sexta-feira, dezembro 27, 2013

Extremos de extensão territorial dos municípios fluminenses

Por conta de minhas pesquisas e estudos, eu voltei vasculhar alguns dados antigos, mas, sempre interessante de serem novamente revisitados em novas análises. Assim, compartilho com os leitores um dados simples, ao mesmo tempo importante para imaginarmos a gestão diferenciada em cada município. Assim, observem as anotações sobre os maiores e menores municípios fluminenses, em termos de superfície ou extensão territorial:

1) A maior extensão como quase todos já sabem é de Campos com 4.051 Km²;
2) Ao contrário do que muita gente imagina, o município com a 2ª maior extensão é Macaé com 1.218 Km²;
3) A terceira maior extensão é da capital Rio de Janeiro com 1.201 Km²;
4) Imagino que seja também surpreendente para muitos que o quarto município com maior superfície seja um que há pouco mais de duas décadas perdeu grande área que na verdade era a sua sede. É o caso de SFI que tem atualmente 1.107 Km², depois que foi separado do município de São João da Barra que tem 454 Km². Assim, antes da emancipação de SFI, SJB possuía a segunda maior superfície do estado com 1.561 Km²;
5) A quinta maior extensão territorial é o município de Itaperuna com 1.103 Km².

Superfícies das regiões fluminenses
Por região, a maior extensão territorial é o Norte Fluminense com 9.749 Km². Isto acontece porque os dois maiores municípios em extensão, Campos e Macaé estão no Norte Fluminense. Em segundo lugar é a Região Serrana com 6.935 Km². Em terceiro o Médio Paraíba com 6.185 Km². Em quarto, o Noroeste com 5.370 Km². Em quinto a Metropolitana com 5.318 Km²; Em sexto, a Baixada Litorânea com 5.063 Km². Em sétimo é o Centro-Sul com 3.028 Km². Em oitavo o Litoral Sul com apenas 2.115 Km².

Os municípios fluminenses com menor área
Eu tenho certeza que você surpreenderá com a dimensão dos menores fluminenses em extensão territorial como eu me surpreendi mesmo trabalhando com dados há anos.
1) O menor município fluminense é Nilópolis com apenas 19,5 Km² (mais ou menos 4 Km x 5 Km²). O perímetro deste município (aproximadamente 18 Km) é inferior à distância de uma meia maratona com 21 Km.
2) O segundo menor é São João do Meriti com 35,1 Km²;
3) O terceiro município menor é Mesquita com 41,6 Km²;
4) Iguaba Grande com 49,5 Km²;
5) Porto Real com 50,8 Km²;
6) Búzios com 70 Km²;
7) Queimados com 76,4 Km²;
8) Belford Roxo com 77,6 Km²;
9) Japeri com 81,6 Km²;
10) Pinheiral com 81,8 Km².

A extensão da área de um município influencia a demanda por ruas, praças, urbanização e/ou área rural com apoio à agricultura. Já o município com mais população tem maiores gastos com educação e saúde dois setores diretamente relacionado à população. Muitos destes municípios são menores do que diversos distritos de Campos. Imagine um município com 20 Km² equivale a uma área de apenas 5 km por 4 Km. Ao mesmo tempo, observem que a área que foi reservada para o empreendimento do Açu com 90 Km² seria maior que qualquer um destes dez municípios fluminense.

Densidade populacional
Na listagem acima há municípios com pequena área, mas, densamente povoadas. Especialmente, as localizadas na Baixada Fluminense: S. J. Meriti com 35,1 Km² que tem uma população de 459 mil habitantes e Belford Roxo com 77,6 Km² e 469 mil habitantes. O município de menor área de extensão Nilópolis, nome dado em homenagem ao ex-presidente da República (campista) Nilo Peçanha, com 19,5 Km² tem uma população de 157 mil moradores, população similar a de Mesquita e Queimados.

Mapa do Estado do Rio de Janeiro com identificação dos 82 municípios fluminenses
Superfície de todo o estado (ERJ)
O estado do Rio de Janeiro com 43, 8 mil km² possui a quarta menor área entre as 27 unidades federativas brasileiras e apenas 0,51% da superfície de todo o país.

6 comentários:

Anônimo disse...

GOSTARIA DE SABER O ORÇAMENTO 2014 E A POPULAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA FAZERMOS UMA CONTINHA DE COMO É DESPROPORCIONAL OS VALORES DE CADA MUNICÍPIO

Roberto Moraes disse...

É um trabalho quase hercúleo pesquisar os orçamentos dos 92 municípios para o ano que vem que está chegando.

Porém, orçamento não é por merecimento. É pela lógica econômica, como quase tudo na vida.

É a dinâmica econômica que acaba por influenciar as receitas. Verdade que as transferência da União e do Estado poderia, de alguma forma, favorecer quem tem menos.

Mas isto não é uma coisa simples. Porque dar mais recursos porque tem mais habitantes?

Assim, se poderia, por linhas transversas estar incentivando a política de natalidade que é uma política nacional.

Além disso, naturalmente (não exatamente), o município que tem maior dinâmica econômica atrai fluxos de pessoas e ganha população, na mesma força que o inverso, vide, Cardoso Moreira, aqui em nossa região.

Mesmo com tudo isto, a lógica desejada, não seria incorreta (ou justa), mas, sendo assim, poderíamos desejar o mesmo em relação aos estados-nações (países). Se o dinheiro circulante neles fossem "proporcionais" teríamos então vivido uma revolução mundial, aí era pressionar para que além de proporcional entre as nações (população e área), ele fosse distribuído igualmente.

Aí a revolução teria sido completa em nosso exercício.

Vitor disse...

Muito interessante professor. è um assunto intrigante, instingante e me parece que pouco comentado. No "Grande Rio" mais de mil pessoas por km2 e pertinho, no Norte Fluminense, umas 80. E no NF certamente estão os maiores orçamentos municipais "per capta" do estado ( e talvez do Brasil )!

Anônimo disse...

InstiNgante no caso é uma mistura de instigante com "catingante"?

Anônimo disse...

Instigante e para alguns "catingante". Daí o insti-ngante?

Anônimo disse...

Essa catinga vem da cana caída na estrada e da bosta dos bois, não?