A Rede Globo vai faturar R$ 1,438 bilhões com as cotas de patrocínio para oito empresas no valor individual de R$ 179,8 milhões: Ambev, Coca-Cola, Itaú, Johnson & Johnson, Hyundai, Magazine Luiza, Nestlé e Oi. Segundo a própria Globo este seria um dos maiores pacotes do mundo com o patrocínio da Copa.
A Globo ainda espera faturar outro tanto através de sua agência NewSource vendendo matérias, imagens, infográficos, aluguel de estúdio e de unidades móveis, espaço de trabalho para jornalistas de grupos internacionais que não têm o direito de transmissão da Fifa. Por isto, estas mídias não contam com a infraestrutura da organização e ainda assim, se organizam para transmitir notícias. As emissoras necessitam de redes para transmitir notícias.
Segundo a Globo, o estúdio na praia de Copacabana com vista para o mar e para o Cristo tem conexão em fibra ótica com a central da AP em Washington e daí o sinal chegaria a qualquer lugar, sendo o local ideal com iluminação e imagem de fundo para entradas ao vivo.
A Globo com o evento também amplia seu leque de parcerias com outras emissoras de todo o mundo, o que deve lhe trazer mais e polpudas receitas também nas Olimpíadas do Rio em 2016.
Além disso, há um aumento considerável de anúncios ligados direta ou indiretamente à Copa do Mundo de futebol, mas, influenciado pelo clima.
Interessante observar como a empresa de comunicação evolui nos seus paradoxos interesses em faturar e ampliar suas relações comerciais e ao mesmo tempo, interferir no debate do poder político nacional.
Algumas das escaramuças usadas são risíveis. Tentam criar empolgação onde não há, ao mesmo tempo buscam amplificar insatisfações reais, mas, de solução complexa e em longo prazo.
A Globo foi uma das empresas que mais influenciou o poder (mesmo antes dos governos atuais) em defesa da Copa do Mundo no Brasil pelos interesses comerciais evidentes, agora também em números.
De outro lado e contraditoriamente, a Globo gosta de questionar e contrapor os investimentos para sua realização às necessidades gerais de nosso país, como se não tivesse nenhuma participação na questão.
Hipocrisia, oportunismo e golpismo são os adjetivos apropriados à questão. Continuemos observando os fatos.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
Perfeito o post do prof.
E esse império global continua e continua a fazer a cabeça de muitos brasileiros.
..uma pena !
Quero ver como vai ficar quando o Brasil for eliminado já na primeira fase. Vai ser um tremendo prejuízo. Fica aí tentando criar ídolos, forçando a barra, porque com ídolos se alcança mais audiência. Não há ídolos atualmente na seleção brasileira. O Neymar é um embuste. Entra em campo preocupado em ganhar mais dinheiro (baixando o calção para aparecer a merca da cueca), em vez de focar no jogo.
Se perder logo de cara, vai ser muito metecido. E a Globo vai ter um grande prejuízo.
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