Ninguém em sã consciência pode considerar que a duplicação da rodovia resolverá o problema, mas, também ninguém duvida que reduzirá, e muito, a incidência de acidentes e consequentemente, o número de vidas ceifadas.
O lamentável acidente da noite deste domingo que levou a vida de uma criança de 4 anos e do técnico em eletrotécnica Alessando Rachid (ex-aluno do Cefet e meu vizinho há mais de vinte anos) dói na alma, como já acontece com os corações dos pais e parentes das vítimas que no inicio dos anos 2000, nos ajudaram nas mobilizações a favor da melhoria da rodovia.
Estimo que nestes últimos 14 anos, a BR-101, entre a Ponte Rio-Niterói e a divisa com o estado do Espírito Santo, tenha produzido mais 4 mil mortes - maior que o número de muitas guerras - todas doídas na alma da sociedade. Para amigos e parentes dói ainda mais a hipótese de que seus queridos continuem a ser transformado, em mero número desta cruel estatística.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
Pelo ritmo das obras de duplicação, ela não se concluirá no prazo da concessão.
O trecho entre Rio Bonito e Rio Dourado deveria ter sido concluído em 2011 (até o terceiro ano da concessão, em 2008). E somente agora as obras se iniciaram, e num ritmo muito lento.
Se o trecho onde ocorreu o acidente de ontem já tivesse sido duplicado, ele não teria as consequências fatídicas que teve. Não teria havido invasão da posta contraria.
O professor está correto, mas é bom registrar que no primeiro momento logo após a duplicação, o número de acidentes fatais aumenta. Foi e é assim em todas as duplicações. Na BR-040 este índice levou certo tempo para arrefecer, talvez pela característica do traçado ou outras causas.
Com o passar do tempo a duplicação se revelou um fator preponderante na redução dos acidentes.
Esperamos que na BR-101 possamos atingir o mais seguramente possível, estes índices.
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