Neste contexto, vale saber que a coreana Hyundai Heavy Industries segue sendo, junto com os outros estaleiros coreanos e japoneses, líderes na indústria naval, hoje já completamente modularizada como vemos aqui no Brasil com os módulos das plataformas montadas e integradas em nosso estaleiros.
A Hyundai Heavy Industries é aquela que o empresário Eike Batista afirmou que seria sócio dele em seu estaleiro junto ao Porto do Açu, sem que nunca ninguém tenha visto nenhuma declaração ou posição da empresa sobre o fato. Na exposição a investidores, Eike afirmava que teria concedido 15% da UCN (Unidade de Construção Naval) da OSX, cujas obras de implantação estão paralisadas há mais de um ano.
Pois bem voltando à Hyundai Heavy Industries, a empresa, no final de novembro concluiu a
fabricação do CSCL Globe, por encomenda da China Shipping Container Lines (CSCL).
O navio tem capacidade para comportar 19.000 TEUs (unidades equivalentes a 20
pés - medida para calcular o volume de contêineres).
O navio porta-contêineres (ou contenêiros) que está sendo entregue custou US$
136,6 milhões. O estaleiro da Hyundai vai produzir cinco unidades deste tipo de embarcação. Os outros quatro devem ser entregues em 2015. O gigante CSCL Globe tem um peso bruto de 183,9 mil toneladas, 400
metros de comprimento, 58,6 metros de largura e um calado de 16 metros.
O comprimento é de mais ou menos quatro campos de futebol. A largura equivalente e de um e só o calado (a parte que fica na água), tem altura equivalente a um prédio de cinco andares.
Até a chegada deste gigante, o posto de maior do mundo entre
os navios de contêineres era do Triple E da Maersk que tem capacidade para
transportar 18 mil contêineres.
No mercado da indústria naval que atua na montagem destes gigantes, já se garante que os CSCL da China Shipping Container Lines não devem ser por muito tempo, os maiores do mundo: já se falam na criação de porta-contêineres com capacidade para 25.000 TEUs.
2 comentários:
Bom dia Roberto Moraes!
Cordiais Saudações, vibro com esse tipo de informações que vem lá do outro lado: Uma BELLO NAVY desse porte ter um custo ajustado conforme mencionado em seu comentário.
Aqui em nosso Novo mundo, os espertos (EMPRESÁRIOS dirigidos pelo governo do PT) conseguem transformar um casco velho de VLCC da ex FRONAPE com 40 anos de vida e trabalho, próprio para ser transforma-lo em Ferro velho(sucata), em NOVÍSSIMOS FPSO´s por custo FARAÔNICO de USD 1.3 BI, O EIKE BATISTA, ja se anunciava por sócio do LULA E DA PETROBRAS, conforme se lê em publicação.
PARABENS ROBERTO MORAES
Caro Rafael,
Gosto de ver estas indignações seletivas.
Quando FHC pagava esse mesmo valor para que este mesmo tipo de FPSO fosse montado em Cingapura, poucos estavam aqui para reclamar.
Quem estuda um pouco que seja a economia do petróleo sabe que a formação do valor não se dá pelos serviços executados em sim, por uma série de outros e somados fatores.
A discussão é mais complexa e vai bem para além de uma avaliação superficial de um ou outro projeto. O caso da indústria naval é simbólico.
Há interesses poderosos jogando para que toda encomenda para a exploração de petróleo em nossas imensas reservas sejam feitas por empresas de fora, sem nenhum compromisso com o encadeamento de indústria locais.
Seria lamentável que o Brasil financiasse a construção de embarcações (de todo o tipo, plataforma, sonda, navios de apoio) para serem feitos fora do Brasil, sem levar em conta tudo o que eles podem nos possibilitar no médio prazo, mesmo que, após as dificuldades de formação de m.o. , de instalação de novos estaleiros e de um custo mais alto, o país possa passar a concorrer com outros.
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