Amanhã acontecerá a eleição entre os 5.208 médicos cooperados da Unimed-Rio para decidir quem será o novo presidente da cooperativa de médicos que atende à capital e ao município de Duque de Caxias.
O plano de saúde tem 1,2 milhão de clientes, faturamento anual de R$ 3,5 bilhões e lucro líquido de R$ 51 milhões.
O atual presidente e torcedor do Fluminense Celso Barros tem com concorrente o médico Claudio Sales. Um dos pontos em discórdia são os gastos com o patrocínio ao clube das Laranjeiras.
O candidato da oposição alega que este patrocínio de R$ 70 milhões (verba não divulgada oficialmente) seria o terceiro maior patrocínio do mundo a clube de futebol, ficando atrás apenas do Barcelona e do Bayer de Munich.
Sales defende que estes fique para o cooperado. Sales admite a continuação do patrocínio, mas, em novas bases.
Resta saber o que acham os clientes do plano de saúde. Torcedores ou não do Fluminense.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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7 comentários:
Caramba, torcedor do "mulambo" é assim, o que o assunto em destaque tem a ver com a pauta do Blog.
E o patrocínio da CEF com o time de remo da Gávea, ninguém fala nada?
Ademais, se trata de informação não confirmada.
Quanto a Adidas, empresa privada como a Unimed, gasta com o "mulambo" da Gávea?
Vamos com calma professor!
LJr
Oh meu amigo,
kkk
Está correndo atrás do resultado da eleição da Unimed?
Melhor sofrer com o time ou no hospital?
O blog só trouxe as informações. Não precisa ficar nervoso porque a fila no hospital do plano está grande, heim?
Terceiro maior patrocínio do mundo? Não pode realmente ser verdade o patrocinador mandar no clube. Acho que os torcedores não iriam gostar. Ou não?
Será que os torcedores fizeram boca de urna? Pelo que vi nas redes sociais sim.
Tudo muito estranho. Ou não? Parece que a CEF patrocinou todos os times da 1ª divisão que quiseram e estavam comas dívidas "pactuadas" ou não?
Abs.
Pode dormir tranquilo, mas p susto foi grande heim?
Abs.
Celso Barros é reeleito presidente da Unimed-Rio
Por Diogo Martins | Valor
RIO - O médico Celso Barros foi reeleito, na noite desta terça-feira, presidente da Unimed-Rio para um mandato de mais quatro anos. Barros, da chapa Unimed Competente, recebeu 60% dos 2.776 votos. O candidato opositor, Claudio Sales, da chapa 2-Opinião, teve a preferência de 40% dos cooperados votantes.
A presença dos eleitores aumentou no pleito de 2014 em relação ao de 2010, quando apenas 1.159 médicos votaram. Mesmo assim, o grupo de eleitores do último pleito é relativamente baixo, uma vez que 5.208 pessoas estavam aptas a votar.
Esta foi a quarta reeleição de Barros, que está no comando da cooperativa desde 1998, e a primeira em que ele enfrentou oposição.
Como cidadão me preocupam essas coincidências:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Noticias/2013/Todas/20130130_peugeot.html
http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/flamengo-assina-novo-patrocinio-com-a-peugeot
E a possibilidade de que critérios pouco republicanos definam quem anda pegando meu dinheiro emprestado a 2% a.a, pra desenvolver um carro que eu e a torcida do flamengo não andamos e que é oferecido ao mercado com lucros sem precedentes no mundo. Fato posteriormente imputado ao custo do país por aquele mesmo que tomou o empréstimo a 2%, numa conjuntura em que a inflação é de 6% e o Tesouro tem que rolar a própria dívida pagando 10,5%.
Já como usuário do plano, que presta um serviço de qualidade duvidosa, que não descola de seus pares do setor, me pergunto se gargalos são formados por uma parceria que guindou o patrocinador ao topo do mercado de planos no estado e reverte, hoje, 23 reais para cada 1 real investido em imagem.
