Inegavelmente o subsídio à passagens de ônibus dentro dos municípios é uma política pública em expansão. O subsídio público de certa forma, alivia uma parte o fato dos trabalhadores e da população de baixa renda estarem sendo expulsos das áreas urbanas mais centrais.
No caso específico de Campos ofereceu uma mobilidade também aos moradores dos distritos que agora têm mais facilidade de obterem emprego na área urbana, que eram inviáveis quando tinham que arcar com os altos custos das passagens distritais, mantendo a moradia no interior.
Porém, considerando o tamanho do benefício retirado do caixa da Prefeitura de Campos, há que se ter elementos para um maior controle sobre o que se paga, a quem e quais são os reais beneficiários desta política pública.
O blog levanta estas duas questões para expor sua estranheza com o fato do acúmulo de problemas e falências com as empresas que atualmente prestam este serviço público ao município, considerando que hoje a maior parte de suas rendas acabam tendo como origem o orçamento municipal.
O fato ocorreu antes com a Viação Tamandaré e agora mais recentemente com a Turisguá.
Além disso, mesmo com o benefício, a qualidade do transporte continua muito ruim em termos de quantidade, linhas, pontualidade e mesmo do tipo de veículo utilizado.
Estranho que usuários não tenham nenhum tipo de mecanismo de controle, sobre quantidade de passagens subsidiadas e para quais empresas. Junto disto, há que se estranhar que mais de uma empresa tenha serviços interrompidos e aleguem problemas no repasse dos subsídios.
O que o legislativo e os vereadores pensam disto?
O blog abre espaço para que usuários, proprietários e sócios das empresas, vereadores e gestores possam se manifestar sobre o problema.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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10 comentários:
Roberto,
Não posso afirmar que se trata da mesma coisa, mas é bom prestar atenção:
Em SP e no RJ, boa parte dos impérios monopolistas do transporte público, onde algumas poucas empresa concentram a maioria das concessões (ainda que por meio cruzado com "empresas laranjas"), há um expediente manjado no setor, que consiste em "quebrar" a empresa, deixar de pagar dívidas e passivos trabalhistas, e partir para uma nova empresa, que pela natureza da continuidade do serviço, acaba por suceder a "quebrada" até que novas licitações aconteçam (sabe-se lá quando).
É um ótimo negócio.
Dentro desta lógica há ainda um lucrativo "sub-mercado" de venda e compra das concessões precárias.
Não é à toa que até a sua estruturação, as disputas do setor de transporte público no RJ e SP proporcionaram eventos de rara violência.
Por aqui, os chefes políticos locais mantêm a "fúria empreendedora" deste pessoal mais ou menos domesticada, mas o fato é que qualquer abalo neste frágil equilíbrio, pode desencadear uma guerra.
Um abraço.
Nao se esqueçam que a BK Transportes (que assumiu as linhas da Tamandaré) encerrará as atividades em Campos 18/02 (todos ja estão de aviso prévio, como noticiaram os sites de noticia da cidade).
A Rogil está passando dificuldades para pagar salários e outras empresas estão na "pele-da-borboleta", como se dizia antigamente. O caos está instaurado.
O q a prefeitura de Campos está fazendo com essas empresas de ônibus, é uma covardia. Não sei o q está por trás disso, más acho q a prefeitura quer acabar com elas. As passagens em Campos não aumentam a 7 anos, e tudo aumentou nesse período, como sobreviver assim? Se a prefeitura quiser continuar com a passagem a 1 real q continue, más q aumente a diferença, 60 centavos é covardia! E ainda querem q as empresas comprem ônibus novos!
OFF: Rolezinho no Shopping Boulevard, saiu na folha de sp:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1397889-no-rio-quatro-rolezinhos-estao-sendo-convocados-nas-redes-sociais.shtml
Roberto a prefeitura repassa seus 2,5 mi pelo programa Campos Cidadão,mais 800 mil pelo vale transporte dos servidores,mas repassa em cima de uma passagem de 1,60 e nos distritos um valor específico.Desde 2007 sem reajuste,e de lá pra cá os salários dos funcionários foi reajustado em 100%,combustível subiu e compraram novos carros.
Continuo estranhando tudo isto.
Se as empresas dizem que cumprem suas obrigações e a PMCG não, porque não divulgam um comunicado, um relatório esta realidade em detalhes, de forma transparente para todos saberem de quem é a responsabilidade destes problemas?
O blog se dispõe a divulgar este relatório.
Se não o fazem, no mínimo são coniventes.
Professor,
Essa semana percebi que a conta de água veio mais alta. O aumento se confirmou em um comunicado da própria conta.
Todo mês de dezembro essa prefeita concede aumento para a concessionária Águas do Paraíba acima da inflação (pelo menos foi assim em 2012).
Onde isso vai parar?
Estou pagando uma conta maior de água do que de luz!!!
Volta CEDAE!!!!
Sou Edson Cordeiro, Controle tem. Pois todos os carros possui um validador que é um computador de bordo que controla o VT ( Vale Transporte ) e Cartão Cidadão. O problema é que a infração acumulada é mais o menos de 45% e hoje a passagem deveria está $ 2,35 reais estamos sem reajuste desde 2008. Estou a disposição para qualquer dialogo.
Edson,
O controle principal a que me refiro é em relação a todo o sistema, aos pagamentos feitos às empresas, se são efetivamente pelos serviços prestados.
O congelamento do valor por 5 anos, sem nenhuma reação formal e organizada da Setranspas geram indagações de diversa ordem.
Bom que as informações sobre todo estes procedimentos circulem.
Seria então possível intuir que a PMCG estaria criando problemas para facilitar a vinda de grande empresa de fora?
Quem se interessa em falar sobre estas possibilidades? O blog se dispõe a ouvir.
A empresa Brasil,que faz, entre outras, as linhas std. Eduardo-Campos, e M.Coco Campos, tem um esquema descarado de adulterar as passagens para lucrar com os repasses da prefeitura.
O passageiro embarca em Conselheiro e vai pra Campos, mas na passagem consta St. Eduardo como partida. EM geral, o cidadão nem olha, já, de um jeito ou de outro,só paga um real.
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