A previsão é que este trecho seja leiloado ainda neste ano, pois faz parte do segundo do pacote das licitações ferroviárias, dentro do Plano Nacional de Logística e Transportes do governo federal, conforme comentamos aqui no blog no último dia 3 de junho.
A discussão com a PMCG se deveu ao traçado do Corredor Logístico do Açu que pretende se interliga a esta ferrovia, devendo também possibilitar a interligação com diversos outros projetos portuários nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, como é também o caso do Porto Central, no município de Presidente Kennedy, ES.
O projeto apresentado hoje foi bancado pelos dois governos e teve a participação de técnicos de diversas prefeituras dos municípios a serem cortados pela mesma. Representantes destes empreendimentos privados (Porto de Açu e do Porto Central) também participaram do projeto colocando e defendendo suas propostas e necessidades.
O blog não sabe informar a cargo de quem ficará a construção e ou financiamento destes ramais de interligação da ferrovia, ou, se os mesmos serão totalmente bancados pelos recursos pela concessão, que aparenta ser o mais provável.
Na prática se dá aquilo que é conhecido com a construção das “Condições Gerais de Produção” por parte do Estado para a viabilização dos empreendimentos.
O município de Campos solicitou corretamente que o traçado da ferrovia no trecho do município não corte a área urbana. Assim, o desenho optado não mais passaria entre a Tapera e Ururaí e sim interligaria Barra do Furado e o Açu, a partir de Dores de Macabu e Tócos, que segundo os técnicos também reduziria o traçado original do Corredor Logístico anteriormente desenhado para ser executado pela LLX.
Espera-se que tenha sido considerada a viabilidade de uso para transportes de passageiros entre estes trechos facilitando o movimento chamado de pendular (ida e volta diária) de trabalhadores.
Resta saber, com este novo traçado como ficaria o decreto estadual anterior que desapropriou diversas propriedades rurais na Baixada Campista que tinha o propósito de viabilizar o Corredor Logístico. Pelo que está se deduzindo, um novo decreto estadual será necessário para desapropriar as novas áreas que atenderão ao novo traçado.
A interligação ferroviária fazendo a chamada intermodalidade é um dos principais itens que podem efetivamente dar grande dinâmica aos projetos portuários da região e sua interligação a outros pontos.
Os técnicos em logística trabalham com a regra básica e geral que até mil quilômetros a via de transporte mais adequada é a rodoviária. Entre mil e dois mil quilômetros a ferroviária e acima disto a marítima. Evidentemente há exceções e cada caso é um caso, como da opção do uso das dutovias que comentamos aqui em postagem ontem também deste blog.
Pelo novo projeto para a ligação Vitória-Rio, uma parte do traçado original da RFFSA da EF 118 que hoje está sob a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (empresa vinculada a Vale) será aproveitada, só que com nova bitola. A concessão deverá ser retomada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O trecho principal terá ligação também em Macaé e Itaboraí, permitindo interligação com o Comperj e daí ao Porto de Itaguaí, onde se vinculará ao traçado nacional, hoje operado pela MRS em direção a Minas Gerais e ao Porto de Santos em São Paulo.
Pelo que o blog está deduzindo, a intenção dos dois governos estaduais é que a licitação inclua os dois ramais de interligação ao Porto do Açu no RJ e ao Porto Central no ES, pela EF 254, na licitação geral. O fato tiraria dos empreendedores portuários os gastos necessários para a construção destes ramais.
Por fim, é bom lembrar que boa parte destas negociações foram feita com o ministro César Borges que foi hoje trocado pelo Paulo Sérgio Passos que já havia sido ministro dos Transportes.
6 comentários:
Mudando da água para o vinho, eu lí uma mentira deslavada, a prefeitura deveria ser clara: será paga a terceira parcela da progressão dos professores e não dos profissionais da Educação. As centenas de auxiliares de secretaria não foram incluídos no plano de progressão de cargos e salários até hoje, então não venha a prefeita falar que será pago aos profissionais da educação, seja clara, será paga aos professores, só.
Matéria MENTIROSA que lí: que a Prefeitura de Campos inicia nesta quinta-feira, dia 26, o pagamento dos servidores referente ao mês de junho e a primeira parcela do 13º salário. Que a prefeita Rosinha Garotinho destaca que serão injetados R$ 93,7 milhões na economia local durante os três dias de pagamento. O valor da folha de pagamento é da ordem de R$ 68.969.427,70, incluindo a terceira parcela da progressão dos profissionais da Educação.
(SÓ AOS PROFESSORES, EXCLUÍDOS FORAM OS AUXILIARES DE SECRETARIA, QUE DEVERIAM CRUZAR OS BRAÇOS)
boa tarde, seria de muita valia se o sr. publicasse em primeira mao o mapa desse corredor, se possível com o traçado de desapropriação, pois caso seja igual ao açu, com terras saindo com valores insignificantes, os moradores dessas áreas se previnirao
Muito bom saber que estão encarando o Porto do Açu como um investimento sério, e que as ferrovias voltaram a ser consideradas no Brasil.
Na onda da mobilidade urbana, na qual eu torço pro uso de passageiros na mesma ferrovia, eu pergunto - Não está na hora de um metrô aqui em Campos? Pelo tamanho da cidade, não seria algo exagerado. E pelo orçamento da mesma, nada impossível. Poderia ter uma estação do Shop Estrada até Goitacazes, e do Parque Aurora até Guarus, com possível interligação com o trem, usando a ponte de ferro.
Imagina o cara que desce em Campos na rodoviária e pode pegar um metrô com estações no Alzira Vargas, na Praça São Salvador, na UENF, naquele terreno ao lado do Comfort(O cara desce a negócios e tem um metro do lado do Hotel, em frente a um shopping e na principal avenida da cidade. Se não ali, próximo do local, ali atrás da Nilo Peçanha), em Goitacazes, e, como um sonho de mobilidade, no Aeroporto de Campos.
O mapa que foi solicitado acima:
http://polosvto.com.br/wp-content/uploads/2014/09/dia-2209.pdf
passaram as eleições o pezão já deu marcha ré no metrô de Niteroí vamos ver se vai dar ré aí também.
Muito bom Victor.
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