A verdade é que os moldes atuais da parceria não encontram unanimidade dentro do próprio clube e torcida, mas têm, para além de Álvaro Chaves e na torcida arco-íris, total oposição, com direito até a cobertura em tempo real de emissora de TV, verdadeiro plantão cívico em torno das eleições de uma entidade privada.
Curioso.
Olá Bruno,
Vamos então conversar sem as brincadeiras de torcidas dos times que um dia foram clubes de futebol.
Fatos como estes me levam a me distanciar cada vez mais do futebol.
Tentando não ser purista e muito menos pueril ou mais velho romântico, a apropriação que se faz do futebol a nível mundial é uma aberração que mistura muitas coisas.
Talvez, a pior delas é a de ao se misturar com paixões como são os clubes de futebol, especialmente, no Brasil, acabar por nos fazer ver problemas só no quintal adversário. Isto vale para todas as torcidas onde a razão, a cidadania e qualquer preocupação republicana possa haver. Todas as torcidas maiores e menores, arcoíris ou não.
A maluquice é tamanha e está só no começo. A transferência da torcida do time para a eleição da direção de uma cooperativa de profissionais vira notícia esportiva é parte deste processo que se inicia no Brasil com a Parmalat no Palmeira, através de um sujeito que respeito pelas suas ideias e até onde sei, pelas suas práticas, o economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo.
Como em outros esportes, hoje mais o vôlei há clubes que os dirigentes ainda mandam e outros que são assumidos pela empresa de maneira informal ou mesmo formal. Há ainda e mesmo no futebol os clubes já assumidos pelas empresas e o torcedor torce pela empresa. Acho que se pode estar caminhando para estes casos no futebol também na 1ª divisão. Na segunda divisão no Rio e SP já há o Audax dando mais lucro que o Pão de Açúcar seu antigo dono, a ponto, de até onde sei, a rede de supermercado ter sido vendida (ações transferidas) e o clube não porque ele proporcionalmente teria muito mais rentabilidade.
Ou seja, a invasão do sistema capitalista no futebol, assim como, em outras esferas não tem limites. Tudo é mercadoria a ser comprada e vendida.
Volto ao velho romântico a reclamar disto, mas, sendo o futebol uma paixão, entendo que estamos tornando a vida cada vez menos interessante.
Seria ou é, ingenuidade pensar diferente, mas, os casos se sucedem.
A meu juízo, e respeito as opiniões em contrário, com ou sem paixão, a relação com planos de saúde é sempre um pouco mais complexa porque mexe diretamente com a vida das pessoas com elas perdem sua saúde. É mais imediato o problema que são como você lembrou de todos os planos. Sei que as Unimeds são separadas como cooperativas, mas, guardam uma relação de federação e confederação porque se reúnem mensalmente nas esferas estaduais e nacional para discutir a marca geral. Eu dei uma olhada na última rodada da ANS sobre suspensão de planos de saúde e dos 111 suspensos acho que metade era de Unimeds Brasil afora.
Acho ruim isto, porque uma cooperativa profissional deveria ser sempre melhor para a sociedade do que empresas como Amil, Sul América e outras, mas, hoje, não sei se há diferenças. Outro fator que me chama a atenção já há algum tempo é a ingerência do "patrocinador" na gestão do clube, onde o presidente tem pouca voz. Talvez, por isto a eleição da direção da cooperativa tenha tido tanto interesse dos torcedores do clube dos adversários.
... continua
Olá Bruno,
Vamos então conversar sem as brincadeiras de torcidas dos times que um dia foram clubes de futebol.
Fatos como estes me levam a me distanciar cada vez mais do futebol.
Tentando não ser purista e muito menos pueril ou mais velho romântico, a apropriação que se faz do futebol a nível mundial é uma aberração que mistura muitas coisas.
