O caso da disputa pelo uso da água do Paraíba do Sul certamente vai levar a outros casos que passaram relativamente batidos pela sociedade e pela chamada opinião pública.
Um deles é o grande volume de água que vem junto do minério de ferro a ser transportados por mais de 500 km do Quadrilátero Ferrífero mineiro até o Porto do Açu.
Na épica do licenciamento se discutiu inclusive a hipótese, depois descartada, quando o projeto era ainda da MMX (depois dividida para a já ex-LLX, atual Prumo), de se instalar uma tubulação em paralelo ao mineroduto para levar a água de volta para Minas Gerais, depois que a pasta passar pelos sistemas de filtragem no Açu.
Os pequenos proprietários rurais daquela região do município de Conceição do Mato Dentro, MG, mostram-se extremamente preocupados, e têm arguido a Anglo-American, atual controladora do Sistema Ninas-Rio, sobre os problemas gerados pela redução do potencial hídrico daquela região.
É muito provável que o tema volte à tona agora, e ainda antes do início da operação do mineroduto.
Relembrem aqui e aqui duas postagens do blog que tratam do assunto, respectivamente, em agosto e setembro de 2013. Na foto (ao lado) já exposta nas manifestações naquela época já chamava a atenção: "A água vale + que minério".
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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