Em comentário na nota sobre o tema abaixo (veja aqui) um leitor-colaborador expõe e detalha a questão da transferência da base de apoio da UO-RIO de Macaé para o Rio de Janeiro. O blog considerando a importância do tema resolveu trazer este comentário para este espaço.
Ainda sobre o assunto, o blog publicará um texto sobre o aumento vertiginoso das operações de apoio offshore nos portos do Rio e Niterói que juntos já ultrapassam a movimentação do Porto de Imbetiba em Macaé. Confira abaixo as informações e os questionamentos sobre a transferência:
"O programa que se chama Integra UO-RIO, diz que está integrando essa unidade operacional, que já nasceu desmembrada.
Agora que as equipes formadas em Macaé já estão integradas e ambientadas a cidade, a empresa toma medidas como essa, informando que os funcionários não serão prejudicados.
Como não? Mais de 600 pessoas, que em suma maioria não tem anseios de ir para o Rio, serão espalhados por outros setores da companhia. ISSO É INTEGRAÇÃO??
Lembrando que isso vale para 1/3 da mão de obra, o restante, que são terceirizados ou assumem o custo e o caos de ir morar no Rio ou voltam para o mercado de trabalho, entenda-se ESTÃO DESEMPREGADOS!
Sem contar, o caos que a capital do Rio vive, onde moradores se encontram totalmente insatisfeitos.
O transporte público no Rio não funciona e está fadado a piorar com a prolongação de seu sistema linear.
A companhia desconsidera os altos preços de moradia no Rio e não vê impactos negativos para os envolvidos.
Essa empresa é a responsável pelo lançamento da ISO 26000 no Brasil. Piada...
Será que ela sabe do que se trata?
Essa isso trata da “Responsabilidade de uma organização sobre os impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente através de comportamento transparente e ético que contribua para o desenvolvimento sustentável, incluindo saúde e o bem estar da sociedade, leve em conta a expectativa das partes interessadas, esteja de acordo com as leis aplicáveis e consistente com as normas internacionais de comportamento, e esteja integrada através da organização e praticada nos relacionamentos desta”.
Deixando de lado o impacto social, pelo lado empresarial da coisa, vale lembrar que essas gerências que estão em Macaé são o suporte mais imediato as plataformas. Perder a maior parte desse efetivo não terá impacto negativo na atividade da empresa? A empresa diz que não, porém desconsidera a possibilidade de 90% dessas equipes não terem interesse de ir para o Rio."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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