Esta fala é do agrônomo José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em ótima entrevista, publicada hoje, aqui, no Valor Online.
Ainda nesta semana, num painel sobre Segurança Alimentar, durante, o Seminário dos Brics, Século XXI, no Rio de Janeiro, um expositor disse que apenas 15% do alimento consumido no mundo é fruto do comércio internacional.
Juntando as duas informações, considerando-as confiáveis, parece haver alguma incongruência, ou, estaríamos consumindo majoritariamente estes quatro ou cinco produtos agrícolas, produzidos localmente?
A segunda informação é muito animadora, porque, por ela podemos crer que há saída, porque, ela aponta para a decisão de produzir alimentos localmente, e pela primeira informação observação, preferencialmente, diversificada, muito para além das quatro ou cinco commoditizadas (trigo, soja, milho, arroz e batata).
Vale ainda relembrar a discussão sobre a exportação indireta de água (água virtual) que é usada na produção de alimentos, importada em grande quantidade por quem tem poucos recursos hídricos como a China.
Ainda, segundo Graziano foi a commoditização dos alimentos que levou ao fast-food e às comidas prontas com alto teor de gordura, açúcar e sal, fonte de outros males.
Está aí um debate que um país continental e altamente agriculturável como o nosso não pode deixar para trás. Até por isto, é altamente preocupante, a compra de grandes extensões de terras por grandes corporações e fundos de investimentos estrangeiros, cujo foco é unicamente, com sabemos, o lucro.
Observação: Interessante também é identificar neste momento, a presença de dois brasileiros como presidentes de dois importantes órgãos mundiais, a FAO, com o Graziano e a Organização Mundial de Comércio (OMC) com o Roberto Azevedo. Vale ainda observar que no ponto em questão sobre alimentos e segurança alimentar, a concluir pelas informações acima, eles tendem a ter posições antagônicas. Talvez, isto reflita nossa realidade política e econômica em lidar com estes dois segmentos tão distintos, um no andar superior da economia e outro no térreo, ou quase, em seu subterrâneo.
Vale ainda relembrar a discussão sobre a exportação indireta de água (água virtual) que é usada na produção de alimentos, importada em grande quantidade por quem tem poucos recursos hídricos como a China.
Ainda, segundo Graziano foi a commoditização dos alimentos que levou ao fast-food e às comidas prontas com alto teor de gordura, açúcar e sal, fonte de outros males.
Está aí um debate que um país continental e altamente agriculturável como o nosso não pode deixar para trás. Até por isto, é altamente preocupante, a compra de grandes extensões de terras por grandes corporações e fundos de investimentos estrangeiros, cujo foco é unicamente, com sabemos, o lucro.
Observação: Interessante também é identificar neste momento, a presença de dois brasileiros como presidentes de dois importantes órgãos mundiais, a FAO, com o Graziano e a Organização Mundial de Comércio (OMC) com o Roberto Azevedo. Vale ainda observar que no ponto em questão sobre alimentos e segurança alimentar, a concluir pelas informações acima, eles tendem a ter posições antagônicas. Talvez, isto reflita nossa realidade política e econômica em lidar com estes dois segmentos tão distintos, um no andar superior da economia e outro no térreo, ou quase, em seu subterrâneo.
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