terça-feira, dezembro 09, 2014

Crise concentra renda e aumenta desigualdade pelo mundo

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem novos dados sobre a economia mundial. O Brasil está fora dessa lista porque não faz parte da OCDE.

Observem na tabela abaixo, a diferença de renda. A tabela mostra por países o número de vezes que a renda média dos 10% mais ricos, em relação à média dos 10% mais pobres.

A tabela mostra que entre 2007, um ano antes de estourar a crise econômica e, o ano 2011 os mais ricos tiveram sua renda média bastante aumentada, em relação aos mais pobres.

O fato é uma das provas sobre o quê e a quem servem as crises cíclicas da economia em termos de concentração dos chamados excedentes da economia.

Embora o México e depois os EUA tenham a maior diferença de renda entre ricos e pobres, o caso da Espanha é o mais gritante, já que a quantidade de vezes que a renda média dos 10% mais rico é maior que dos 10% mais pobres saiu de 8,4 vezes em 2007, para 13,8, em 2011, em apenas quatro anos. A tabela abaixo está publicado na edição de hoje do jornal El País (aqui).

Considerando a média de todos os países da OCDE, a diferença passou de 7 vezes em 2007, para 9,5 vezes em 2011. A OCDE está recomendando que para haver crescimento econômico, "há que se ter "uma luta mais eficaz contra a evasão fiscal, menos deduções e reforçar o papel dos tributos sobre a riqueza e a propriedade, incluindo a transferência de ativos".

Interessante observar que se trata das mesmas receitas apontadas pelo pesquisador francês, Thomas Pikety, em seu prestigiado livro "O Capital no Século XXI" e, também, em sua passagem pelo Brasil, na última semana

Ainda sobre o assunto, se desejar leia nota do blog aqui, no último dia 3 de dezembro, em que foi comentário e breve análise matéria do Valor sobre a crise econômica-social na Espanha com o seguinte título: "A contradição: para a Espanha ir bem os espanhóis precisam ir mal - uma cruel realidade!"


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