Os jovens podem não perceber que o clima de disputa eleitoral tem seus limites.
Há que lembrarmos a história. Uma mensagem como esta é similar ao clima pré-64 de fascistas, que apoiaram o golpe militar e parece agora, que se assanham novamente, para ir adiante do direito de escolha do voto.
Um ato como este merecia um Boletim de Ocorrência (BO) policial. Mas, vou me ater ao fato divulgando-o como alerta aos jovens e à população em geral.
Há que se lamentar atitudes como esta, mas há, também, que ficar alerta contra este tipo fascista de perseguição. Parte de uma categoria profissional que extrapola seu direito de manifestação.
Enfim, saibamos o que acontece para que entendamos o que segue em curso para além da escolha eleitoral.
Não foi fácil conquistar a democracia. Custou a vida de centenas de brasileiros. Milhares sofreram e ainda sofrem as consequências dos atos totalitários.
Que todos os brasileiros, jovens, adultos e idosos possam livremente se manifestar sem serem "observados" e perseguidos pelos seus direitos democráticos de escolha.
PS.: Atualizado às 10:10: Distante fico aqui ainda pensando da luta pela democracia e pelo direito de um jovem como este escolher livremente seu candidato. De outro lado, eu fico a pensar sobre a nossa luta por construir uma sociedade democrática, sem este tipo de perseguição e de ser "observado" pela sua opção política e eleitoral.
Temos muito caminho pela frente, mas, precisamos revisitar nossa história para que não acabemos condenados a repeti-la, meio século depois, em plena época da comunicação online, que como vemos, não garante democracia a quem não é democrata.
Como professor e ainda como aluno eu continuo aprendendo e lutando neste processo. Desejo que o jovem, a quem fiz questão de preservar, possa repensar, refletir junto aos seus, sobre os limites que temos para que a democracia prevaleça, independente das nossas posições. Sigamos em frente!
Um comentário:
Roberto,
Esse episódio remete a várias reflexões.
Primeiro, é preciso entender que essas cisões não são mais conciliáveis, ou seja: Há na sociedade brasileira um setor que não se acomodorá ou aceitará o resultado das urnas, a não ser que favoreça seus privilégios.
Outro fator é a vigilância e o rigor que devemos tratar tais abusos a liberdade de expressão e a Democracia.
Devemos nos preparar para começarmos a adotar medidas duras, e inclusive de força, contra o fascismo que brota nessas criptas das elites e classe média.
Não podemos nos dar ao luxo da surpresa, e a garantia do Estado de Direito prevê o uso dos meios necessários, proporcionais a ofensa.
Quanto aos médicos em si, cabe a esse governo adotar uma tática crucial: ampliar drasticamente a oferta pública e gratuita (ou por bolsas) de vagas, baixar o enorme fosso salarial que torna a medicina um ótimo negócio para uma casta de favorecidos, e aproximá-la das profissões chamadas "normais", tornar a profissão de médico um direito, não uma condição de distinção perante os demais "mortais".
Por fim, esse governo deve desmontar a privatização da medicina e da saúde, cortando os subsídios do IRPF para as consultas e planos privados, dotando a saúde pública de um financiamento capaz de atender às demandas, universalizando de vez o atendimento e os usuários...
É hora de colocar os fascistas de jaleco nos seus lugares...
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