A anglo-holandesa Shell suspendeu projetos com baixo retorno no Canadá. Por lá prevê demissão de 3 mil trabalhadores, além de descartar um projeto petroquímico no Qatar.
As conhecidas prestadoras de serviços do setor de óleo Halliburton e Helmerich Payne também estão suspendendo contratos de plataformas e reduzindo força de trabalho, nos EUA. Faz o mesmo a Baker Hughes que afirma que vai cortar mil empregos, equivalente a 12% de sua força de trabalho.
A francesa Schlumberger diante da redução dos seus resultados no final de 2014,fala na demissão de 9 mil funcionários, por conta da redução das atividades produzidas pelo baixos preços do barril de petróleo que essa semana continuou abaixo dos US$ 50.
O número de sondas em operação nos EUA caiu por seis semanas consecutivas e o seu aluguel está caindo aos menos preços dos últimos anos. Existiria no momento um excesso de oferta entre 1 milhão e 2,5 milhões de barris de petróleo por dia no mercado mundial.
Os estoques de óleo dos EUA atingiram o máximo na última semana, As tradings do setor passaram a alugar tanques e embarcações para armazenar petróleo no mar, até encontrar compradores. Eles são esperados já que com os preços mais baixos, a tendência seria de crescimento do consumo de combustíveis.
Pois bem, na sequência, esta semana, em Davos, na Suíça, o presidente da petroleira, e também francesa Total, Patrick Pouyanné também afirmou que a empresa reduzirá em 10% os investimentos planejados, além de promover a venda de alguns “ativos” para fazer caixa.
Diante das indagações sobre a lista de ativos a serem vendidos, sendo a Total, uma das petroleiras que participou do último leilão de Libra, na camada de pré-sal no Brasil com aquisição de 20% dos direitos do campo, Pouyanné foi categórico: “De jeito nenhum!”. Ele foi adiante para detalhar sua posição: “claro que faz sentido continuar trabalhando lá. Precisamos de muita energia no longo prazo”.
Observando o médio prazo e considerando que “no longo prazo estaremos todos mortos”, Pouyanné garante que “há um declínio de 5% ao ano na produção dos campos em atividade no mundo e metade
dos barris deixará de ser produzida até 2013”.
Nessa linha, em meio a este quadro mundial, a Noruega, um dos maiores produtores mundiais de petróleo offshore, no Mar do Norte informou ontem, através do seu Ministério de Petróleo e Energia que vai manter a sua 23ª rodada de licenciamento (prevista para o 1º semestre de 2016) para 57 blocos de exploração no sudeste do Mar de Barents e no Mar da Noruega.
Tudo que está exposto acima sugere uma observação mais acurada da realidade contemporânea em nosso país que continuará atrativo como demonstra a posição das petroleiras.
A situação nacional a que está exposto o setor e especialmente a Petrobras, por conta dos baixos preços e das investigações de corrupção, se colocam em duas direções relativamente distintas: uma das cidades petrorrentistas recebedoras dos royalties do petróleo ameaçadas com a redução das quotas e participações especiais e pela mudança do critérios de repartição desses recursos.
De outro lado se tem, a redução momentânea dos investimentos (e sua velocidade) por conta da rentabilidade da exploração e também da confusão estabelecida com os contratos com as grandes empreiteiras.
Este reflexo está visível na indústria naval, construção de refinarias e outras infraestruturas ligadas ao setor. São duas questões diversas, embora ligadas à mesma raiz que é o setor de óleo & gás. Porém, misturar essas questões atrapalha o diagnóstico, assim como a formulação de programas, projetos e planos.
Corrigidas as distorções no plano nacional e novas orientações da geopolítica gerada por investimentos no mundo ( o caso do esforço europeu é um exemplo) tenderão a ampliar a demanda e a retomada da importância do petróleo, mesmo que o carbono seja cada vez mais vilão da crise climática mundial.
Enfim, um cenário complexo que deve ser observado de forma estrutural e de olhos nos ciclos longos (Kondratiev),para além da atual conjuntura e da forte e ampla disputa geopolítica atualmente em curso. "De jeito nenhum" o Brasil deve abandonar a visão estratégica que o setor exige como importante base para a construção da Nação.
Diante das indagações sobre a lista de ativos a serem vendidos, sendo a Total, uma das petroleiras que participou do último leilão de Libra, na camada de pré-sal no Brasil com aquisição de 20% dos direitos do campo, Pouyanné foi categórico: “De jeito nenhum!”. Ele foi adiante para detalhar sua posição: “claro que faz sentido continuar trabalhando lá. Precisamos de muita energia no longo prazo”.
Observando o médio prazo e considerando que “no longo prazo estaremos todos mortos”, Pouyanné garante que “há um declínio de 5% ao ano na produção dos campos em atividade no mundo e metade
dos barris deixará de ser produzida até 2013”.
Nessa linha, em meio a este quadro mundial, a Noruega, um dos maiores produtores mundiais de petróleo offshore, no Mar do Norte informou ontem, através do seu Ministério de Petróleo e Energia que vai manter a sua 23ª rodada de licenciamento (prevista para o 1º semestre de 2016) para 57 blocos de exploração no sudeste do Mar de Barents e no Mar da Noruega.
Tudo que está exposto acima sugere uma observação mais acurada da realidade contemporânea em nosso país que continuará atrativo como demonstra a posição das petroleiras.
A situação nacional a que está exposto o setor e especialmente a Petrobras, por conta dos baixos preços e das investigações de corrupção, se colocam em duas direções relativamente distintas: uma das cidades petrorrentistas recebedoras dos royalties do petróleo ameaçadas com a redução das quotas e participações especiais e pela mudança do critérios de repartição desses recursos.
De outro lado se tem, a redução momentânea dos investimentos (e sua velocidade) por conta da rentabilidade da exploração e também da confusão estabelecida com os contratos com as grandes empreiteiras.
Este reflexo está visível na indústria naval, construção de refinarias e outras infraestruturas ligadas ao setor. São duas questões diversas, embora ligadas à mesma raiz que é o setor de óleo & gás. Porém, misturar essas questões atrapalha o diagnóstico, assim como a formulação de programas, projetos e planos.
Corrigidas as distorções no plano nacional e novas orientações da geopolítica gerada por investimentos no mundo ( o caso do esforço europeu é um exemplo) tenderão a ampliar a demanda e a retomada da importância do petróleo, mesmo que o carbono seja cada vez mais vilão da crise climática mundial.
Enfim, um cenário complexo que deve ser observado de forma estrutural e de olhos nos ciclos longos (Kondratiev),para além da atual conjuntura e da forte e ampla disputa geopolítica atualmente em curso. "De jeito nenhum" o Brasil deve abandonar a visão estratégica que o setor exige como importante base para a construção da Nação.
Um comentário:
Particularmente, entendo que o petróleo brasileiro deve ser explorado, produzido mêsmo que o custo de produção esteja acima do preço de mercado. Nisso se inclui o pré-sal. TRata-se de um setor altamente estratégico. Para isso a Petrobras foi criada! Agora, tem que acabar com os esquemas de corrupção existentes.
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