"A Petrobras vai desativar o heliporto de Farol de São Tomé, em Campos. O local será usado para a construção do maior aeroporto regional do país, com previsão de movimentação de 1 milhão de passageiros por ano, exclusivamente para dar apoio às plataformas da Bacia de Campos. O novo local é tido como estratégico, pois permitirá voos mais curtos para a maioria das plataformas da região".
Além disto, no último dia 13 de fevereiro, o governo estadual, através do Departamento de Estrada de Rodagem (DER-RJ), no autorizou a Petrobras Distribuidora S.A. a construir acesso ao novo aeroporto, numa distância de seis quilômetros até a rodovia estadual RJ-216. A autorização consta do processo n° E-17/205.084/2007, após parecer da Divisão de Estudos de Projetos da Assessoria de Planejamento (fls. 156).
Aliás, esta informação que deveria ser tratada com carinho pela Prefeitura de Campos. Com visão estratégica e pública, considerando a equidistância entre aquele ponto e os projetos dos portos de Barra do Furado e do Açu, a gestão municipal bem poderia aproveitar as instalações e negociar com a estatal para instalação de um projeto que pode ser ambiental, cultural e social, até como compensação pelos impactos gerados pela utilização da nova área. Quem sabe, um projeto de educação profissional, tal qual como a empresa fez com Cefet em Macaé na década de 90.
Veja nota do blog de dezembro de 2007 sobre o projeto do aeroporto da Petrobras no Farol de São Tomé (aqui) onde consta detalhes sobre as utilidades prevista naquele projeto. Outra nota aqui de 2010 sobre o mesmo assunto. Abaixo imagem da maquete sobre o projeto de quase uma década atrás.
PS.: Atualizado às 18:16:
1 - Abaixo a publicação da autorização do DER-RJ no DOE de 13-02-2014 para estrada de servidão de seis quilômetros que ajudaria a viabilizar a construção do aeroporto e a planta de situação do aeroporto que consta do novo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de 2012 do projeto.
2 - A Petrobras ainda não se pronuncia oficialmente sobre o assunto, mas, já avalia como problemática e onerosa a utilização do aeroporto de Campos e a avaliação da expansão do heliporto do Farol que já opera com a sua capacidade máxima próxima a 20 mil passageiros por mês. A expansão também suscitaria mudanças na pista que chegou a ser cogitada de ser modificada por uma das empresas de aviação que opera o transporte de passageiros por helicóptero em troca de renovação e ampliação de contratos.
3 - Outra hipótese que estaria sendo buscada seria a de repassar a construção e operação do aeroporto do Farol para uma empresa, onerando menos as suas contas de investimentos, já muito comprometida com as contratações necessárias para ampliar a exploração no pré-sal. Assim, a empresa poderia garantir a contratação futura para uso do aeroporto, sem ter que desembolsar nada agora e sim, quando as plataformas já tivesse operando com maior produção de petróleo e receitas ampliadas.
4 - Há ainda que observar o andamento do processo de licenciamento ambiental que chegou a ser motivo de audiência pública no Farol e de questionamentos judiciais.
DOE-RJ - P. 25 - 13-02-2014 |
Planta Situação do Aeroporto do Farol. Fonte: Rima 2012. |
8 comentários:
Roberto,
Boa tarde.
Você acha que a construção de um novo e robusto aeroporto em Farol não pode prejudicar o crescimento do aeroporto Bartolomeu Lisandro?
O aeroporto de Campos vive hoje um bom momento, está aumentando a sua movimentação gradativamente, possui preços mt melhores do que há alguns anos atrás e com 1 ou 2 conexões conseguimos voos pra qq canto do país na msm emrpesa aéra, já que a Azul faz voos em td Brasil.
Não seria possível consolidar o projeto da Petrobras através do aeroporto de Campos? Tal hipótese foi mencionada neste link: http://aeroportodecampos.blogspot.com.br/2011/04/novidades-sobre-o-aeroporto.html
Acho que isso seria muito benéfico para nossa cidade.
Posso estar enganado, mas acho acho que a municipalização já pactuada entre a PMCG e a Sec. Aviação Civil teve sua parcela de contribuição nessa nova decisão da Petrobras.
Saudações
Caro Ralf,
Antes de esclarecer mais alguns pontos do assunto, eu devo esclarecer que não estou defendendo esta ou aquela posição em relação às duas alternativas citadas por você.
O blog está informando que as mobilizações refentes à retomada do projeto estão em curso e citei como exemplo dois fatos (ou informações).
Apesar disto podemos analisar a questão que apresentou.
