Analisando mais detalhadamente os números da pesquisa do DataFolha divulgado na última quinta-feira, a presidenta Dilma no estado ganharia dos demais candidatos no primeiro turno. (Veja a pesquisa integral aqui)
No estado o percentual de indecisos (13%) somado aos das intenções de votos brancos e nulo (19%) no total de 32% é maior que a nível nacional em que esta soma alcançou 27%.
No estado do RJ os percentuais de intenção de votos para presidente da República foram:
Dilma - 34,8%; Aécio - 17,2%; Campos - 6,5%; Pastor Everaldo - 5,7%. Outros candidatos somaram 3,8%. No total: Dilma 34,8% x 32,8% da soma de todos os candidatos. Em votos válidos estes percentuais seriam de: Dilma 51,2% x 48,2% o que lhe daria a vitória no 1º turno.
Como se vê nos números acima, os percentuais de todos os candidatos no ERJ é menor do que a nível nacional, em função de um maior número de intenções de votos brancos, nulos e indecisos. A exceção é o Pastor Everaldo, beneficiado pela intenção de votos dos candidatos a governador Crivella e Garotinho.
Assim, até agora, a vantagem de ter três candidatos a governador oficialmente fechados com Dilma e um outro "dividido" que é o Pezão, se manifesta, como era de se esperar, até agora, antes da propaganda no rádio e na televisão de forma misturada e "razoável".
Ainda assim, o quadro parece melhor para Dilma, apesar dos apoios de Garotinho e Crivella oferecer à presidenta, o mesmo percentual de votos que seus eleitores registram para presidente ao Pastor Everaldo, em função da origem evangélica.
O quadro que se terá a partir da propaganda eleitoral que será iniciada no dia 19 de agosto é que mostrará a tendência. Não me refiro apenas ao fato somente da propaganda eleitoral em si e ao seu conteúdo comparado aos dos diversos candidatos. É que a chegada da propaganda no rádio e especialmente, na televisão, sinaliza para a a população que está chegando a hora para ela prestar atenção e escolher seu candidato.
Funciona como uma espécie de sinal de alerta em que as "antenas eleitorais" são levantadas e aí as pessoas (eleitores) passam a conversar sobre o assunto, prestar atenção ao que é dito, trocar ideias com parentes e colegas de trabalho e, desta forma, vai construindo a sua decisão para o futuro.
Por tudo isso, os cerca de 20 dias, após o início da propaganda é tão importante. Depois dela iniciada até a campanha de rua (corpo-a-corpo) ganha outra dimensão. Enfim, continuemos conferindo!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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