Ao mesmo tempo, a OCDE, instituição credenciada nas discussões sobre a economia global, em que pese a resistência de diversos países de participarem dela, sugere atuação dos governos, sempre ele na busca de soluções "negociadas".
Para a região é oportuno relembrar que este fato contribuiu e muito para a Ternium desistir da construção de uma siderúrgica no Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB) junto ao Porto do Açu. Em 2010, o grupo ítalo-argentino Techint usou os U$ 5 bilhões que possuía para a construção da unidade no Açu para comprar 22% de ações da siderúrgica Usiminas que possui uma planta no município de Ipatinga, MG. Logo a seguir o grupo chinês Whuan/Wisco também anunciou desistência (ou adiamento) de projeto de planta siderúrgica no Açu.
Veja abaixo como o setor siderúrgico está se movimentando lendo a matéria do Valor:
OCDE reconhece necessidade de corte de
capacidade de produção de aço
SÃO PAULO - Após dois dias de reuniões com a presença de representantes da indústria latina do aço, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manifestou sua atenção à situação de excesso de oferta de aço no mundo e defendeu o fechamento de uma parte da capacidade global.
Rizaburo Nezu, presidente do Comitê do Aço da OCDE, afirmou que “a proporção de uso da capacidade global parece ter um efeito significativo sobre a rentabilidade da indústria siderúrgica, entre outros fatores”.
Ele disse ainda que os membros do comitê acreditam que “mecanismos de mercado” devem trabalhar a fim de permitir que os fechamentos necessários sejam feitos e que qualquer medida que sustente a capacidade artificialmente deve ser evitada.
Segundo Nezu, os governos têm o papel de facilitar os ajustamentos necessários no setor. Ele também disse que o comércio subsidiado e as práticas de “dumping” parecem estar aumentando.
A Associação Latino-americana do Aço (Alacero) havia citado uma série de dados para mostrar as dificuldades do setor na região, sobretudo por causa do excesso de capacidade de empresas estatais, principalmente da China. A Alacero afirmou, por exemplo, que a rentabilidade das empresas privadas do setor estão pressionadas e que a América Latina tornou-se um importador líquido de aço.
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