A única coisa que o voto branco ou nulo não é, em nenhuma situação, é isento.
É menos raro do que se imagina que na eleição majoritária, em que só um é eleito, escolhermos definindo e excluindo, o que compreendemos ser a pior opção.
Portanto, em meio ao quadro atual taxar as duas opções que se tem no segundo da eleição presidencial como iguais, poder ser desinformação, desinteresse, descompromisso, etc.
Só nunca será isenção. Ninguém ficará isento sobre as conseqüências sobre si e sobre os outros, diante da opção da escolha não realizada na cabina de votação.
Pensar o futuro não é algo fácil, reconheço, numa nação e numa sociedade atual tão “presentificada”.
Que esquece o passado, desdenha do futuro e enaltece e tenta presentificar apenas o hoje, de forma, muitas vezes utilitarista e, pior: individualizada e individualista.
Assim, também reconheço que pensar o futuro e de forma coletiva acaba sendo um exercício de difícil abstração.
O concreto das vantagens parece mais real. É também mais real a repetição midiatizada que tem se esforçado em construir um moralismo seletivo e uma avaliação superficial da realidade presente.
A politização parece ser a única arma a se oferecer para superar a superficialidade e o oportunismo da leitura rasa, desacompanhada da crítica profunda sobre as reais diferenças que o hoje pode apontar para o amanhã.
Só a politização traz o futuro para o presente.
De forma dialética ela nos permite contrapor as opções, ampliando as chances de se realizar opções que são diversas das apostas, por que junto dela, se constrói o interesse em ajudar a construir as condições materiais para a realização dos objetivos, num processo histórico, quase sempre de ciclos longos.
Mesmo que lamentando, não era difícil imaginar que chegaríamos a este atual trevo, com dupla e tão distintas possibilidades.
Negar, as opções seria o mesmo que andar para trás, no sentido de esperar que surjam mais adiante, no tempo histórico, perspectivas similares, embora em outro tempo e espaço.
Assim votar nulo em qualquer situação é apostar na volta ao passado.
Eu faço opção por seguir adiante, crítico, mas ajudando a construir mudanças que reduzam desigualdades e ampliem as oportunidades.
Governar só vale se for para todos e não para alguns.
Esta é, fundamentalmente, a escolha que temos pela frente.
Por isto e por muito mais, eu sou Mais Dilma!
PS.: Atualizado às 19:08 para ajustes no texto.
PS.: Atualizado às 19:08 para ajustes no texto.
7 comentários:
Na minha opinião quem vota nulo, ou, branco, não pode reclamar futuramente desses políticos nos quais deixou de exercer seu direito de voto.
Ao contrário do q disse o anônimo acima, quem vota nulo ou branco, já está reclamando, no próprio ato de (não) votar! Ele quer ser livre, independente desse jogo de poder, que divide e corrompe as pessoas. O futuro de cada um de nós, depende do presente, vai sendo construído a cada momento, não é um voto, o meu ou o seu, que vai definir, determinar esse futuro. Fora isso, este seu blog é bem interessante
Já votei em branco ou nulo,por algumas vezes. Mas, nada mudou.
Se branco ou nulo, nos desse oportunidade de mudar a polaridade desses dois partidos, seria uma ótima opção. Porém, se eu, ou, vc, não exercemos nosso direito de voto,um grupo político poderá se perpetuar no poder, por dezenas de anos.
Por isso, penso ser importante, votar sim.
Caso tal político não corresponda minhas expectativas, daqui a quatro anos, não votarei mais, nesse político.E tentarei um outro. Não é assim que acontece quando estamos insatisfeito, com qualquer situação. Não mudamos de emprego, quando estamos insatisfeitos. Não mudamos de namorada de mulher, quando estamos mais afinados. Se mudamos tantas coisas em nossas vidas, porwue não mudarmos de políticos.
A pior coisa para esses "politicos" profissionais - interesseiros - é votar nulo ou em branco. Por isso eles fazem todo esse terrorismo contra o não voto. Querem preservar a própria importância. Balelas. O difícil, o que importa, é agir corretamente, eticamente, em cada momento, descobrindo e aprendendo. Assim, não se deixe iludir nem influenciar. Faça, tranquilamente o que você mesmo acha certo. Ou não faça nada, sem medo, consciente, tranquilo.
Se vivêssemos mesmo uma DEMOCRACIA, não seríamos OBRIGADO a votar.
O eleitor não deve fugir de suas responsabilidades. Deve votar, por pior que sejam os candidatos.
Não sei se serve de alento, mas, já crucificado, Jesus Cristo teve que escolher entre dois ladrões.
Não sei se é verdade, mas li em algum lugar que o escolhido por Jesus foi o ladrão que não matava crianças e idosos.
Político eleito para mim, deveria ser como funcionário estatutário: deveria passar por estágio probatório. Não atendeu às expectativas iniciais: está fora!
Os políticos votam diante de seus ideais, conveniências, abstém-se e mudam de opinião partidária. Em contrapartida, o eleitor possui o mesmo direito.
Penso que quando o Brasil for verdadeiramente um país sério, o voto deixará de ser obrigatório, tornando-se facultativo, entretanto, para alcançar este patamar, há várias questões a serem postuladas que não caberia a mim, postulá-las. Cito apenas como exemplo o fim da venda de votos tão ancestralizada em nossa política.
Quanto ao voto em branco, nulo ou abster-se em votar, os mesmos fazem parte do íntimo de cada um. Essencialmente, nada tem haver com libertação, liberdade ou democracia, apenas, como forma de expressão pessoal diante de haver ou não afinidades relativas aos elegíveis e nossos ideais afins. Ética é ética, o resto, é pura demagogia eleitoreira.
Postar um comentário