A Odebrecht ganhou junto da empresa espanhola Enagas a licitação para construção de um gasoduto para gás natural que terá um extensão de 1 mil quilômetros com origem nos campos de gás de Camisea no sul do Peru até a costa do Pacífico.
No destino do gasoduto alimentará usinas de eletricidade e outras indústrias, provavelmente do setor petroquímico, considerando o casto mais barato para a produção deste a partir do gás do que do óleo.
As duas empresas dividirão os investimentos totais de US$ 7,33 bilhões e assim terão o direito de construir e operar o duto por 34 anos. O percurso previsto é complexo porque passa pela selva e atravessa o Andes.
A capacidade do gasoduto é que ele tenha vazão para 500 milhões de pés cúbicos por dia. A previsão é que o gás transportado pelo gasoduto, 70% dele seja usado par ageração de energia elétrica em usinas termelétricas a gás (duas UTEs de 500MW); 20% seja para petroquímicas e 10% para outros indústrias e distribuição residencial.
A Braskem, petroquímica brasileira controlada pela mesma Odebrecht tem interesse no projeto da planta petroquímica para a produção de etileno e polietileno.
O projeto vai na linha de ampliar a participação de empresas brasileiras em projetos e cadeias produtivas fora do país, porque isto gera encomendas de equipamentos brasileiras, usa parte de mão de obra de projeto e supervisão de implantação e ainda a contratação de serviços nacionais.
Além disso, abre outras frentes na cadeia produtiva e em outras obras de infraestrutura como se vê no caso da planta petroquímica. Não se sabe ainda a origem destes investimentos de US$ 3,6 bilhões.
Parte pode sair da empresa, outra de outros investidores, mas é possível que saia também do BNDES, dentro da lógica de ampliar demandas para ampliar atuação de nosso setor de engenharia e indústria com fornecimento de serviços e equipamentos.
Assim, aconteceu o caso do porto de águas profundas de Rocha no Uruguai (US$ 400 milhões) e no porto Mariel em Cuba (com investimentos de US$ 682 milhões). Os projetos também possuem grande relação com o processo de integração econômica com os países do continente, onde os retornos são indiretos pela natural capacidade de liderança do Brasil.
PS.: Fonte da informação original Valor Online com comentários do blog.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Sou inspetor de dutos, por acaso o senhor não teria nenhum email que poderia passar pra enviarmos o nosso curriculo para trabalharmos nesta obra. Obrigado.
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