Cadê os "entendidos" que diziam que era preciso aumentar a gasolina no Brasil? A forte queda do preço internacional do petróleo dos dias atuais tornou a defasagem entre os preços internos e externos praticamente irrelevantes.
Cada vez mais me convenço que nosso país precisa de um tempo mais longo de gente que "pense fora da caixinha de de regras do neoliberalismo". Os exemplos são mais que semanais, quase diários.
Este modelão não serve para o Brasil. Os resultados atuais, o mais baixo desemprego, o novo alinhamento mundial, a descoberta do pré-sal, o paulatino, mas firme avanço em nossas políticas sociais, a despeito das dificuldades de "déficit de governo" especialmente nas escalas estadual e municipal.
Mesmo com as fragilidades das equipes governamentais nos estados e municípios, as políticas públicas mostram avanços a cada dia, na saúde, educação e mobilidade. Tudo isto, se dá numa velocidade menor do que gostaríamos para vermos os resultados. Porém, não há milagres, depois de tanto tempo enxugando o estado e a máquina pública ao mínimo possível.
É difícil para esta turma turma dos "go-go boys originários do pensamento de Chicago" (e os Armínios Fragas da vida) reconhecer tudo isto. Verdade que o debate eleitoral passa por outras questões menores, porque não é possível e nem interessa discutir questões mais profundas como esta.
Pelos manuais do esquema neoliberal a cada suspiro do "mercado internacional" você mexe em tudo por aqui alterando a vida das pessoas. A crise da Rússia e Ucrânia, Israel e Palestinos alterou valores do petróleo no mundo, mas, você não pode sair alterando em tudo aqui dentro.
Ter um colchão de impacto parece uma medida inovadora e interessante. Porém como não estava nos manuais de procedimentos deles,a medida deveria ser condenada, mesmo que as consequências de tudo isto fosse grande para a vida do povo brasileiro, em detrimento dos ganhos para a banca rentista.
Por tudo isto, o nosso Brasil precisa seguir adiante. Ser revolucionário é seguir estas mudanças, sem violência, sem baionetas, e com o povo mais instruído, exigente, mas que não aceita voltar ao passado em que era apenas coadjuvante da casagrande.
O Brasil e nossa sociedade precisam de mais 4 anos de Dilma, superando alguns equívocos compreensíveis, mas não alterando a rota em favor da população.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
Com a urgente necessidade de buscas por fontes alternativas de energia, a tendência, seria que daqui em diante, o petróleo perca cada vez mais, valor de mercado, à proporção, que novas descobertas ocorram,na área de energia renováveis.
Essa dependência exclusivamente do petróleo, tende a diminuir.
Quem viver, verá.
Vamos ver após passar a eleição. Ganhando a Dilma ou o Aecio vai ter aumento dos preços dos combustíveis. Quem viver verá.
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