Antes porém ele abriu assim o assunto:
"Comparando 2014 com 2010, os tucanos não cresceram tanto (0,94%). Em votos válidos, cresceram mais os "outros" (2,40%) e Marina (1,99%). O PT perdeu 5,32% (bem menos do que se esperava inicialmente). Brancos e nulos também caíram (0,86%)."
PS.: Atualizado às 13:58: Esta breve análise abaixo do Diogo Costa, lá no Portal GGN, do Luiz Nassif, de certa forma, mostra também a semelhança entre o pleito atual e de 2010. Confira:
"ONDE SE DEU A DIFERENÇA? - No primeiro turno de 2010 os nanicos (eram 06 no total) fizeram ao todo 1,15% dos votos válidos.
Em 2014 os nanicos (eram 08 no total) fizeram ao todo 3,55% dos votos válidos.
Temos, portanto, uma diferença de 2,4% de votos entre uma eleição e outra.
Marina Silva teve 19,33% dos votos válidos em 2010 e 21,32% dos votos em 2014.
No aumento do número de votos dos nanicos (+ 2,4%) e no aumento do número de votos de Marina Silva (+ 1,99%) é que reside a queda nas intenções de votos de Dilma entre 2010 (46,91%) e entre 2014 (41,59%).
Aecio cresceu praticamente sem ser criticado neste primeiro turno. Ele foi o beneficiário da derrocada fulminante de Marina.
No segundo turno ele vai enfrentar as críticas que no primeiro turno foram dirigidas pelo PT contra a moça lá do Acre.
Na reeleição de Lula o resultado do primeiro turno foi mais apertado (apenas 6,97% de vantagem sobre Serra) do que agora (vantagem de 8,04% de Dilma sobre Aecio).
O PSDB está certo em comemorar o resultado da primeira volta, mas nem de longe Aecio passa a ser favorito em função do que as urnas disseram no dia de ontem."
Um comentário:
Agora caberá verificar o quanto de voto anti-PT ainda existe entre o eleitorado da Marina Silva, já que uma parte desse voto, fundamentalmente de ódio ao PT, já migrou para o candidato Aécio neste primeiro turno (desinchando em 6% a candidata em relação a previsão das pesquisas).
Partindo do pressuposto que a candidata já tinha cerca de 20% do eleitorado em 2010, quando não se percebia uma ruptura tão forte dela em relação ao PT e vice-versa, imagina-se que boa parte deste eleitorado natural da ex-senadora seja de simpatizantes de antigos temas mais progressistas, como sustentabilidade e direitos humanos. Imagina-se este eleitorado estar mais próximo ao PT. Se ele for metade do total, Dilma fica em situação confortável. Se ele for menor que 1/3 deste eleitorado, a eleição fica muito apertada, possivelmente com Aécio saindo na frente no segundo turno, cabendo a Dilma o papel de ganhar votos.
É preciso ver ainda até que ponto este eleitorado progressista da Marina será influenciado por uma provável adesão da ex-senadora à campanha tucana. Se ela consegue ou não influenciar e transferir estes votos.
Por fim, cabe ressaltar que o candidato Aécio ainda não foi contestado de forma mais enfática, passou o primeiro turno praticamente ileso, já que o PT centrou seu marketing ofensivo na desconstrução da Marina, que parecia favorita. Vejamos quando começar a publicidade em cima de mensalão mineiro, aeroporto familiar com dinheiro público, cartel do metrô, desabastecimento de água, somados ao já tradicional rememoriamento das políticas macroeconômicas recessivas e privatistas e da política externa pautada na dependência associada.
Pode começar, inclusive, pelas declarações de Armínio Fraga, de que "o salário mínimo cresceu demais no país nos últimos anos", e que "é preciso vincular aumento de salários à produtividade", ou seja, trazer de volta a esmerilhada bandeira de fazer o bolo crescer antes de repartir. Prato cheio pro João Saldanha.
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