Segundo os estudiosos no assunto ainda está distante dos padrões dos países ricos, mas, dobrou nos últimos cinco anos. O fato reduz os lucros empresariais e também determina a localização dos seus empreendimentos. Segundo o jornal El País, na matéria "El aumento de los costes salaries en China frena la inversíon extranjeira" do jornalista Xavier Fontglòria informa que pela primeira vez na história, a margem de benefícios de mais da metade das empresas europeias que operam na China foram menores que as médias globais de suas companhias.
Assim, alguns começam a considerar que estaria acabando “a idade de ouro” de investir na China e algumas empresas começam a sair da China, de olho em outros países asiáticos como Indonésia e Malásia, enquanto outras voltam para próximos de suas casas por razões logísticas, segundo o presidente da Câmara de Comércio da União Européia na China, o alemão Jorge Wuttke. Ainda assim, segundo ele, a China segue sendo um dos três lugares preferidos para se investir, porém, sem a liderança indiscutível de antes.
Comentários do blog
O Japão no início da década de 90 passou por problema
similar (mas diverso em outros aspectos) com perda de produtividade e
competitividade para vizinhos como a Coréia que até por interesse japonês
começou atuando na periferia de suas cadeias produtivas e que mais adiante com
muito investimento em educação, ciência e tecnologia ocupou espaços
inimagináveis na cadeia global de valor.
Evidentemente, há limites tanto para o uso da mão de obra
mais barata como condições de competitividade quanto espaços para esta migração
permanente de investimentos em busca de vantagens por mão de obras mais
baratas.
Mesmo que as periferias ainda sejam atraentes, há um limite
para estas possibilidades. Interessante observar que, mesmo com todo o
barateamento propiciado pela logística, especialmente a portuária responsável
por quase 90% da exportação mundial, é a mão de obra que baliza os custos de
produção.
Outro fato interessante a ser observado é que o contínuo
crescimento do poder aquisitivo dos chineses está levando ao aumento, como já
acontece nos EUA e Europa, dos investimentos no setor de serviços. E, nesta
área, a China é extremamente fechada ao investimento do capital estrangeiro.
Todos estes fatos estão mexendo com a economia chinesa. As autoridades
chinesas estão estimando que no ano que vem pela primeira vez os investimentos
chineses no mundo superarão o capital que entra na China. Em 2013 a China
investiu US$ 90,2 bilhões fora de suas fronteiras, 16,8% a mais que em 2012, se
situando como a terceira nação emissora, atrás só dos EUA e Japão, na maioria
dos casos nos setores de energia e construção de infraestrutura.
No sistema-mundo integrado e com cadeias de valor globais a
observação destes cenários e d o que eles apontam interferem diretamente em nas
nações e mercados comuns regionais com interesses e projetos de inserção
global.
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