Recordando, com a crise de todas as empresas do grupo que estourou no final de 2012 e teve seu ápice em 2013, a partir da empresa de óleo e gás, a OGX, o empreendimento do Açu, tocado pela empresa de logística LLX, tece seu controle transferido para o fundo americano EIG, mediante um aporte de recursos da ordem de US$ 1,3 bi.
Através de outros instrumentos próprios do mercado financeiro, o empresário Eike Batista ficou com apenas 10,44% desta empresa. É exatamente esta parte que agora ele transfere para o fundo árabe Mubadala. Este fundo ainda na boa fase do grupo EBX, no final de 2011, entrou com US$ 2 bilhões para ter 6,3% das ações da holding.
A consequência de tudo isto é que hoje o Porto do Açu é controlado, não apenas majoritariamente, mas totalmente por fundos (bancos) de investimentos estrangeiros.
Foto do arquivo do blog feita em trabalho de campo no Açuem 03-08-2014. A imagem mostra os galpões da UCN da OSX com montagens interrompidas |
No Açu, o empresário ainda possui direito sobre o estaleiro da OSX que está com a sua construção paralisada desde a crise do ano passado. O blog já divulgou aqui que está em curso negociações para que a Prumo Logística Global S.A. (ex-LLX) assuma o término da montagem do básico da Unidade de Construção Naval (UCN) instalada junto ao terminal 2 do Porto do Açu, em área alugada da LLX (atual Prumo).
O objetivo seria o de evitar a perda do que lá foi investido e que está parado, para em seguida negociar estas instalações para alguma empresa com tradição e projetos em indústria naval, aproveitando o boom de demandas geradas por embarcações necessárias para o setor offshore de petróleo.
Abaixo a matéria do Valor Online:
Eike Batista transfere à Mubadala 10,44% do
capital da Prumo Logística
SÃO PAULO - O empresário Eike Batista, no contexto de reestruturação do investimento da Mubadala Develompment Company, assinou contratos vinculantes em que se compromete à transferir 10,44% do capital da Prumo Logística para o fundo soberano de Abu Dhabi.
A participação corresponde a 185,6 milhões de ações ordinárias. A transferência está sujeita ao cumprimento de condições precedentes e está prevista para ocorrer neste terceiro trimestre de 2014.
Ontem, a mineradora MMX havia informado que Eike Batista vai transferir 10,52% do capital total da companhia para o fundo Mubadala como parte da reestruturação do investimento do fundo árabe no grupo EBX. Com a transferência, Eike deve perder controle absoluto da companhia, com redução de sua participação de 59,3% para pouco menos de 49%.
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