Disputa entre China e Japão por ilha com reserva de petróleo põe em cheque liderança dos EUA no leste da Ásia

A disputa de Japão e China pelas ilhas Senkaku (para os chineses) ou Diaoyu (para os japoneses), ou ainda, Tiaoyutai (para Taiwan) que tem por trás grande potencias de exploração de petróleo e gás, reacende um passado de disputa.

Porém, mais que isto, o caso que levou os EUA a realizar exercícios militares com o Japão no Pacífico, enquanto a China envia patrulha para a região dizendo que está "em alto alerta e tomará ações para lidar com ameaças aéreas para proteger o espaço aéreo do país", pode evidenciar um jogo simbólico de demonstração de forças, ou, uma tentativa da China de mostrar que não aceita mais a posição dominante dos EUA no Pacífico.

Desde a década de 70 a China reivindica a ilha, mas, só depois de 2008 é que avançou sobre a questão, fazendo incursões sobre o espaço aéreo e marítimo do território disputado.

Agências de Notícias dizem que quando Obama se reuniu meses atrás com presidente chinês Xi Jinping, este lhe disse que o Oceano Pacífico era suficientemente grande para acomodar duas grandes potências.

Obama poderia aceitar isto, mas, parece que o Japão pressiona para que os EUA, alinhado em sua defesa, desde o final da 2ª Guerra, não aceitaria, esta acomodação dos americanos em relação ao crescente poder chinês.

De qualquer forma, parece cada vez mais real que os EUA com menos poder econômico tende cada vez mais a cuidar do que efetivamente lhe interessa, do que tentar dar conta da manutenção de um mundo unipolar.

O caso serve ainda para mostrar o poder da geopolítica do petróleo e as mudanças acentuadas do cenário mundial. A conferir!