As posições das principais candidaturas parecem ter ganho uma certa estabilidade. Hoje, o mais provável é que os quatro principais nomes caminhem para disputar o primeiro turno.
Duas decisões no dia de hoje reforçam esta hipótese. A identificação nas bases de Lindbergh que poderia ser um equívoco tirar Crivella da disputa. A outra também tem relação com o PT e Lindbergh.
Tem origem no PT nacional e nos articuladores da candidatura de Dilma que compreenderam que não fazia nenhum sentido deixar a candidatura do Garotinho desidratada, num cenário em que a direita se uniu.
Além disso, há a visão que mesmo que Pezão não retire o seu apoio formal à Dilma, este será no mínimo constrangidamente desidratado. A quantidade de água dependerá das pesquisas e da evolução da campanha nacional e da presidenta no estado.
Lindbergh deve ter compreendido e assimilado, embora, todo e qualquer candidato queira sempre somar. De outro lado, surgiu uma outra possibilidade que mais que recompensa, o senador do PT: a possibilidade de retomar a conversa com o PDT.Até hoje, o PDT estava na chapa com Pezão dando o vice, o deputado Felipe Peixoto.
O fato é decorrência da posição do presidente Carlos Lupi e bases importantes do partido não aceitam o acordo de Cabral e Pezão com Cesar Maia, com o desenho à direita e bem distante do trabalhismo.
Mesmo que Lupi não seja nenhum quadro tão ideológico, ele sabe que romper determinados limites traz desgastes quase que impossíveis de serem retomados dos antigos ideais do PDT, de forte base no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Desafazer o acordo anterior não é simples, mas, motivos não faltam depois de toda a grande dança das cadeiras dos últimos dias. Há ainda um prazo de seis dias para as conversas, rompimentos e acordos.
Enfim, o quadro fechado ao final desta terça-gorda parece menos instável que no final da noite de ontem. Continuemos acompanhando as conversas até o final do prazo na próxima segunda-feira.
PS.: Atualizado às 09:44: Para corrigir expressão final do primeiro parágrafo que se referia ao segundo turno, quando evidentemente, queria dizer primeiro turno.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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