde o ano de 2009, até o orçamento previsto para 2014, o orçamento que a prefeitura teve à sua disposição superará a quantia de R$ 11,7 bilhões.

terça-feira, outubro 22, 2013

"Manifesto dos advogados populares no Rio de Janeiro contra as violações de direitos ocorridas no Estado e pelas liberdades democráticas"

O blog recebeu da professora Ana Costa da UFF, o documento elaborado no último dia 19 de outubro, em Petrópolis por entidades que defendem os movimentos populares:

"MANIFESTO DOS ADVOGADOS POPULARES NO RIO DE JANEIRO CONTRA AS VIOLAÇÕES DE DIREITOS OCORRIDAS NO ESTADO E PELAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS"

Os participantes do Encontro Estadual da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares do Rio de Janeiro, realizado no dia 19 de Outubro em Petrópolis, vêm a público repudiar qualquer tentativa do Estado em criminalizar as mobilizações de rua, que buscam ampliar a participação popular nos rumos democráticos da cidade.

O que se observa no Rio de Janeiro é um verdadeiro Estado de Exceção onde os abusos das autoridades do campo da segurança pública são cada vez mais frequentes. Prisões ilegais, apreensão de livros entendidos como “perigosos”, impedimentos da livre manifestação crítica ao governo estadual e municipal, violência física são ações da polícia militar que nos últimos meses têm se intensificado diante da ampliação das mobilizações, mas que sempre foram práticas impostas aos moradores das favelas e bairros proletarizados, ações legitimadas por esse modelo militarizado que são as UPPs, gestando um verdadeiro genocídio racial.

Essas ações de violação aos Direitos Humanos se somam as práticas que já vêm sendo adotadas pelo Governo Estadual na garantia dos interesses de sectores econômicos: as remoções como vêm ocorrendo em todo Estado expulsando milhares de famílias na cidade e no campo, como em Açu, distrito de São João da Barra.

A expropriação da cidade também fica patente no descaso governamental aos atingidos das tragédias na Região Serrana, onde os recursos públicos são desviados e as famílias ignoradas em seus direitos fundamentais como a moradia digna.

Daí a importância das lutas no campo e na cidade contra esse modelo concentrador de terras e da propriedade. A luta pela reforma agrária e quilombola, invisibilizadas e criminalizadas, com o apoio dos meios de comunicação dominante, são fundamentais para a ruptura desse modelo excludente e bárbaro.

A advocacia popular historicamente se construiu ao lado dos movimentos sociais e dos trabalhadores e trabalhadoras na luta por mais direitos e justiça social. O compromisso com a emancipação da vida foi enriquecido com as experiências dos trabalhadores e trabalhadoras que construíram suas lutas com laços de solidariedade e de forma colaborativa a todos os oprimidos e explorados.

Entendemos que o atual cenário nos obriga a sermos responsáveis com aqueles que estão (e sempre foram) criminalizados pelo poder e atuarmos de forma colectiva e solidária, em redes, como forma de fortalecermos a luta contra esse processo autoritário e brutal que tem marcado os últimos meses.

Reforçamos, portanto, a importância da advocacia popular como um modelo democrático e fraterno na defesa da emancipação social."

Petrópolis, 19 de outubro de 2013.
Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares no Rio de Janeiro
Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis.
Centro de Assessoria Popular Mariana Criola,
Associação de Vítimas das chuvas de 12 de janeiro de 2011 de Teresópolis - AVIT
Associação de Moradores do Vale da Revolta - Teresópolis.
Asprin - Associação dos Proprietários de Imóveis e moradores do Açu, Campo da Praia, Pipeiras, Barcellos e Cajueiro.
Movimento Nacional de Luta pela Moradia - MNLM.
Movimento Favela não se Cala.
Fórum de Habitação Popular de Interesse Social de Teresópolis.
ONG Diálogo - de Nova Friburgo.
GAM - Grupo Articulação dos Movimentos de Nova Friburgo.
NERU-Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos/UFF-Universidade Federal Fluminense;
Comitê Popular de Erradicação do Trabalho Escravo/NF."

EIG dona do Porto do Açu está devendo informações

O grupo americano é de investidores. Nesta linha, seria importante explicar quem vai cuidar do restante da implantação do projeto portuário com os dois terminais. Quem serão os responsáveis pelo gerenciamento desta atividade? Mais.

Como ficará a relação com a Codin? Não se pode esquecer que a LLX pagou pelas desapropriações para repassar os imóveis à Codin para implantação do Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB).

O grupo americano deve se pronunciar sobre os projetos interrompidos de compensação social e ambiental não apenas na região do Açu, mas de todos os municípios vizinhos, dentro do que é chamado de Área de Influência Direta (AID) do empreendimento.

