A primeira (OSX) é conhecida aqui na região pelo estaleiro com as obras paralisadas, no terminal 2 do Porto do Açu, na verdade se divide em três empresas: OSB Brasil a que tem ações em bolsa; a OSX Serviços que freta embarcações para a OGPar (ex-OGX) e a OSX Construção Naval, a que é dona do estaleiro ou Unidade de Construção Naval (UCN) do Açu.
A OSX Construção Naval tem como ativo hoje a área alugada de 3,2 milhões de m². Na discussão da recuperação judicial isto tem sido oferecido aos credores como receitas futuras, na expectativa de arrendamento. Parte desta área é da LLX e parte do Distrito Industrial de São João da Barra, teoricamente, um "acordo" entre a Codin, pelo governo estadual que desapropriou as áreas e a Prumo (ex-LLX).
Vendo novamente esta área e identificando que ela seria um dos trunfos que os gestores da recuperação pensam em reerguer a empresa, eu me recordo que no debate em que fui convidado para me posicionar sobre os problemas do empreendimento na região, eu ouvi de um membro do Conselho de Administração da ex-LLX, Luiz Reis (veja aqui postagem do blog do dia 13 de novembro de 2013) que a área prevista para o estaleiro no Açu era "maior que a soma de todas as áreas do estaleiros atualmente em funcionamento no Brasil". Uma forte declaração que está registrada nos arquivos da Alerj.
Enfim, na segunda-feira a 3ª Vara Empresarial do TJ-RJ decidiu adiar a assembleia dos credores da OSX no processo de recuperação judicial. A OSX tem dívidas de US$ 2,7 bilhões. Os maiores credores são Acciona, Banco Votorantim, CEF e Techint.
Há negociações em andamento para re-arrendar a área de 3,2 milhões de m² para uma empresa do setor de construção naval, em que a Prumo ficaria responsável pela conclusão das principais obras dos galpões e áreas do estaleiro junto ao terminal 2. Não se conhece quem seria o arrendatário. Hoje, o Consórcio Integra (em que a Mendes Jr é sócia da OSX) já usa uma parte da área e consta que teria solicitado uma área maior.
Sobre a MMX, a empresa de mineração com ativos no Brasil e fora, que foi a que vendeu o Sistema Minas-Rio para a Anglo American. A MMX hoje deve aproximadamente R$ 1 bilhão a fornecedores. O empresário Eike tenta evitar a entrada da empresa no processo de recuperação judicial e precisaria se um aporte de recursos. Outra alternativa é a venda, a passagem do seu controle acionário.
Assim, o castelo de cartas do Eike parece não ter parado de cair. A conferir!
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