terça-feira, julho 29, 2014

Série de reportagens sobre impactos da instalação do mineroduto é finalista de prêmio internacional

A informação foi repassada ao blog pela Patrícia Generoso, lá do município de Conceição de Mato Dentro, MG, onde se situa a mina e o início do mineroduto.

Eu conheci Patrícia, quando da realização do 2º Encontro de Resistência dos Atingidos do Projeto Minas-Rio e Porto do Açu, em, 24 de agosto de 2013. (Veja aqui). Na ocasião fui convidado para falar sobre minhas pesquisas e sobre as articulações políticos empresariais que viabilizavam o empreendimento. 

Como sempre acontece nestas ocasiões, as trocas de informações aconteceram nas duas direções durante todo o final de semana, e possibilitou adiante a produção de um relatório produzido pelo   Ibase/AGB (Instituto Brasileiro de Análises Sociais em associação com a Associação dos Geógrafos do Brasil), do qual este blogueiro é um dos colaboradores, cujo título é: "O projeto Minas-Rio e seus impactos ambientais - Olhares desde a perspectiva dos atingidos". O documento pode ser lido e/ou copiado aqui. Todos compreendemos que um fato acabou contribuindo para outro.

Voltando ao motivo desta nota, sobre a seleção ao prêmio internacional pela matéria do jornal mineiro "O Tempo", a sua série de reportagens “Um mineroduto que passou em minha vida”, produzida pelas repórteres Ana Paula Pedrosa, Queila Ariadne e Mariela Guimarães, é uma das únicas três reportagens do Brasil entre os 20 finalistas da categoria imprensa diária do Prêmio de Jornalismo Iberoamericano do IE Business School.

Alguma delas foram repercutidas e republicadas aqui neste blog. Uma delas aqui 23 de março de 2014. Publicada pelo O TEMPO de 22 a 29 de março de 2014, a série retrata um rastro de destruição deixado pelos 525 km do maior mineroduto do mundo, que a britânica Anglo American está construindo dentro de Conceição do Mato Dentro, região Central de Minas, até o São João da Barra, no Rio de Janeiro, onde está se sendo instalado o Porto de Açu. O projeto está em fase de licenciamento e, apesar dos problemas ambientais e sociais, a empresa mantém o cronograma do primeiro embarque de minério para o fim deste ano.]

Concorreram ao prêmio ao todo 224 reportagens inscritas de 135 veículos de comunicação de países como Colômbia, Guatemala, Panamá, Chile, México, Argentina, Peru e Uruguai. Os vencedores serão conhecidos em setembro e receberão o prêmio no dia 6 de outubro, em Madri, Espanha.

A premiação é organizada em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e com apoio da CMN em Espanhol e Casa de América, a premiação tem o objetivo de reconhecer os melhores trabalhos jornalísticos publicados ou divulgados por meios de comunicação (imprensa escrita, revistas, blogs, webs, rádio ou televisão) da América Latina, com foco na divulgação da cultura econômica na sociedade.

O fato ajuda a mostrar que há, mesmo que pequenos, espaços na mídia comercial para se matérias de boa qualidade, independente das pressões. Clique aqui e veja mais detalhes.


2 comentários:

SOUZA disse...

A instalação do mineroduto e do próprio porto caracterizam um verdadeiro estupro que está sendo praticado contra a natureza que está sendo violada em seus diversos ambientes e também contra a dignidade humana; com desapropriações injustas, truculentas e violentas. Tudo em favor da ganancia capitalista de um senhor que não tem limites e nem freios, apoiado, acobertado e com a conivência dos poderes constituídos. O sr x, que muitos diziam ser o dono do Brasil, é o grande causador de todas essas mazelas.
A água já está faltando em SP e MG, no Nordeste nem se fala e o Sr x consegue com a maior facilidade LICENÇAS ambientais para causar as maiores destruições já vistas no Norte do RJ.
LAMENTÁVEL.

Anônimo disse...

O Sr. X não é mais o dono do minério duto e nem do Porto do Açu. A empresa trocou de mãos.

Os impactos ambientais são pequenos se comparados aos benefícios econômicos que os investimentos estão trazendo para a região e para o país. Existe compensação ambiental para os possíveis danos que foram feitos. Inclusive área de reflorestamento.

Quanto às desapropriações, preferir ter criador de galinha do que um parque industrial é pensamento de gente atrasada. Vamos evoluir. O progresso chegou. É hora de se aperfeiçoar, estudar, buscar formação técnica, trabalhar. Abram a cabeça.

atenciosamente,

Alex