Automóveis –
122.424
Moto – 34.577
Motoneta –
10.622
Ciclomotor –
61
Triciclo –
63
Ônibus – 1.488
Microônibus –
1.018
Caminhonete –
8.607
Caminhoneta –
8.105
Caminhão –
7.259
Caminhão
Trator – 784
Trator de
rodas - 162
Trator de
Esteira – 1
Trator Misto – 10
Reboque – 4.587
Semi-reboque
– 1007
Side car – 12
Utilitário –
699
Total – 201.526
veículos.
Alguns números chamam a atenção. É oportuno recordar que os milhares de veículos licenciados no estado vizinho do Espírito Santo, de proprietários locais, não estão nesta contabilidade. Há quem estime que este número seja da ordem de 10 a 15 mil veículos. Há uma década gerentes de concessionária afiançaram a este blogueiro que sete em cada dez carros novos eram emplacados no Espírito Santo.
Desta forma, pegando o número por baixo significa que temos cerca de 150 mil veículos circulando na cidade, entre carros de passeio e caminhonetes. Um número que ajuda a explicar o problema no trânsito que agora não se dá mais apenas na hora do rush.
Outro número que chama a atenção é o de motos e motonetas de 45 mil circulando na cidade e que é responsável por um grande número de acidentes, inclusive fatais.
Também chama a atenção o número de ônibus (e microônibus) de 2,5 mil, licenciados no município diante da ausência dos mesmos nas linhas urbanas e distritais da cidade.
Estes números deveriam servir para nosso gestores planejarem nossa cidade.
Há quase quinze anos, em 2000, eu pela primeira vez levantei estes dados oficiais sobre número de veículos licenciados na cidade que já crescia na razão de aproximadamente 5 mil veículos a cada ano.
Para se ter uma ideia, por esta mesma base de dados, em 2001 Campos tinha 80 mil veículos licenciados. No início de 2007, 114 mil veículos licenciados e agora, em 2014, um total de 201,5 mil veículos licenciados.
Na ocasião, em alguns estudos que divulguei e em debates, eu disse que o município teria que urgentemente atuar em duas principais frentes: o transporte público para desafogar e impedir que nossas ruas (estreitas) se entupissem diariamente de carros; a segunda, urgentemente construir as perimetrais que permitissem que as pessoas que moram num extremo não precisassem circular na área central para chegar ao seu destino.
Foi preciso quase uma década para que a avenida Artur Bernardes projetada há quatro décadas saísse do papel e virasse realidade. Outras perimetrais ainda continuam no papel. O transporte público continua sendo problema e soluções também continuam no papel.
Enfim, na ocasião não olhamos para frente, será que agora continuaremos não olhando a realidade para projetar a logística e a mobilidade urbana diante da realidade que potencializa a cada dia os problemas? Sei não, parece que o município e a região continuam vendo a banda passar, independente do nosso orçamento bilionário.
2 comentários:
Isto sem contar as carroças que pululam nas principais avenidas.
É um modelo perverso: cidades sem planejamento, vias estreitas, opção pelo transporte individual sobretudo o automóvel, carros demais com sua aquisição incentivada por todos os governos, transporte público sofrível onde menos que 4 pessoas por m2 é considerado subutilização, especulação imobiliária que empurra os pobres para a periferia obrigando-os a grandes deslocamentos, motocicletas matando (em Campos) 0,7 pessoas por dia com incríveis 240 acidentes mensais registrados fruto da única opção viável que se apesenta a quem não pode comprar um carro, ausência de técnicos em trânsito, carroças e outros atrasos, nossa crônica falta de educação no trânsito e muitas outras razões para estarmos onde estamos.
O caso é: QUEREMOS estar onde estamos. A todos nós interessa em uma ou outa medida a situação atual. Reclamamos das carroças, mas aceitamos em nossa obra a areia que elas trazem. Xingamos o motorista ao lado, mas estacionamos em fila dupla na escola das crianças. Excomungamos o motociclista que passa a mil na 28 de março mas reclamamos se a pizza chega fria. Falamos mal do governo mas não participamos da política. Sentimos pena dos incêndios em favelas mas compramos o apartamento mais barato construído sobre seu terreno. E por aí vai...
O problema não é ter mais de 200 mil veículos em nosso município, o problema estaria na centralização de praticamente todos os serviços públicos, na área central do município.
Caso houvesse realmente a descentralização dos serviços públicos, para os bairros e distritos, certamente haveria uma grande melhora, na modalidade urbana. Pois seus moradores não necessatariam buscar esses serviços, no Centro de seu município.
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