Ainda em 2007, a MMX era a proprietária do projeto do Porto do Açu que tinha apenas a exportação de minério como objetivo. Todos sabem que depois foi criada a empresa de logística, LLX e a seguir a holding EBX e as demais empresas.
Neste processo a mina e o Sistema Minas-Rio com o mineroduto passaram para a LLX que em seguida vendeu este ativo por US$ 5,5 bilhões para a Anglo American. A MMX ficou com a mina e o Porto Sudeste em Itaguaí, na Baía de Sepetiba.
Neste negócio de venda e transferência de controle acionário de suas diversas empresas (chamado de fatiamento de ativos), o empresário Eike pretendeu vender o Porto Sudeste (em fase final de implantação) junto com as minas, mas acabou cedendo.
Assim, o controle acionário do Porto Sudeste ficou para um consórcio entre a holandesa Trafigura e o fundo árabe Mubadala de Abu Dhabi que juntos ficaram com 65% e a MMX com 35%.
Hoje, a MMX tem o seguinte controle acionário: 59,3% de Eike; Acionistas minoritários com ações num total de 21,4%; a chinesa Wisco 10,5% (a que chegou a projetar uma siderúrgica no Açu); e a coreana SK Networks 8,8%.
Para a venda deste ativo ou do seu controle acionário, a MMX terá que convencer o interessado que a dívida que a cobrança de R$ 3,758 bilhões pela Receita Federal por conta de dívida relativa a Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro líquido (CSLL) no ano base 2007. A maior parte deste valor seria por conta do lucro da venda do Sistema Minas-Rio para a Anglo American.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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