Em contraponto ao chamado "Impostômetro", criado por entidades dos setores empresariais, interessados na redução das tarifas de impostos, o Sindicato Nacional do Procuradores da Fazenda Nacional (SinprofaZ) criou na internet e parece que também vão criar também um grande painel, em área central de São Paulo, mostrando a cada segundo, o quanto de impostos seriam sonegados em nosso país e o que seria possível fazer com este dinheiro.
Um bom debate, que envolve a discussão das tarifas, mas, quer tratar da sonegação por onde, uma parte do nosso dinheiro não chega ao caixa para ser investido a favor da população.
Quem recebe pouco, ou tem pouco, proporcionalmente paga muito, quando comparado a quem tem muito e possui mais estrutura, inclusive de advogados e bancas, para trabalhar para trabalhar nas "brechas das leis"e suas truncadas interpretações, para, assim, pagar menos imposto.
É bom que se lembre que o "sonegômetro" contabiliza só os impostos devidos fora destas pendências. Só este ano a conta já passou de R$ 313 bilhões de sonegação. Será difícil ver este painel nos telejornais brasileiros, onde há emissoras conhecida na prática.
Confira aqui o site do sonegômetro.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
3 comentários:
Creio que seria interessante criar-se o "caradepausômetro" para a política nacional. Fica a dica.
O debate sobre o imposto alto X sonegação é antigo e, como previsível, recheado de mentiras de todas as partes. É uma guerra. A guerra do dinheiro. Como sabemos, nestas situações a primeira a ser sacrificada é a verdade. Certamente entre os autores do "sonegômetro" também há sonegadores.
Contudo, sobre o assunto, há três fatos:
1) O imposto não é exatamente alto. É DESIGUAL. Uns pagam e outros não, e isto é extremamente relevante na medida que não dá para concorrer com um sonegador.
2) A aplicação dos recursos ainda é muito mal feita, perdulária e ineficiente. Veja o exemplo de sinal invertido divulgado aqui mesmo neste blog dando conta dos investimentos em infraestrutura na China...
3) A oneração sobre as contratações é alta e complexa e isto deveria ser reformado.
Como muitos já sabem, alem da morte, só temos a certeza dos impostos.
Comentário das 01:26 ataca o ponto certo:
O problema dos tributos é a injustiça tributária, quem pode mais acaba pagando menos, e os que podem menos arcam com a maioria do ônus...
Por outro lado, um Estado que esteja apenas à serviço dos interesses privados, acaba por ser perdulário e ineficiente, ao contrário do que propagam os liberais...
Um clássico exemplo: as deduções fiscais destinadas a subsidiar planos de saúde, onde os recursos que deveriam estar aplicados na saúde gratuita financia medicina privada, e muito mais ineficiente que a pública, como vem sendo provado atualmente...
Um Estado onde as regras coletivas prevaleçam, onde sejam reproduzidos em todas as escalas os "atalhos" que permitem que o capital subjugue as demandas populares, acaba por afetar a distribuição do uso dos recursos públicos...
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