Mais um projeto de terminal portuário segue em fase de licenciamento junto ao Inea. Ele é da DTA Engenharia e seu EIA/Rima foi elaborado pela Arcadis Logo. Tem custo de implantação informado de R$ 1,1 bilhão e prazo de conclusão em 36 meses.
O Terminal de Ponta Negra (TPN) tem previsão de Terminal de Granéis Líquidos para petróleo, Terminal de Contêineres e um Estaleiro. Está previsto área marítima de dragagem, aérea terrestre para aterro hidráulico e terraplanagem para implantação das instalações.
Este é o quarto projeto de terminal portuário em fase de licenciamento nos 635 quilômetros do litoral fluminense. Além do Porto Sudeste e do Porto do Açu em fase de construção, tem-se o projeto do Porto Canaã em São Francisco do Itabapoana, o projeto portuário de Barra do Furado, entre Quissamã e Campos e o TerPor no litoral do município de Macaé, além da expansão dos complexos portuários da Baía de Guanabara (Rio e Niterói) e do Porto de Itaguaí.
O estado do Rio de Janeiro vive uma profusão de projetos portuários aliado à expansão das instalações de alguns dos portos organizados (públicos) e terminais de uso privado (TUP). O uso dos portos como base de operações offshore de exploração (perfuração e produção) e para atuação da indústria naval em construção e montagens de embarcações, ou para manutenção é uma realidade.
Há evidentemente um crescimento da demanda, mas, também se percebe que o estímulo às novas instalações fazem parte de uma estratégia dos operadores destas instalações que pretendem barganhar melhores tarifas nos acordos e contratos, pelo fato de haver alternativas.
Retornando ao projeto do porto em Maricá, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), um documento de 2.180 páginas pode ser acessado aqui. Já o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), um documento resumido de 88 páginas, ambos datados de fevereiro deste 2014, podem ser acessados e copiado aqui. Este blog já fez algumas postagens sobre o assunto. Uma delas em 6 de fevereiro de 2012 aqui. Outra postagem aqui em 28 de agosto de 2013.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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10 comentários:
Este lugar vai virar um favelão. Vai
ser pior do que macaé.
E a infra-estrutura? Tem estrada pra isso?
Só querem ganhar dinheiro e o povo que se lasque!
Vergonhoso.
Empreendimento primeiro e Infraestrutura depois. Sem comentários!
Pelo que se vê na foto,parece-me que há um problema sério de segurança industrial causado por um parque de estocagem de inflamáveis próximo a uma área de construção naval,que utiliza solda em todo processo de montagem do navio.
Pelo que se vê na foto,parece-me que há um problema sério de segurança industrial causado por um parque de estocagem de inflamáveis próximo a uma área de construção naval,que utiliza solda em todo processo de montagem do navio.
Este Município vai sair do marasmo em breve. Progresso chegando... Vai ser ótimo! #ValorizaçãoJá
O preço do progresso é muito alto,mas para enfrentarmos os desafios que o futuro impõem e para que o Brasil cresça mais e mais rápido essas obras são necessárias para investirmos em educação,saúde,infra estrutura, saneamento básico,segurança,desenvolvimento social etc.Rogamos que todas as medidas de segurança sejam tomadas para evitar derramamento de combustíveis no mar que seria catastrófico para nossa belíssima região.
Agora que a Petrobras, a grande financiadora, estpá mal das pernas a tendência é que deixem de construir esses terminais novos e concentrem os investimentos nas estruturas existentes.
Quem deve sair do papel é o Porto do Açu e de Barra do Furado.pois já tem alguma coisa construída por ali.
Roberto, bom dia.
Sabe dizer se já foi definido o operador desse porto?
Nesse link cita apenas que a operação do terminal ficará a cargo de uma grande empresa especializada no setor.
https://mercadomaritimo.com.br/marica-sera-sede-do-maior-e-mais-moderno-terminal-de-transbordo-de-petroleo-do-pais/
Que eu saiba, o projeto ainda está em fase de licenciamento. A operação dependerá muito dos tipos de atividades que vierem a ser confirmados, após nova fase de expansão do ciclo petro-econômico.
Evidência-se a falta de estudos oceanográficos abrangentes, pois o que esta proposto é um porto inteiramente aberto para os ´swells´ vindos da direção SE e Sul-SE .Parece faltar estudos rudimentares pois tal proposição é abusivamente errônea e deveria ser feita através de PPP- Parceria Público Privada. Os autores do projeto deveriam consultar o LAGEMAR- Laboratório de geologia marinha da UFERJ, IMPA Instituto de Matemática Pura Aplicada. DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil. O que esta proposto parece ser uma temeridade.
José Octacilio de Saboya Ribeiro- Arquiteto Urbanista
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