Talvez, a pior delas é a de ao se misturar com paixões como são os clubes de futebol, especialmente, no Brasil, acabar por nos fazer ver problemas só no quintal adversário. Isto vale para todas as torcidas onde a razão, a cidadania e qualquer preocupação republicana possa haver. Todas as torcidas maiores e menores, arcoíris ou não.
A maluquice é tamanha e está só no começo. A transferência da torcida do time para a eleição da direção de uma cooperativa de profissionais vira notícia esportiva é parte deste processo que se inicia no Brasil com a Parmalat no Palmeira, através de um sujeito que respeito pelas suas ideias e até onde sei, pelas suas práticas, o economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo.
Como em outros esportes, hoje mais o vôlei há clubes que os dirigentes ainda mandam e outros que são assumidos pela empresa de maneira informal ou mesmo formal. Há ainda e mesmo no futebol os clubes já assumidos pelas empresas e o torcedor torce pela empresa. Acho que se pode estar caminhando para estes casos no futebol também na 1ª divisão. Na segunda divisão no Rio e SP já há o Audax dando mais lucro que o Pão de Açúcar seu antigo dono, a ponto, de até onde sei, a rede de supermercado ter sido vendida (ações transferidas) e o clube não porque ele proporcionalmente teria muito mais rentabilidade.
Ou seja, a invasão do sistema capitalista no futebol, assim como, em outras esferas não tem limites. Tudo é mercadoria a ser comprada e vendida.
Volto ao velho romântico a reclamar disto, mas, sendo o futebol uma paixão, entendo que estamos tornando a vida cada vez menos interessante.
Seria ou é, ingenuidade pensar diferente, mas, os casos se sucedem.
A meu juízo, e respeito as opiniões em contrário, com ou sem paixão, a relação com planos de saúde é sempre um pouco mais complexa porque mexe diretamente com a vida das pessoas com elas perdem sua saúde. É mais imediato o problema que são como você lembrou de todos os planos. Sei que as Unimeds são separadas como cooperativas, mas, guardam uma relação de federação e confederação porque se reúnem mensalmente nas esferas estaduais e nacional para discutir a marca geral. Eu dei uma olhada na última rodada da ANS sobre suspensão de planos de saúde e dos 111 suspensos acho que metade era de Unimeds Brasil afora.
Acho ruim isto, porque uma cooperativa profissional deveria ser sempre melhor para a sociedade do que empresas como Amil, Sul América e outras, mas, hoje, não sei se há diferenças. Outro fator que me chama a atenção já há algum tempo é a ingerência do "patrocinador" na gestão do clube, onde o presidente tem pouca voz. Talvez, por isto a eleição da direção da cooperativa tenha tido tanto interesse dos torcedores do clube dos adversários.
... continua
... continuando...
Isto não elimina os questionamentos sobre os demais patrocinadores para os demais clubes. Seria bom que estes questionamentos se ampliassem, não pelo viés da torcida do time a favor e dos demais contra, mas, para questionar todo este processo que parece um caminho sem volta.
Impressiona-me efetivamente de tudo isto, observar como se conseguiu impregnar os sócios e torcedores a ponto de muito deles torcerem para os balanços dos negócios como torciam para seus clubes, hoje times.
Talvez, o passo seguinte seja cada empresa um clube, assim, os torcedores de um teme usariam o carro, o banco, o plano de saúde do seu time que ao final, como já acontece no vôlei teria seu nome acrescido ao do ex-clube, agora time.
Isto só não acontecerá de forma assim tão radical porque a concorrência intercapitalista ainda colocará freios e porque o destino disto tupo caminharia para a barbárie, como se vê as covardias entre torcedores na rua. Imagine um mecânico torcedor de um time concertando o carro da empresa-time adversária.
Tempos estranhos.
Enfim, sigamos em frente, usando a tal ideologia defensiva, fingindo que não estamos vendo tudo isto acontecer para doer menos, rs.
Grande abraço.
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