A riqueza privada (ou particular, termo que prefiro) foi de US$ 1,3 trilhão, equivalente a 60% do PIB. Um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior. Este percentual significaria deduzir que os demais 40% do PIB seria de base pública nos três diferentes níveis de governo.
A riqueza particular em toda a América Latina é de US$ 3,9 trilhões, o que significa que temos um terço do restante do continente. A riqueza particular (privada) do México é de US$ 1,1 trilhão.
Isto significa que Brasil e México juntos têm quase dois terços da riqueza privada da América Latina, ficando o terço restante com a soma dos demais países.
Em todo o mundo a riqueza privada é de R$ 152 trilhões e aumentou 14,6% em relação ao ano anterior. A lista da riqueza privada dos países é liderada pelos EUA com US$ 46 trilhões, depois a China com US$ 22 trilhões. O BCG diz que os chineses poupam muito e isto explica que de 2012 para 2013, a riqueza privada da China tenha crescido 49,5%.
O estudo do Boston Consulting Group (BCG) informa que em 2013, o Brasil tinha 70 mil famílias milionárias. A lista é liderada pelos EUA que tem 7,1 milhões de famílias com riqueza superior a US$ 1 milhão. Em segundo vem a China com 2,4 milhões de famílias milionárias.
Em outra lista, das famílias que possuem riqueza superior a US$ 100 milhões em 2013, o Brasil tinha 227 famílias nesta condição. Ficando em 15º lugar no mundo. Nesta lista, os EUA tem 4.754 famílias, seguido do Reino Unido com 1.044 famílias e da China com 983.
O BCG estima que entre 2013 e 2018 a riqueza privada no Brasil cresça 7,9% ao ano chegando a US$ 1,9 trilhão. Ao contrário, de muitas avaliações que fazem do Brasil, o BCG diz que há enorme perspectivas da expansão da riqueza do país. Isto se daria pelo seu potencial ligado à sua população ainda jovem, com as pessoas poupando para a aposentadoria. Para o BCG a taxa de retorno dos investimentos num país emergente como o Brasil tende ser maior do que nos países desenvolvidos.
Um bom debate é saber identificar o que seria melhor para um país, o aumento do poder aquisitivo e a consequente poupança daqueles de baixa renda (e "riqueza") que são muitos, ou, os de alta renda (riqueza) que são poucos.
Os primeiros tenderiam a movimentar mais os seus recursos, em detrimento, daqueles com maior patrimônio (ou riqueza). Ou o inverso? A maior folga é que traria disposição em investir em atividades produtivas?
PS.: Atualizado às 16:22: Para acréscimo de informação e informar a fonte originária dos dados: Valor Online, caderno de Finanças.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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