Há interesses diversos em um ou outro projeto. Há interesses da população, dos trabalhadores do setor offshore, dos operadores dos aeroportos, das consequências ambientais para uma ou outra solução e, principalmente, para quem vai bancar os custos da decisão como bônus e ônus.
Sobre a Petrobras há que se considerar uma série de questões, entre estas:
1) O fato de que o custo para a construção do aeroporto, embora seja pequeno, em relação ao total de receita e investimentos da empresa, há no momento, por parte dela um programa em curso, chamado de "desinvestimentos" onde ela está vendendo "ativos" para fazer caixa e bancar tudo que é necessário fazer para a exploração do pré-sal, como para bancar a construção das 3 refinarias (Comperj, Premiun I e II). Assim, qualquer economia no atual momento melhor;
2 - Não é baixo o que se paga a mais para estender os voos do Farol até o aeroporto de Campos, como se faz atualmente com uma parte dos voos da Lider que está com um hangar em Campos. São cerca de 20 minutos a mais de ida e outros tantos de volta, para um valor alto de hora de voo, considerando o valor nas aeronaves mais novas e alguns itens de segurança que passara a fazer parte dos contratos. Ouso estimar que esta diferença de custos paga em pouco mais de um ano, este novo aeroporto;
3 - Até onde sei, a estatal em seu planejamento, cada vez mais tenta focar sua atuação em sua expertise, que é de exploração de petróleo (no caos offshore). Assim, teria opção por contratar e repassar gestão de logística, aeroportos, portos, etc. para empresas, pagando pela contratação e uso dos serviços. Nesta linha, a construção e operação do aeroporto, poderia ficar para empresa interessada nesta atividade com a garantia da estatal de contratação do seu uso.
Aqui cito apenas uma parte da complexa questão, mostrando que o debate sobre uma opção ou outra passa por diversas questões. De toda a sorte, tratando-se de um empreendimento em Campos, com ampliação do aeroporto de Campos, ou construção (substituição do atual heliporto, já sobrecarregado por aproximadamente 20 mil passageiros por mês) por um novo aeroporto no Farol, passa pela Gestão Municipal não deixar que apenas os interesses da estatal, ou de empresas privadas estejam como opção, mas também, apresentar os interesses da população local, observadas as vantagens e problemas.
O uso do aeroporto de Campos para mais voos de helicóptero significa mais ruídos na área urbana entre outros problemas e oportunidades, ao passo, que a descentralização possa trazer o mesmo.
Enfim, espero que ao final, não vejamos a gestão local apenas ganhando com as intermediações de interesses privados, deixando de lado o interesse público e coletivo de uma questão que, apesar de ser complexa, é possível de ser compreendida, desde que as informações possam circular e o debate e a participação se ampliarem.
Aliás, um dos motivos da atuação deste blog, há quase uma década.
Sds.
Enfim, caso se concretize, a construção do provável aeroporto em Farol de São Tomé,a Petrobras,irá contemplar tal região, que proporciona ao município de Campos, receber bilhões de reais em roylates do petróleo.Entretanto, até hoje, essa "rica e pobre" região, não usufruiu benefícios reais e significativos, por parte da prefeitura de Campos.
Com efeito, a logística, da Praia do Farol, para a construção desse aeroporto, é disparadamente superior, a outras regiões do nosso município. Inclusive,a posição estratégica do distrito de Farol de São Tomé,para a Petrobras, supera em muito,a localização do atual aeroporto de Campos .
Além do mais, na região do entorno do heliporto do Farol de São Tomé,existem, disponibilidade de imensas áreas de terras que poderão permitir, a vinda de empresas para o município de Campos.
Outro ponto positivo, seria com relação, a nossa mobilidade urbana. A descentralização da implantação de projetos, desse porte,levando tais projetos, para áreas menos densamente povoadas, possibilitará, manter o combalido sistema de transporte público viário,na região do Centro de Campos, em níveis atuais.Com isso, não sobrecarregaria ainda mais, o trânsito, na nossa área central.
Obrigado pelas informações Roberto.
Saudações.
Espero que torne realidade, só assim Farol de São Tomé será considerado. Uma região que só existe no periode de verão.
José Luiz da Costa
Farol precisa dessa obra alem de ser um local estratégico irá trazer grande avanço a regiao que é pacata durante o inverno
Como anda este processo?
Teremos novidades ainda neste ano a respeito do Aerodromo?
Att,
Jorge A. Betin
Todos os indicativos são mesmola que a Petrobras não banhará mais este tipo de investimento em portos ou aeroportos diante dos desafios que tem diretamente com a produção. A tendência da empresa é só contratar os serviços.
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