Hoje se fala muito no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), índice criado pelo economista indiano Amartya Sen (Prêmio Nobel de Economia) como forma de se contrapor à medição apenas econômica do crescimento econômico (através do PIB), avaliação excludente, desigual e combinada.
O índice criado para ver a situação dos países acabou depois sendo usado dentro dos países para as cidades e até para comparação entre bairros. No Brasil, o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) criou um Atlas para este rankeamento dos municípios.
O IDH vaira entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1 maior seria o desenvolvimento humano da cidade, região ou país. A conta final usa uma tabulação que considera indicadores de demografia, saúde, educação, habitação, renda e inclusão no mercado de trabalhe vulnerabilidade.
No Brasil, a primeira colocação no IDH-M é do município de São Caetano do Sul com índice de 0,862 e a expectativa de vida de sua população é a maior do Brasil com 78, contra uma média de 72 em todo o país.
A renda per capita média de São Caetano é de R$ 2.043. No município do ABCD paulista há diversos políticas voltadas para a qualidade de vida e para os idosos como centros integrados de saúde e educação com diversos serviços.
O IDH-M é muito usado, e de forma muitas vezes equivocada para comparar diferentes municípios. Por isto o rankeamento é algumas vezes questionado, porque os municípios muitas vezes têm condições muito diversas (especialmente de arrecadação e tamanho da população) para realizar melhorias. Porém, é interessante utilizá-lo para verificar o avanço ou retrocesso do município em relação a ele mesmo numa serie histórica.
Porém, tudo o que foi dito acima tem apenas a função de dizer que o Desenvolvimento Humano, ou seu IDH gera na realidade o que se chama de oportunidade de escolha. Desenvolvimento Humano é direito de escolha e não o termo genérico (quase abstrato) chamado de qualidade de vida. Quem tem direito de escolha vive melhor. Este é o raciocínio correto para considerarmos a perspectiva de desenvolvimento humano.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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