A única constante nestas pesquisas é a quase solidez dos números. Eles quase não variam além da margem de erro. Isto é fato. A análise pode ser diversa, mas, os fatos com mais ou menos desconfianças de como poderiam os institutos estar mexendo nestas margens de erros e ainda na estranha simulação para um hipotético segundo turno.
Desde o início de abril, Dilma varia entre 36% e 40% (média de 38%). Aécio entre 16% e 20% (média 18%) e Campos entre 8% e 11% (média 9%). Podem observar isto nas últimas cinco pesquisas dos diversos institutos, independente da interpretação que quiseram dar a cada uma delas.
Assim, Dilma ficou sempre dentro dentro da análise da margem de erro entre ganhar ou não no primeiro turno. Aécio parece ter se fixado no patamar dos 20% desde o início de maio. Campos, que almejava disputar com Aécio a ida ao segundo turno, parece ter se embaralhado com a aliança com Marina, após esforço de se mostrar agradável aos mercados. Assim, não consegue se mostrar como alternativa, mesmo diante de um universo de indecisos e intenções de brancos e nulos, situado entre um quarto e um terço dos eleitores.
Os eleitores apontam desejo de mudanças e melhoria da gestão, porém, sentem-se estáveis em seus empregos que não existiam na mesma proporção antes. Parece não enxergar propostas e nem confiança em que prega mudanças gerais e como candidato deixa transparecer mais desejo de poder do que guardião de propostas efetivas de mudanças, que melhore as suas vidas e não ameace as conquistas mais recentes.
Há indagações sobre o que poderia ser alterado nestes próximos trinta dias, antes do início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, prevista para 19 de agosto, apesar das campanhas já estarem nas ruas. Salvo catástrofes nada tende a se alterar substancialmente até lá.
Caso esteja correto este diagnóstico-estimativa, estaríamos falando que em 35 dias (de 20 de agosto a 4 de outubro, já que a eleição será no dia 5 de outubro) o quadro se definiria. Neste período estão previstas quase três dezenas de pesquisas cujos resultados (manipulados na margem de erro como já é comum) também podem alterar alguma coisa, assim como os debates na televisão.
Esta será sétima eleição presidencial depois da redemocratização do país. Por quatro vezes tivemos segundo turno (entre estas, a três ultimas eleições: 2002; 2006 e 2010). Por conta disto, muitos asseguram que esta seria a maior probabilidade, agora, também para a eleição presidencial de 2014.
Porém, a estabilidade dos números e a ausência de de alternativas que agrade a quem quer mudanças pode também levar a uma eleição resolvida no primeiro turno, como forma de liquidar a fatura, o que reforça a hipótese é a nova polarização PT x PSDB. A eleição até o primeiro turno é uma. Um eventual segundo turno é outra. A conferir!
PS.: Atualizado às 14:10: Por sugestão do professor José Luis o blog traz abaixo o link de matéria da Rede Bandeirantes que reforça a análise acima, contabilizando apenas os votos válidos, excluindo os indecisos e as intenções de votos brancos e nulos.
Veja mais detalhes e a matéria em vídeo aqui. Aqui você pode também ver a opinião do analista também confirmando que agora o maior trunfo de Dilma é o tempo de propaganda no rádio e na televisão que é `três vezes maior do que o de Aécio e equivalente à soma de todos os demais candidatos.
"Índice Band: Dilma tem 50% dos votos válidos"
"Ferramenta foi apresentada no programa "Band Eleições", que estreou nesta segunda-feira e vai ao ar todas as segundas-feiras.
A cobertura da disputa eleitoral da Band tem uma ferramenta especial em 2014, para ajudar o eleitor a entender como anda a evolução dos candidatos.
Trata-se do Índice Band, novidade do "Band Eleições", programa que estreou nesta segunda-feira e irá ao ar todas as segundas-feiras, após o CQC. O índice vai mostrar semanalmente a evolução de votos na disputa presidencial com base nos dados de vários institutos de pesquisa.
Na primeira análise, o índice aponta que, se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 50% dos votos válidos. Aécio Neves (PSDB) teria 27% do total das urnas, enquanto Eduardo Campos (PSB) ficaria com 14% da preferência dos eleitores e o Pastor Everaldo (PSC), 4%.
O responsável pelo Índice Band é o cientista político Antonio Lavareda, que analisa as pesquisas registradas e divulgadas, sempre fazendo uma média ponderada – ou seja, sintetizando todos os dados em um único índice, apenas com os votos que seriam válidos."
Um comentário:
Só iremos mudar realmente esse país e essa política suja, quando houver mudança significativa na qualisade da educação.
Com efeito, por esse motivo, os políticos, fazem de conta que, se preocupam com a educação. Mas na verdade, é pura demagogia. Pois tiram muito proveito político com essa situação.
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