domingo, setembro 07, 2014

Cá como lá, ou vice-versa, um problema estrutural?

Vendo as notícias do jornal do lado de cá, a realidade mostrada não é diversa de uma dita democracia "madura" e capitalista. Diariamente notícias de superfaturamento em projeto e instalações de infraestruturas de ferrovias, rodovias, refinarias, etc. O TCU daqui atuando, denunciando e expondo que o mundo da política é assim mesmo, sujo.

A Endesa (que também é dona da Cerj no Brasil) descobrindo gatos de luz de centenas de moradores que perdem a ligação e são denunciados na polícia. Roubos de fios de cobre parando linhas de trens das cidades da grande Barcelona até sua área urbana, etc.

Assim, eu vejo que o capitalismo com a sua face mundializada que buscou e continua buscando a expansão de suas fronteiras, acaba produzindo seja no cenário politico-partidário-eleitoral, empresarial, ou da sociedade de forma mais ampla, problemas similares em sua natureza.

Não há como ver tudo isto sem deixar de tentar compreender os ciclos longos e a relação entre desenvolvimento e civilização no mundo contemporâneo.

PS.: Atualizado às 19:22: Parece haver sim um interesse da mídia comercial, mundo afora, para aproveitar e falar mal da política e dos políticos tentando se colocar (sem voto) como intermediários da população. Porém, parece existir também um evidente avanço do controle social pressionando por mudanças. Neste sentido é preciso haver mudanças na forma como políticos dos diversos matizes ideológicos tratam esta relação buscando financiamento para campanhas, em meio a descontroles de diversas ordens. O caso brasileiro é típico. A mídia comercial desconversa e continua seletiva nas pautas conforme seus interesses. O financiamento público é um dos caminhos. Quem renega o fato é porque é irrigado por gordas fatias do poder econômico e quer com isso levar vantagens nas disputas pelo poder, em diferentes lugares do mundo. Abaixo o blog publica a matéria do El País de 05-09-2014 sobre "ligações clandestinas de energia elétrica", na cidade de Girona, na região metropolitana de Barcelona. A empresa é a mesma que controla a concessionária Cerj, em uma parte dos municípios do estado do Rio de Janeiro.


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