Área do retroporto dos terminais 1 e 2 do Porto do Açu
Como ficará o projeto da Unidade de Construção Naval (UCN ou estaleiro) que estava sendo construído em área da LLX, agora sob seu controle?

O grupo falou que manterá os investimentos no Porto do Açu com a renovação dos empréstimos com o BNDES de R$ 518 milhões, com o Bradesco (por mais 3 anos) de R$ 812 milhões; de R$ 900 milhões com o Santander e Bradesco para garantia do empréstimo ponte; e de mais R$ 1,3 bilhão em aporte da própria EIG com ampliação de ações da LLX.

O grupo EIG disse que o porto só deve funcionar daqui a dois anos.

EIG disse que tem interesse em que o porto do Açu seja um porto de distribuição (hub-port), tanto para cargas gerais quanto para apoio às atividades offshore de petróleo.

Porém, a EIG até agora, nada disse sobre os impactos ambientais que o projeto já causou (como de salinização do solo e da água), assim como nada disse sobre a manutenção dos projetos da RPPN Caruara, do apoio à viabilização do Parque Ambiental Lagoa do Açu, dos pequenos proprietários assentados na Vila da Terra, etc.Também não pode deixar de falar sobre as desapropriações e sobre as denúncias sobre condições de trabalho e contratação nas empresas que operam em suas áreas.

E sobre o Corredor Logístico, sobre as negociações com a Petrobras, e sobre os trabalhos da empresa espanhola FCC contratada para construir os píeres e quebra-mar do terminal-1, etc. Quais projetos serão tocados, como e com quem? As UTEs, a Cidade X?

O caso não é apenas de uma troca de letras E B X (ou L L X ) para E I G.

Enfim, é estranho o silêncio tanto da empresa como de todos os órgãos governamentais nas três esferas de governo responsáveis pelo licenciamento e pela regulação do processo de implantação do porto.

segunda-feira, outubro 21, 2013

Pesquisas para o governo do ERJ apontam eleição embolada

As três diferentes pesquisas formam divulgadas no blog do Lauro Jardim:

PMDB - Instituto Ideia: Crivella - 19%; Garotinho -18%; Lindbergh - 15%; Pezão, 10%; C. Maia - 8%.

Pesquisa do PT: Garotinho e Crivella - 23%; Lindbergh - 18%; C.Maia - 9% e Pezão 5%.

Pesquisa do PR Inst. Ulrich: Garotinho - 29%, Crivella 20%; Lindbergh - 14%; C. Maia - 8%; Pezão - 6%.

Análise: 
1) Faltando um ano o quadro é embolado com 3/4 candidatos bem posicionados. Com a divisão entre Garotinho, Lindbergh e Pezão, o senador Crivella que nunca conseguiu emplacar chances em eleição majoritária por conta da rejeição à questão religiosa que também lhe dá uma boa base, passou a figurar quase como file da balança. 

2) Crivella se sustentar sua candidatura, ninguém poderá garantir que não possua chances de chegar ao segundo turno, onde espera ter apoio de todos aqueles que possam não ir ao segundo turno, em função do diálogo que hoje mantém com os demais concorrentes. 

3) Lindbergh e Garotinho são bons de campanha e assim esperam chegar melhor na reta final. O fato inusitado é que os quatro candidatos são da base da presidenta Dilma, querem seu apoio, mas, reclamam do palanque múltiplo da presidenta, mas, de outro lado temem, a relação com um dos candidatos da oposição (Aécio, Campos ou Marina). 

4) Há ainda que observar como o PCdoB que diz que lançará a deputada Jandira Feghali à disputa. O PSDB e o PV que hoje é oposição ao PMDB ainda não definiu como virão, a hipótese Bernardinho, nunca foi levado efetivamente à sério como opção, e sem nenhuma militância a menos de um ano da disputa.

5) Além disso, uma força política considerável na capital é o PSol, ainda não teria definido seu caminho, levantando apenas a possibilidade da candidatura do ex-deputado Milton Temer.

6) Inegavelmente, promete ser uma disputa, onde mais uma vez, a baixa rejeição, o tempo de televisão e a garra de campanha pode ter um peso importante para aumentar ou reduzir as chances de eleição para suceder o desgastado Sérgio Cabral. 

7) O estado tem questões de Políticas Públicas importantíssimas de serem tratadas e cuidadas, muito para além da realização da Copa do Mundo ano que vem e das Olimpíadas em 2016. A ampliação da exploração petrolífera em quase toda a extensão do seu litoral. A implantação de novos projetos portuários, a expansão da indústria naval, o Comperj, do desafios permanentes do desenvolvimento rural, o apoio à integração dos municípios em regiões organizados e dirigidos por um plano de ordenamento territorial que seja feito com diálogo com prefeitos e comunidades, etc.